segunda-feira, 25 de abril de 2011

O TÚMULO VAZIO: A GLÓRIA DO CRISTIANISMO




O TÚMULO VAZIO: A GLÓRIA DO CRISTIANISMO
Texto-Básico: Mc 16.6


INTRODUÇÃO

O Teólogo Marcelo de Oliveira em sua visita ao túmulo de Jesus em Jerusalém fez uma importante declaração sobre túmulo vazio: “ É A ÚNICA FILA DO MUNDO, QUE VOCÊ “ ENFRETA” PARA NÃO VER NADA.POIS ELE RESSUSCITOU. Outras religiões reverenciam os restos mortais de seus fundadores, mas o Cristianismo tem um Cristo vivo!
Em Medina, na Arábia, tudo o que resta de Maomé é um resto de pó; na Índia, cultam um dente de Bunda etc. A morte tragou cada fundador de religião, mas com Jesus foi diferente! O Cristianismo não tem relíquias de Jesus por que ele ressuscitou, vencendo a morte e reinando á destra da Majestade divina nas alturas.


I. O TÚMULO VAZIO: BUSCANDO A VIDA ENTRE A MORTE.

1. O DIA E HORA DA RESSURREIÇÃO.( Mc 16.1,2).

Havia passado o sábado judaico que findava ao por do sol( v.1; Lv 23.32). “ Muito cedo, no primeiro dia da semana”(v.2).Isto é, no domingo.Por isso os cristãos comemoram esse dia como sendo o dia do Senhor.João, o apóstolo, foi arrebatado quando estava prisioneiro na Ilha de Ptamos, no dia do Senhor( Ap 1.9). Cremos que João se referia ao domingo, o dia comemorativo da Ressurreição do Senhor.
O teólogo Severino Pedro da Silva, destaca que de acordo com os Evangelhos, Jesus foi crucificado e sepultado na sexta-feira, antes do pôr-do-sol, que era considerado o começo do dia seguinte, para os judeus.Ele ressuscitou no primeiro dia da semana, isto é, domingo,por ocasião do nascer do sol.


2. O TÚMULO VAZIO & PEDRA REMOVIDA= PROBLEMA RESOLVIDO.( Mc 16. 3,4).

“ Quem nos removerá a pedra da entrada do sepulcro?”

O teólogo Severino Pedro cita um comentário sobre texto de Marcos 16.4, que acrescenta: “ E quando ele foi colocado lá, ele ( José) pôs contra o sepulcro uma pedra que vinte homens não podiam tirar”. Esse comentário fortalece o que está escrito em Mateus 27.60: “ ...rolando uma grande pedra para a porta do sepulcro, foi-se”.
Aqui temos uma preocupação diante de um problema já resolvido.Muitos vezes nos preocupamos com uma dificuldade, quando está já foi solucionada por nosso Pai Celestial.
As mulheres não teriam força para remover.A dificuldade desapareceu quando chegaram ao local do túmulo.A enorme pedra já estava removida! Para quem busca sinceramente a Cristo, os problemas poderão ser resolvidos mais cedo do que se pensa.

II. O TÚMULO VAZIO: A SURPREENDENTE DESCOBERTA.
( Mc 16.4,6).

Esta foi a maior descoberta de todos os tempos: O TÚMULO DE JESUS VAZIO!
Teólogo Severino Pedra cita que o túmulo de Cristo é uma sala de 4,60 metros de largura, 3,30 de fundo; e 2,50 de altura.Localizado em um jardim perto do Gólgota( Jo 19.42) e havia sido escavado na rocha(Mt 27.60).Ninguém jamais havia sido sepultado ali( Lc 23.53),pois fora construído por José de Arimatéia para seu próprio sepultamento(Mt 27.60).A entrada era fechada por um uma grande rocha, que era rolada impedindo completamente o acesso.
Durante os dias em que Jesus esteve sepultado, seusdiscípulos também estiveram sepultados na tristezas, na dúvida, sentimento de derrota, e na incredulidade.Tudo isso e muito mais continuaria a escravizar a humanidade se Jesus não tivesse ressuscitado.
Mas um anjo veio do céu e removeu a pedra do sepulcro de Jesus.O anjo, além de remover a pedra, sentou-se sobre ela, falando assim do domínio completo da situação (Mt 28.2).Quando o anjo removeu a pedra, Jesus já tinha saído do túmulo.

III. O TÚMULO VAZIO: ELE RESSUSCITOU, NÃO ESTÁ, MASAQUI (v.6).

O que o anjo estava a dizer ás mulheres era que elas estavam buscando a Jesus no lugar errado. Ainda hoje milhões, que por ignorância, por falso ensino, e por incredulidade pensam encontrar o Salvador exatamente onde ele Ele não está.
Graças a Deus que nós não comemoramos um Cristo morto num túmulo ocupado, mas um Cristo ressurreto que deixou seu túmulo vazio e assentou-se á destra da Majestade nas alturas!

3. O CONVITE PARA VER O TÚMULO VAZIO(Mc 16.6).

“ Vede o lugar onde o puseram.”(v.6).

Jesus ressuscitou no mesmo local onde morreu e foi sepultado: num jardim, no Gólgota, traduzido Calvário em(Lc 23.33).Gólgota é termo grego derivado do aramaico e significa crânio( Mt 27.33).
Precisavam primeiro crer, para então ver. O mundo diz “ ver para crer”, mas no reino de Deus as leis são superiores. É crer primeiro para então ver.

IV. FALSAS TEORIAS SOBRE TÚMULO VAZIO?

 A TEORIA DA FRAUDE= Seus discípulos roubaram o seu corpo da sepultura e o esconderam em algum lugar.
 A TEORIA DA ALUCINAÇÃO = Os discípulos apenas tiveram alucinações ou pensaram ter visto Jesus.
 A TEORIA DO DESMAIO = Cristo estava apenas desmaiado e seus discípulos o raptaram da sepultaram e o reanimaram.
 A TEORIA DA SEPULTURA ERRADA = Sugere que as mulheres foram para a sepultura errada e encontraram um estranho, de quem elas fugiram.

V. O QUE PROVA O TÚMULO VAZIO?

O ilustre estudioso das Escrituras, Dr William Barclay diz que a o Túmulo Vazio isto é, a ressurreição nos prova 4 grandes fatos:
1ª Prova que a verdade é mais forte que a mentira.
2ª Prova que o bem é mais forte que o mal.
3ª Prova que o amor é mais forte que o ódio.
4ª Prova que a vida é mais forte que a morte.

CONCLUSÃO

Para concluir este magno assunto que é inesgotável, deixarei alguns textos bíblicos e algumas pérolas de homens de Deus na história:
 JESUS – JOÃO 11. 25.
 ATOS 4.33.
 APÓSTOLO PAULO – ROMANOS 1.4; FILIPENSES 3.10.
 “ A ressurreição é mas rica jóia do Evangelhos”. E.M.Bounds
 “ A ressurreição de Cristo é maior milagre da história ou é o maior embuste. Jesus saiu do túmulo, ou então, uma mentira tem transformado o mundo.Se Cristo não tivesse ressuscitado,Ele seria o maior embusteiro da História.” E.M.Bounds
 “ A ressurreição de Cristo é a pedra fundamental da arquitetura de Deus, é o coroamento do sistema bíblico,o milagre dos milagres.A ressurreição salva do escárnio a crucificação e imprime á cruz glória indizível”.E.M.Bounds
 O ateísta francês do século passado, Ernesto Renan escarnecendo dos crentes, declarou: “ Os crentes vivem na fragrância de um túmulo vazio”.Ele cria que estava zombando dos cristãos, mas na realidade estava proclamando uma das mais profundas realidades do Cristianismo: o túmulo vazio de Jesus, indicando que Ele venceu a morte, coisa que ninguém jamais fez, nem fará.O nosso Redentor está vivo porque é divino.
 Como diz o hino sacro da Harpa Cristã: “ Porque Ele vive, posso crer no amanhã”...

sexta-feira, 22 de abril de 2011

AS ÚLTIMAS HORAS DE JESUS





Quase tudo o que se sabe sobre a vida de Jesus, seu legado e ensinamentos, foram resumidos nos evangelhos canônicos – escritos por Mateus, Marcos, Lucas e João – cerca de 40 anos após a sua morte. Essencialmente, os discípulos contaram a mesma história, porém salientaram aspectos diferentes. Afinal, reconstituir uma trajetória como a de Jesus Cristo deve ter sido tarefa desafiadora.

Todavia, entre todos os relatos, há um momento que mereceu destaque especial. Trata-se da última semana do Mestre com o povo. Dias que antecederam as comemorações da Páscoa do judaísmo e ressignificaram esta festa, transformando-a no evento mais importante do mundo cristão. Hoje, quase 20 séculos depois, a arqueologia, antropologia, sociologia, história, medicina e demais áreas do conhecimento têm ajudado a preencher muitas lacunas culturais que não foram mencionadas pelos evangelistas.

ÚLTIMA VIAGEM DE JESUS

Conta a história que por volta do ano 30 (d.C.), Jesus, acompanhado por seus discípulos e uma multidão de peregrinos, viaja a Jerusalém para participar das celebrações da Páscoa no templo judaico. A cidade tinha cerca de 100 mil habitantes, mas nessa época chegava a abrigar 180 mil pessoas. Para o povo que O seguia, era apenas uma viagem de rotina, já que os palestinos costumavam visitar Jerusalém nessa época. Entretanto, Jesus sabia o sofrimento que havia de passar. Chegando ao local, uma semana antes de sua morte, foi direto a Betânia – um pequeno vilarejo localizado a três quilômetros de Jerusalém –, onde se hospedou na casa de Lázaro, Marta e Maria, seus melhores amigos. Participaria das programações no templo e diariamente retornaria a Betânia a fim de descansar. E assim sucedeu (veja tabela abaixo):

DOMINGO

Pela manhã, bem cedo, Jesus parte para Jerusalém, montado em um jumento, como previa o profeta Zacarias. Sua entrada nos portões da cidade é triunfante. Uma multidão O reverencia, abanando louros e palmeiras enquanto gritam: “Viva o profeta de Nazaré!”.

Ao chegar ao templo, uma cena bastante desagradável O impacta. Desde a esplanada, todo o local está infestado de ambulantes vendendo quinquilharias, negociantes e cambistas comercializando animais. Jesus fica indignado, perde a paciência, vira as mesas dos comerciantes, derruba cadeiras, abre gaiolas e grita: “Vocês fizeram da casa do meu Pai um covil de ladrões”.

SEGUNDA E TERÇA-FEIRA

Jesus retorna ao templo, onde discursa através de parábolas e debate com a elite sacerdotal judaica (fariseus e saduceus). Eles estavam irritados. A cena da expulsão dos negociantes ocorrida no dia anterior havia sido a gota d’água para que as autoridades judaicas, definitivamente, O considerassem uma ameaça, não apenas à situação econômica, mas ao bem-estar político do Estado Judeu que, na época, era dominado pelos romanos.

Mal-intencionados, preparam armadilhas para que Jesus tropece em suas opiniões. Porém, sem sucesso, não encontram em suas palavras razão para condená-lO.

QUARTA-FEIRA

A aflição aumenta ainda mais. Ao retornar ao templo, Jesus chora no Monte das Oliveiras e, diante de Jerusalém, lamenta a destruição que sobrevirá à cidade.

No templo, continua o debate com os seus adversários.

QUINTA-FEIRA

Passa a tarde com sua mãe.

Entre 18h e 23h30, Jesus celebra sua última ceia junto aos discípulos. Ali, depois de partir o pão e beber do cálice, diz: “Façam isso todas as vezes que comerdes e beberdes em memória de mim”. Nessa reunião, Cristo enfatiza os ensinamentos que deverão ser passados a toda a humanidade após a sua morte.

Por volta das 23h30, Jesus pede que os discípulos fiquem orando e se retira para o Jardim do Getsêmani a fim de orar a sós. Ele sabia que em cerca de 1 hora seria traído por Judas, um dos seus discípulos. Seu coração quase não pode suportar tamanho peso, então afirma: “Minha alma está cheia de tristeza até a morte”.

OBS.: Os evangelhos não tratam detalhadamente da cronologia. Portanto, o quadro é dedutivo.

O SOFRIMENTO NO GETSÊMANI

Havia dias em que Jesus experimentava a sensação de angústia, medo e tristeza. Mas esses sentimentos se intensificaram ainda mais, pouco antes de seu aprisionamento – possivelmente ocorrido por volta de 01h30 da madrugada de sexta-feira – no Jardim do Getsêmani.

De acordo com o relato do médico Lucas – o único evangelista que citou o fato –, naquele momento Jesus transpirava gotas de sangue. Um fenômeno raríssimo conhecido pela ciência como hematidrose e que, segundo o PhD. Alexander Metherell, doutor em Medicina pela Universidade de Miami, ocorre em casos de ansiedade extrema, quando a liberação de certas substâncias químicas ocasiona o rompimento dos vasos capilares das glândulas sudoríparas e faz com que a pele fique sensível a tal ponto de o sangue se misturar ao suor.

De acordo com o artigo “A morte física de Jesus”, escrito pelo médico americano William Edwards e colegas, “a perda sanguínea, provavelmente, foi pequena, no entanto, o ar frio da noite, misturado ao suor, era o suficiente para lhe causar calafrios”. O estudo científico foi publicado pelo JAMA (Jornal da Associação Médica dos Estados Unidos).

SEIS JULGAMENTOS FAJUTOS

Logo depois de ser preso, Jesus é encaminhado a uma série de julgamentos forjados. Possivelmente algemado, os soldados da guarda judaica O levam a presença de Anás, o sogro do sumo sacerdote Caifás – um cargo religioso cujo grau era considerado o mais elevado entre os israelitas. Para eles, era o representante de Deus na terra.

Algumas pessoas questionam esse fato. Afinal, por que os soldados levaram Jesus primeiramente a Anás, se era Caifás o sumo sacerdote no poder?

Paul Maier, professor de História Antiga da Western Michigan University e autor do livro Jesus, Verdade ou Mito?, responde a essa indagação: “Anás era o detentor do maior recorde de todos os tempos em matéria de nepotismo. Fez cinco de seus filhos se tornarem sumo sacerdotes e o título, no momento, pertencia a seu genro, José Caifás, porque ele o concedera”. Mesmo não sendo mais o sumo sacerdote, todos o respeitavam, tamanha a sua influência. Seu cargo era praticamente honorífico.





Paul Maier, professor de História Antiga da Western Michigan University e autor do livro Jesus, Verdade ou Mito?, revela porque os soldados levaram Jesus primeiramente a Anás, se era Caifás o sumo sacerdote no poder naquela época

Além disso, os fariseus sabiam: se Jesus fosse levado à presença de Anás, ele certamente induziria Caifás a condená-lO, já que ambos tinham participação nos lucros das vendas realizadas no templo, uma das atividades mais proeminentes e lucrativas da época. Ter uma banca na sinagoga era como ser proprietário de uma luxuosa loja em um shopping center. Como o sumo sacerdote era o administrador geral, todos os comerciantes deviam-lhe impostos.

Anás queria saber mais sobre a doutrina que o rapaz de Nazaré ensinava ao povo. Mas Jesus respondeu: “Para que perguntas a mim? Pergunte aos que me ouviram...”. E, considerando sua atitude um desrespeito para com a autoridade, um dos oficiais O esbofeteou.

A lei mosaica exigia que a acusação contra os malfeitores fosse feita por, no mínimo, duas testemunhas cujos depoimentos tivessem coerência. Além disso, a lei garantia que um réu jamais seria condenado horas antes de um sábado porque isso lhe impediria de solicitar recurso. Entretanto, mesmo sem nenhuma acusação coesa, o julgamento prosseguiu. Como já era esperado, Anás pediu aos soldados que levassem Jesus à presença de seu genro.

Poucos minutos depois, Jesus já está no palácio de Caifás, onde escribas, anciãos e sacerdotes O aguardavam para um novo interrogatório. Como não havia acusação coerente, o sumo sacerdote, possivelmente avisado da afronta do Mestre a seu sogro e indignado com o episódio da segunda-feira, passa a questioná-lO sobre sua identidade, supostamente messiânica.

Logo, eles O consideram blasfemo por deixar nas entrelinhas a mensagem de que era de fato o Rei dos judeus, um delito constituído no direito romano – lex de maiestate, lei anterior a Júlio César e a Augusto – que punia com morte a traição em relação ao Estado. Ao clarear do dia, agora diante do Sinédrio, Jesus é mais uma vez condenado.

Segundo o teólogo e escritor Josh McDowell, autor da obra As Evidências da Ressurreição de Cristo, havia duas cortes no Sinédrio. Uma composta por 23 membros especializados em julgar casos que envolvessem a pena capital e outra composta por 71membros, “um tribunal para casos que envolvessem o Chefe do Estado, o sumo sacerdote e quaisquer outras pessoas, por ofensas contra o Estado e o Templo”. McDowell diz ainda que o Sinédrio de 71 membros “podia deixar de julgar um caso que envolvesse a pena de morte, por isso é provável que Jesus tenha sido julgado pela corte menor”.

Como o Sinédrio não tinha poder legal para crucificá-lO, precisou encaminhá-lO a uma corte romana a fim de conseguir a liberação. Chamando a atenção para esse fato, o pastor e teólogo Acyr Raymann, professor da Universidade Luterana de São Leopoldo (RS), declara: “O Sinédrio tinha poder para matar Jesus, porém não por crucificação, mas por apedrejamento, por exemplo. No entanto, os fariseus não queriam assumir esta responsabilidade. Por isso, insistiram na crucificação. Só assim esse fardo estaria sobre as costas do governo romano. Sem querer, eles estavam cumprindo as Escrituras”.

Já era aproximadamente 7 horas da manhã quando o quarto julgamento começou. No pretório da fortaleza Antônia, o centro de comando de Pôncio Pilatos, governador romano da Palestina, outro interrogatório aconteceu. Mas Pilatos, que não encontrara motivos para executá-lO, sabendo que Jesus era galileu, encaminhou-O ao tetrarca romano Herodes Antipas, que tinha jurisdição sobre a Galiléia.

Em outras palavras, a cena poderia ser comparada a um presidente enviando a vítima para que o governador do Estado, onde o réu nascera, tomasse as devidas providências. Pilatos não queria se comprometer. Herodes deve ter ficado feliz com a consideração de Pilatos para com ele. Afinal, esta parecia ser uma atitude de reconhecimento. Entretanto, Jesus se recusa a responder qualquer pergunta de Herodes, e o tetrarca O devolve a Pilatos que, mesmo consciente da inocência de Jesus, a fim de agradar a multidão, ordena seu açoitamento seguido da crucificação, o mais infame e cruel método de tortura do mundo antigo, reservado apenas para escravos, revolucionários e aos piores criminosos. Uma pena cujo sofrimento era considerado pior do que o apedrejamento, fogueira, decapitação e estrangulamento defendidos pela lei judaica.

Foram 3 julgamentos judaicos e 3 romanos. O percurso entre os locais por onde Jesus passou desde o aprisionamento até o pretório chega a 4 quilômetros.

A CRUELDADE DO SUPLÍCIO

O açoitamento era uma pena preliminar em todas as execuções romanas. Seu instrumento de martírio era conhecido como flagrum, uma espécie de chicote com cabo de madeira e longas tiras de couro trançado em cujas extremidades eram fixados pedaços de ossos cortantes e bolas de chumbo. A finalidade da repressão era inspirar o medo público e enfraquecer o sujeito pela perda de sangue até paralisá-lo. Somente mulheres, senadores e soldados (exceto os desertores) estavam livres desse flagelo. Na frente do tribunal, era costume amarrar o acusado a um tronco e ali, totalmente despido, dois soldados de cada vez desciam o açoite, começando pelos ombros, depois nas costas, coxas e nádegas, até chegar às pernas.

Segundo o médico e escritor Truman Davis, autor do livro A Crucificação de Jesus, “os açoites primeiro atingem os tecidos subcutâneos, produzindo gotejamento de sangue dos vasos capilares. Em pouco tempo, o sangue arterial das veias dos músculos subjacentes começa a jorrar. As pequenas bolas de chumbo são responsáveis pelas profundas contusões”. Em descrições históricas sobre o suplício, como a que fez Eusébio – um historiador do século 3 – “as veias, músculos, tendões e vísceras da vítima ficam totalmente expostas”.

A lei judaica limitava os açoites em 40 chicotadas. No entanto, os fariseus fundamentalistas, que se orgulhavam de seguir à risca as regras estabelecidas, limitavam os açoites em 40 menos 1, isto é, 39, porque no caso de contarem errado, não chegariam a desobedecer a lei. Mas essa pseudobondade dos fariseus certamente não beneficiou Jesus. Os encarregados do suplício do Mestre eram soldados romanos, e na lei romana não havia limitações para o espancamento do réu. Era o centurião quem determinava o fim do martírio. Ao desamarrar a vítima, permitia-se que ela se deitasse sobre o seu próprio sangue.

Outro costume entre os romanos era o escarnecimento após o flagelo. Como o delito de Jesus havia sido intitular-se Rei, aqueles homens colocaram um manto púrpura sobre seus ombros, simbolizando realeza, e uma coroa com cerca de 70 espinhos que, ao penetrarem o couro cabeludo, provocaram intenso sangramento. Entre gargalhadas, cuspiam em seu rosto e gritavam: “Salve o Rei dos judeus”. Depois disso, Jesus, totalmente dilacerado, é exposto à multidão no pretório – o tribunal romano – e de lá percorre a via sacra rumo à crucificação.

CURIOSIDADE: JESUS MORREU AOS 33 ANOS NO ANO 30 D.C.

Se o calendário cristão começa a contar por ocasião do nascimento de Jesus, como Ele pode ter morrido no ano 30 d.C., se a Bíblia diz que Ele morreu aos 33 anos?

A contagem do tempo até meados de 525 d.C. era uma grande confusão. Existia o calendário Juliano, Gregoriano, Hebreu, Chinês, Muçulmano, entre outros. Para pôr um fim nessa desordem, em 525 d.C., o historiador grego Dionísio, calculando a data de Páscoa, toma o calendário Juliano como base e estabelece o nascimento de Jesus Cristo como sendo o primeiro ano de uma nova era. Os acontecimentos que tivessem ocorrido antes do nascimento de Jesus seriam sinalizados com a sigla a.C.

Apesar de ter sido criado em 525 d.C., somente no século 6 o calendário de Dionísio começa a ser utilizado. No séc. 10, a era cristã é oficializada pela Igreja Católica e a nova medição passou a ser difundida por todo o mundo. No entanto, em meados do séc. 19, quando o calendário já está sendo amplamente utilizado por várias nações, descobre-se que Dionísio cometeu um erro de aproximadamente 4 anos em seus cálculos. Para a historiografia moderna, não há dúvidas de que Jesus nasceu antes da contagem inicial estabelecida por Dionísio, isto é, por volta do ano 4 a.C.

VIA SACRA

O caminho entre o tribunal e o local da execução – uma região montanhosa chamada Gólgota/Calvário, localizada fora dos muros da cidade – era de, no máximo, 650 metros. Nesse percurso, Jesus, agora novamente vestido, carrega o patibulum, isto é, o tronco horizontal da cruz, uma vez que o suporte vertical costumava ficar permanentemente fixado no local.

O peso dessa trave variava entre 34 e 57 quilos – dependendo da cruz, havia vários tipos – e normalmente era colocado sobre os ombros da vítima e atado com tiras. Uma pessoa em situação física normal poderia carregar esse peso sem maiores problemas. No entanto, a debilidade física de Jesus era tão intensa que O impossibilitava de caminhar sem cair. Foram quase 50 minutos de caminhada, arrastando um pé após outro, entre tropeços e empurrões. A cada queda, a trave também caía e lhe esfolava o dorso. Como a exaustão de Cristo excedia os limites, próximo ao Calvário a guarda romana permite que uma outra pessoa O ajude a carregar.

Uma das ponderações comuns sobre a crucificação de Cristo é o questionamento: como o povo judeu pode ter mudado de opinião tão rapidamente de segunda para sexta-feira, já que na segunda reverenciavam-nO e na sexta gritavam “Crucifica-O!”? Nem ao menos os peregrinos que vieram com Jesus podiam defendê-lO?

Maier, autor de Jesus, Verdade ou Mito?, esclarece esse mal-entendido que tem sido a raiz do anti-semitismo, isto é, o ódio aos judeus no mundo. “Naquele tempo as pessoas se deitavam ao pôr do sol e acordavam ao nascer do sol. Convenhamos, Jesus é preso depois de escurecer e é submetido a julgamentos até o amanhecer. É preciso recordar que não havia noticiários noturnos ou plantões de notícia. Portanto, como poderiam saber do que se passava com o Mestre? Na verdade, eles nada souberam até que fosse muito tarde”. E, de fato, de acordo com o depoimento de Lucas, nem todo judeu queria a crucificação de Cristo. Muitos deles ficaram sabendo da execução quando o tumulto passava diante de suas casas. Mas a sentença era irrevogável. O evangelista chega a afirmar que “uma multidão de homens e mulheres judias choravam, enquanto Jesus arrastava sua cruz até o Calvário”.



Josh McDowell lembra que o Sinédrio de 71 membros “podia deixar de julgar um caso que envolvesse a pena de morte, por isso é provável que Jesus tenha sido julgado pela corte menor”

A CRUCIFICAÇÃO

Ao chegar ao local da execução, a lei judaica determinava que uma dose de vinho misturado a mirra (fel) fosse oferecida ao réu. A bebida tinha efeito levemente anestésico. Jesus chegou a molhar a boca no líquido, mas o gosto parecia ser tão ruim que Ele se recusou a tomar.

Por volta de 9 horas da manhã, isto é, à hora terceira, os preparativos para a crucificação se iniciam. Os carrascos, mais uma vez, têm a incumbência de despir Cristo, porém sua túnica está grudada às feridas. Para tirá-la, é necessário puxar violentamente, e isso lhe provoca dores intensas, já que chagas levemente cicatrizadas são novamente abertas. Vestido apenas com um manto, o Mestre é jogado ao chão, a terra penetra em seus ferimentos e o martírio da crucificação atinge o seu ápice quando os pregos lhe atravessam os pulsos e pés, transpassando nervos, tendões e ossos. Certamente, esse foi o momento de pior dor.

Segundo a Enciclopédia Bíblica Wycliffe, “restos arqueológicos de um corpo crucificado na época de Cristo e encontrado em um ossuário perto de Jerusalém indicam que os pregos utilizados nessas execuções eram longos, quadrados e tinham entre 13 e 18 centímetros”. Outro fato curioso é que os pregos não eram transpassados pelas palmas das mãos, mas através dos pulsos, porque os ligamentos e ossos desta região são mais fortes e podem segurar mais peso do que as palmas.

Os pés, geralmente, eram pregados um sobre o outro, deixando as pernas levemente recolhidas a fim de facilitar o apoio e a fixação. Logo depois, uma placa trazia o nome do réu e um letreiro em três idiomas – hebraico, latim e grego –, indicando o crime praticado pelo executado. Na de Jesus, pregada na parte superior do patibulum, estava escrito: Jesus de Nazaré, Rei dos judeus.

Segundo o estudo científico “A Morte Física de Jesus”, “embora o açoitamento tenha resultado em perda considerável de sangue, a crucificação em si era um procedimento relativamente sem sangramento, uma vez que nenhuma grande artéria era comumente atingida”. Os carrascos sabiam o local anatomicamente apropriado para deixar o indivíduo o maior tempo possível exposto ao sofrimento. A crucificação podia durar entre 3 horas e 4 dias. No entanto, quando havia interesse em antecipar a morte – como foi o caso dos ladrões que ainda estavam vivos quando Jesus morrera – quebravam-se as pernas do réu e, sem ter onde se apoiar, o indivíduo morria por asfixia.

Edwards esclarece ainda que o maior efeito patofisiológico da crucificação é a interferência na respiração, particularmente a exalação, já que o ar entra, mas sai com muita dificuldade, como um asmático nas piores crises. “O peso do corpo sobre os braços estendidos e ombros tende a pressionar os músculos intercostais num estado de inalação, impedindo a exalação. Uma exalação adequada exigiria um ato de levantamento do corpo, que poderia ser conseguido ao apoiar-se sobre o tarso dos pés. No entanto, este procedimento resulta em dores como se fossem queimaduras por todo o corpo”.

PÁSCOA - ANTES E DEPOIS DE CRISTO

Era costume entre os israelitas. No primeiro domingo após a primeira lua cheia da primavera, isto é, na noite do dia 14 de Nissan – o primeiro mês do calendário judaico, uma data variável no calendário cristão, entre os dias 22 de março e 25 de abril – o povo judeu comemorava a Pessach. A festa existia desde o período pré-mosaico e celebrava a entrada da primavera no hemisfério norte. Porém, com o advento da libertação do povo judeu após 430 anos de escravidão no Egito, passou a ter novo significado. Era dia de unir a família para festejar a liberdade. Agradeciam a Deus oferecendo sacrifícios e pediam a Ele perdão pelos pecados, assim como proteção sobre o lar e o rebanho.

Desde que o povo judeu, guiado por Moisés e Arão, atravessou o Mar Vermelho em direção à Terra Prometida em 1.060 a.C., em todas as residências dos israelitas, o ritual denominado Pessach – Páscoa, ou literalmente “passagem, travessia” – era reproduzido conforme as últimas ordenanças de Deus ao povo, na noite em que houve a grande libertação. Imolava-se um cordeiro, retirava-se o sangue do animal e então ungia-se os umbrais e vergas das portas, em alusão à proteção contra o anjo da morte que matou os primogênitos das famílias egípcias, a última e única praga que tocou emocionalmente Faraó, fazendo-o autorizar a partida dos escravos rumo à liberdade.

A festa era tão ou mais popular que o Natal dos dias atuais. O banquete servido ao som de música, alaridos e danças tinha mesa farta e muita carne assada.

Para o cristianismo, a morte de Jesus colocou fim à imolação de cordeiros, pois os pecados passaram a ser perdoados através do Espírito Santo, já que Jesus levou sobre si os pecados de todos. Além disso, o marco referencial entre a lei e a graça se estabeleceu.

A MORTE DE JESUS

De acordo com alguns especialistas, a causa da morte de Jesus pode ter sido multifatorial. Desidratação, arritmia por estresse induzido, perda sanguínea e enfarte estão entre os diagnósticos mais especulados. Outros, como o pesquisador Benjamin Brenner, do Centro Médico Rambam de Israel, cogitam ainda a hipótese de ter ocorrido uma embolia pulmonar.

No entanto, há quem conteste essa possibilidade. Dr. William Edward diz que é praticamente improvável que uma trombose tenha se formado num curto espaço de tempo. Para ele, “as duas causas mais lógicas são choque hipovolêmico [que tem como causa determinante a perda de sangue, plasma ou líquidos extracelulares] e asfixia por exaustão”.

Foram seis horas de sofrimento na cruz. Durante esse tempo, esforçando-se ao extremo, Jesus pronunciou apenas sete frases. A primeira delas foi dirigida aos seus executores, enquanto lançavam sortes sobre sua única vestimenta. E disse: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”. A segunda, ao ladrão da cruz que, arrependido, pedia ao Mestre para lembrar-se dele quando entrasse no Reino. A terceira, a seu irmão João – ainda adolescente – que, juntamente com sua mãe, chorava à beira da cruz. “Eis aí a tua mãe, eis aí o teu filho”, disse.

A quarta, pronunciou quando parecia não mais suportar a dor: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”, seguido de “Tenho sede”, quando lhe deram uma esponja umedecida em um pouco de vinho azedo, resto da bebida dos soldados. Finalmente, às 3 horas da tarde de sexta-feira, isto é, à hora nona, Jesus brada em alta voz dizendo: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”. E então, morre.

A pedido dos soldados, Pôncio Pilatos autorizou a crucifratura dos executados, isto é, o ato de quebrar-lhes as pernas a fim de que não pudessem exercer força para se erguerem e então respirarem. A pressa devia-se ao fato de que o pôr do sol se aproximava e logo se iniciariam as celebrações de Páscoa, período em que as execuções não eram permitidas. Mas, quando a ordem fora dada, Jesus já estava morto, por isso, somente os ladrões tiveram suas pernas fraturadas.

Para certificar-se de que Jesus realmente estava morto, um soldado chamado Longínquos desferiu um golpe de lança sobre o lado direito de seu corpo, transpassando possivelmente um dos pulmões e o coração. João afirmou que “sangue e água jorraram do ferimento”. Para a medicina moderna, a acumulação de fluidos que envolvem o coração – isto é, o pericárdio – e a membrana que cerca os pulmões, denominada pleura, pode ter sido a causa do estranho fenômeno.

Depois disso, José de Arimatéia, que também era seguidor de Jesus, pediu autorização a Pilatos para levar o corpo do Mestre. Então, juntamente com Nicodemos, banharam-nO com mirra e aloés e O sepultaram. Ao terceiro dia, Ele ressuscitou.

Não há sofrimento com tamanha repercussão que tenha sido mais aterrorizante do que as últimas horas de Cristo. Além das dores físicas e injustiças políticas, o desprezo, a humilhação e a rejeição contribuíram para que sua tristeza fosse ainda maior. Felizmente, a crucificação e a morte de Jesus não estabeleceram o fim de um grande ministério, como queriam os fariseus. Na realidade, involuntariamente, eles contribuíram para que o Messias fosse eternamente coroado, cumprindo o que havia sido predito nas Escrituras. Hoje, povos, tribos e nações O reverenciam.

A Páscoa obteve um novo significado. Para o perdão dos pecados, o sacrifício de animais e o derramamento de sangue foram abolidos. Cristo passou a simbolizar o Cordeiro. O madeiro, o altar; e o sangue vertido na cruz, a purificação dos pecados. Este marco divisor entre duas páscoas, a libertação do Egito e o perdão dos pecados pela graça existirá para todo o sempre, até que a promessa de Jesus, feita aos discípulos após a ressurreição, se cumpra. “Irei vos preparar lugar, para que onde Eu estiver, estejais vós também”.

Fonte: Texto de Oziel Alves. Revista Enfoque Gospel. Edição 80 - mar/2008.

terça-feira, 19 de abril de 2011

O QUE É BATISMO COM ESPÍRITO SANTO E COM FOGO? (2)





No artigo anterior, demonstrei, pela analogia geral da Bíblia, que o batismo com o Espírito Santo e com fogo (Mt 3.11; Lc 3.16) é uma coisa só. Não existe base contextual suficiente para a defesa de outro batismo de julgamento, distinto do batismo com o Espírito Santo, como muitos têm asseverado.

Segue-se que o fogo, nas passagens sinóticas mencionadas, foi empregado tão-somente para mostrar, através da riqueza simbólica desse elemento, a multíplice manifestação do Espírito na igreja. Não foi por acaso que o apóstolo Paulo asseverou: “Não extingais [ou apagueis] o Espírito” (1 Ts 5.19).

Por que o apóstolo Paulo usou a figura do fogo para ilustrar a manifestação do Espírito no meio do povo de Deus? Porque o fogo se alastra; comunica-se; purifica; ilumina; aquece, etc. Assim é a manifestação do Espírito como fogo: multímoda, multifacetada.

O tema da próxima lição de Escola Bíblica Dominical das Lições Bíblicas (CPAD) é “O que é o batismo com o Espírito Santo”. Peço ao querido leitor que examine com atenção a primeira parte desta série, a fim de entender o porquê de a descrição completa dessa ministração do Espírito ser batismo com o Espírito Santo e com fogo.


Para muitos, a dificuldade em aceitar o batismo com o Espírito Santo e com fogo deve-se ao fato de a salvação em Cristo também ser descrita, figuradamente, como um batismo (1 Co 12.13, Gl 3.27; Ef 4.5). Todos os salvos, verdadeiramente, foram batizados pelo Espírito, imersos, feitos participantes do Corpo místico de Cristo, que é a sua Igreja (Hb 12.23; 1 Co 12.12ss). Nesse batismo da conversão, recebemos vida de Deus, mas o batismo com o Espírito e com fogo confere-nos poder de Deus (Lc 24.49; At 1.8).

Os discípulos que foram agraciados com o revestimento de poder no dia de Pentecostes já eram salvos! Observe a promessa que o Senhor Jesus havia feito a eles: “Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias” (At 1.5).


Quando o apóstolo Paulo passou por Éfeso, depois de Apolo, disse aos salvos que ali estavam: “Certamente João [Batista] batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo. E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus. E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas e profetizavam” (At 19.4-6).


Portanto, num sentido, todos os salvos foram batizados pelo Espírito Santo no Corpo de Cristo. Noutro, nem todos foram batizados com o Espírito Santo e com fogo, conquanto esse dom esteja à disposição de cada salvo em Cristo. Afinal, essa “promessa [...] diz respeito [...] a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar” (At 2.39).


Amém?


Ciro Sanches Zibordi

segunda-feira, 18 de abril de 2011

O QUE É O BATISMO COM ESPÍRITO SANTO E COM FOGO ? ( 1 )




Na lição 2 da Escola Bíblica Dominical (estudada no último domingo), das Lições Bíblicas deste trimestre (CPAD), está escrito: “Em Lucas 3.16, o fogo é apresentado como elemento purificador na vida de quem recebe o batismo com o Espírito Santo”. Mas, como explicar o fato de João Batista ter falado do fogo do juízo e, no mesmo contexto imediato, aludir a uma ministração do Espírito Santo?

Em Lucas 3.16, lemos: “Eu, na verdade, batizo-vos com água, mas eis que vem aquele que é mais poderoso do que eu, a quem não sou digno de desatar a correia das sandálias; este vos batizará com o Espírito Santo e com fogo”. Essa passagem e também Mateus 3.11 nos apresentam, a rigor, dois tipos de batismo: (a) em águas, para arrependimento, e (b) com o Espírito Santo e com o fogo, um revestimento de poder para os salvos em Cristo (cf. Lc 24.49; At 1.5,8; 2.1-4).

Para interpretar as passagens bíblicas corretamente, além da iluminação do Espírito, precisamos levar em conta os princípios da Hermenêutica Bíblica — a arte e a ciência de interpretar os textos das Escrituras. E a principal função dessa matéria é aclarar passagens de difícil compreensão (cf. 2 Pe 3.16), conquanto seja também muito útil na interpretação geral das Escrituras.

O princípio dos princípios de interpretação (a regra áurea) da Hermenêutica Bíblica é: A Bíblia interpreta a própria Bíblia (cf. 2 Pe 1.20,21). Ou seja, as Escrituras são análogas. E, nesse caso, para interpretar uma passagem bíblica, é preciso considerar todos os tipos de contextos: (a) contexto geral; (b) contexto imediato; (c) contexto remoto: há alusões do Gênesis em Hebreus, por exemplo, que complementam o que está no primeiro livro do Antigo Testamento; (d) contexto referencial: passagens paralelas; (e) contexto histórico: época, cultura, ocasião, propósito original dos textos em estudo, etc.; (f) contexto literário: cada parágrafo é uma unidade de pensamento da revelação da Bíblia; (g) contexto cultural: estudo sobre os povos bíblicos.

No caso de Lucas 3.16 (ou Mateus 3.11), o contexto imediato não é suficiente para uma correta interpretação. Por quê? Porque, por meio dele, o exegeta pode ser induzido a interpretar, apressadamente, que há mesmo uma distinção entre o batismo com o Espírito Santo (uma bênção) e o batismo com fogo (juízo divino). E essa conclusão não é corroborada por todos os contextos mencionados.

Em primeiro lugar, o próprio Senhor Jesus, antes de sua ascensão, fez menção do revestimento de poder aludido por João Batista nos seguintes termos: “Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias” (At 1.5). Observe que o Senhor não apresenta o “batismo com fogo”, dando a entender que João apenas aludiu ao fogo de maneira simbólica, para, mediante seus efeitos, ilustrar as ministrações do Espírito ao crente: iluminação, fervor, purificação, etc.

É importante considerar que João Batista, a despeito de aparecer no Novo Testamento, exerceu um ministério profético nos moldes do Antigo Testamento (Lc 16.16). E para os profetas veterotestamentários era comum falar de bênçãos e juízos de modo intercalado. Veja o caso de Isaías 61.1-3. O profeta discorre sobre várias bênçãos trazidas pelo Messias e, ao mesmo tempo, menciona “o dia da vingança do nosso Deus” (v.2). Em Zacarias 9 ocorre o mesmo: bênçãos e juízos se intercambiam.

Nesse caso, o fato de João Batista ter mencionado antes e depois da promessa do revestimento de poder o juízo por meio do fogo (Mt 3.10-12) não oferece base suficiente para distinguirmos entre o batismo com o Espírito e o batismo com fogo.

De acordo com a analogia geral, o fogo não significa apenas juízo, mas também denota purificação, iluminação e fervor propiciados pelo Espírito. E, por isso, no dia de Pentecostes, “foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles” (At 2.3).

Finalmente, menciono a opinião do respeitado teólogo pentecostal French L. Arrington: “O batismo com fogo [...] não diz respeito, pelo menos primariamente, ao julgamento final e à destruição por fogo dos ímpios, mas aos acontecimentos momentosos do Livro de Atos. A unção com o Espírito não é identificada explicitamente com o batismo com o Espírito e com fogo, mas Jesus confirma a promessa de João Batista acerca do batismo [...], o qual é cumprido como ‘línguas de fogo’ que pousaram sobre cada um dos discípulos” (Comentário Bíblico Pentecostal, CPAD, p.335).

Em Cristo,

Ciro Sanches Zibordi

EXTRAÍDO DO BLOG DO CIRO

quinta-feira, 14 de abril de 2011

CONCORDO: VERDADEIROS ADORADORES NÃO NEGAM A TRINDADE




É um grande erro pensar que a doutrina da Trindade não é tão importante e que pode ser negada sem maiores consequências. Quem a nega é contra a Bíblia; opõe-se ao próprio Senhor Jesus; rejeita o Espírito Santo, posto que Ele é uma Pessoa e é Deus; opõe-se também à teologia, uma vez que a Trindade é a chave para várias outras doutrinas fundamentais; e rejeita o próprio plano da salvação. Na obra salvífica, o Pai enviou o Filho (Gl 4.4,5), que consumou a obra recebida daquEle (Jo 17,4,5; 19.30), e o Espírito Santo é quem convence o pecador dessa maravilhosa salvação (Jo 16.8-11). Biblicamente, Deus é uno e, ao mesmo tempo, triúno (Gn 1.1,26; 3.22; 11.7; Dt 6.4; 1 Jo 5.7). O Pai, o Filho e o Espírito são três divinas e distintas Pessoas. A Trindade transcende a razão humana e devemos aceitá-la alegremente, pela fé, a qual precede a doutrina (1 Tm 4.6). As três divinas Pessoas da Trindade são coeternas e iguais entre si. Mas em suas operações concernentes à criação e à redenção, Deus, o Pai, planejou a criação de tudo (Ef 3.9); Deus, o Filho, executou o plano, criando (Jo 1.3; Cl 1.16; Hb 1.2; 11.3); e Deus, o Espírito Santo, vivificou, ordenou, pôs tudo, todo o universo, em ação: desde a partícula infinitesimal e invisível até ao supermacroscópico objeto existente (Jó 33.4; Jo 6.63; Gl 6.8; SI 33.6; Tt 3.5). Ou seja, o Pai domina, o Filho realiza, e o Espírito Santo vivifica, preserva e sustenta. Na redenção da humanidade, o Pai planejou a salvação, no céu (Jo 3.16; Gl 4.4,5); o Filho consumou-a, na Terra (Jo 17.4,5; 19.30); e o Espírito Santo realiza e aplica essa tão grande salvação à pessoa humana (Jo 16.8-11; Tt 3.5). Entretanto, num exame cuidadoso da Bíblia, vemos que, em qualquer desses atos divinos, as três Pessoas da Trindade estão presentes (cf. 2 Co 5.19; Jo 16.23, etc).

VERDADEIROS ADORADORES NÃO NEGAM A TRINDADE

Diante do exposto, estejamos atentos, pois os verdadeiros adoradores não manipulam a Palavra de Deus como bem entendem, como se ela confirmasse o nosso raciocínio e as nossas concepções. Antes, permitem que a Palavra de Deus guie as suas vidas (Sl 119.105). Tomemos cuidado com as argumentações antitrinitárias baseadas na lógica humana. Em João 5.31,32, o Senhor Jesus disse: "Se eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro. Há outro que testifica de mim, e sei que o testemunho que ele dá de mim é verdadeiro". Não há como negar o fato de que o Pai e o Filho são duas Pessoas distintas ante essa declaração do próprio Senhor de que outro, isto é, o Deus Pai, dá testemunho dEle. Como os pentecostais da unicidade enfatizam apenas a Pessoa de Jesus, fica a impressão errônea de que, com isso, são mais cristãos do que os que crêem na Trindade. Eu tenho conhecimento, inclusive, de grupos unicistas que consideram os que crêem na Trindade como hereges. Soube que, em certa reunião, um recém-convertido ao unicismo teria declarado: "Antes eu era da Assembleia de Deus, mas agora eu piso na cabeça da Trindade". Isso não é uma blasfêmia? Sim, além de um grande engano. Quem nega a Trindade demonstra não respeitar a ordenança clara do Senhor Jesus em Mateus 28.19, texto que, comparado com Atos 7.55, 1 Coríntios 12.4-11, 2 Coríntios 13.13, Romanos 5.1-5, Apocalipse 1.4-6, etc, não deixa dúvidas quanto à tripessoalidade divina. Mas não confunda tripessoalidade com triteísmo. A Trindade é formada por três Pessoas divinas (tripessoalidade), e não por três Deuses (triteísmo). Não há como negar, à luz da Bíblia, que o Pai é uma Pessoa, o Filho é uma Pessoa, e o Espírito é uma Pessoa. E também não há como negar que as três Pessoas formam um único Deus. Jesus disse que Ele e o Pai são um (Jo 10.30). Quanto ao fato de o Senhor Jesus ter dito que Ele estaria conosco até a consumação dos séculos, trata-se de uma alusão ao Espírito Santo representando-o na Terra, visto que o Senhor foi assunto ao céu (At 1.8-11). Jesus no mundo representava o Pai (Jo 14), e o Espírito Santo, o outro (gr. allos) Consolador, representa o Consolador Jesus Cristo. Portanto, que "A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com vós todos. Amém" (2 Co 13.13) (Pr. Ciro Sanches Zibordi).

Extraído do Livro: “ERROS QUE OS ADORADORES DEVEM EVITAR”( Pg. 77 – 79)

quarta-feira, 13 de abril de 2011

CGADB - CULTO DE ABERTURA - 40ª AGO EM CUIABÁ




Milhares de fiéis participaram do culto de abertura da 40ª Assembléia Geral Ordinária da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), na noite desta terça-feira, dia 12, no Grande Templo em Cuiabá, capital do Mato Grosso, igreja presidida pelo pastor Sebastião Rodrigues de Souza, que também acumula o cargo de 5º vice-presidente da CGADB.
Além do presidente da convenção, pastor José Wellington Bezerra da Costa, toda a mesa diretora estava presente, faltando apenas o pastor Josias Silva (SP). O governador do estado de Mato Grosso, Silval Barbosa juntamente com o comandante da 13ª Brigada de Infantaria Motorizada de Cuiabá, general João Batista Carvalho Bernardes participaram do culto. O pastor Joel Freire (EUA) estava acompanhado do pastor presidente da AD americana Thomas Trask que amanhã estará ministrando a palavra de Deus no culto da noite.
Em sua mensagem pastor José Wellington ressaltou que este encontro se dá “em meio as comemorações dos 100 anos da ADs no Brasil” afirmou ainda que a igreja “está com esta idade mas não está velha” e pro fim enfatizou o manifestar do Espírito Santo na igreja brasileira.
O governador Silval Barbosa disse estar honrado em participar das comemorações desta igreja e agradeceu ao povo assembleiano, o qual segundo ele, “o apoio á sua candidatura foi importante para que ele fosse eleito”.
Plenárias da Convenção
Na quarta, 13, as 9h da manhã, começam as plenárias da convenção onde serão debatidos assuntos importantes para o crescimento da igreja. Os desafios que rondam a igreja, que é centenária, estarão sendo discutidos pelos pastores que estão inscritos.
Na congregação do bairro Alvorada estará acontecendo a reunião da União Feminina das ADs no Brasil, dirigida pela irmã Vanda Freire Costa.

















terça-feira, 12 de abril de 2011

HOJE : ABERTURA DA 40ª ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA DA CGADB





A 40ª Assembléia Geral Ordinária da CGADB será realizada no período de 12 a 14 de abril de 2011, com abertura do culto solene amanhã, terça-feira, 19:00 hs, e as plenárias com início às 09:00 hs do dia 13, no Templo Central da Assembléia de Deus de Cuiabá, situado à Av. Historiador Rubens de Mendonça, 3.500, Bairro Bosque da Saúde, Cuiabá, MT.







Os seguintes temas serão deliberados:

1 – Posicionamento da CGADB quanto à nulidade ou anulabilidade do casamento, união estável e concubinato, e a revisão do posicionamento acerca do divórcio, com leitura de parecer elaborado pela Comissão Especial designada na última Assembléia Geral Ordinária;

2 – Ênfase aos princípios pentecostais, face à celebração do Centenário das Assembléias de Deus.

3 – Perigos que ameaçam as Assembléias de Deus no Brasil:

a) Mornidão;

b) Modismos neo-pentecostais;

c) Remoção dos marcos antigos;

d) Omissão dos valores eclesiásticos.

4 – Homologação de Convenções afiliadas e/ou julgamentos de recursos;

5 – Apreciar e deliberar sobre relatórios da Mesa Diretora e do Conselho Fiscal, relativos ao período do mandato, conforme disposto no Art. 8º - III, do Regimento Interno.

sábado, 9 de abril de 2011

EBD LIÇÃO 2: NOMES E SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO







INTRODUÇÃO

Neste segunda lição do trimestre, estudaremos os Nomes e os Símbolos do Espírito Santo, que descrevem Sua natureza, atributos e Suas obras. Tendo em vista que o Espírito Santo é “Deus”, e, consequentemente, impossível de ser compreendido em sua plenitude, Ele é descrito na Bíblia Sagrada através de Seus Nomes e Símbolos, para que pudesse facilitar a nossa compreensão.

I - OS NOMES DO ESPÍRITO SANTO

A Bíblia descreve diversos Nomes e Títulos atribuídos ao Espírito Santo, os quais revelam, além de Sua personalidade e divindade, Seus atributos, natureza, bem como as Suas obras. Vejamos alguns:

1.1 Espírito Santo. Assim como Deus é santo (I Pe 1.16) e Jesus é santo (At 2.27), o Espírito também o é (Sl 51.11; Is 63.10,11; Mt 1.18,20; 3.11; Lc 1.35; Jo 14.26; I Ts 4:7-8). Este nome aparece cerca de cem vezes nas Sagradas Escrituras e está diretamente relacionado à santificação, pela atuação do Espírito Santo, pois, uma das principais atribuições do Espírito Santo é promover a santificação (Rm 1.4; 15.16; I Co 6.11; II Ts 2.13).

1.2 Espírito de Deus. Este nome aparece em diversos textos, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento (Ex 35.31; Jó 33.4; Mt 3.16; 12.28; Rm 15.19; I Co 2.11). É natural que o Espírito Santo seja chamado Espírito de Deus, visto que ele é enviado por Deus (Jo 15:26). A Bíblia também o chama de Espírito de Deus, porque Deus age através dEle para chamar os pecadores (Jo 6:44) e para guiar os crentes (Rm 8:14). Encontramos este nome divino no início da Bíblia, associado diretamente à obra da criação, onde nos é dito que “o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas” (Gn 1.2), onde Ele aparece como co-participante da criação. Em outras passagens das Escrituras, este nome aparece também, ligado diretamente à criação, à renovação da terra e à regeneração da pessoa humana (Gn 6.3; 41.38; Jo 33.4; Rm 8.9; 1 Co 3.16).

1.3 Espírito de Cristo. O Espírito Santo é chamado o Espírito de Cristo (Rm 8.9; I Pe 1.11), porque foi derramado por Jesus sobre os crentes. Várias vezes Jesus disse que o Espírito Santo viria em seu lugar e continuaria seu trabalho. Disse também que a vinda do Espírito Santo para habitar nos corações dos crentes seria a vinda do próprio Cristo (João 14:16-20). E ainda, que o Espírito testificaria dEle (Jo 15:26). Além desses motivos, podemos afirmar ainda que o Espírito é chamado de “Espírito de Cristo” porque:É enviado em nome de Cristo (Jo 14:26).

É enviado por Cristo (Jo 16.7).

Sua missão especial nesta época é a de glorificar a Cristo (Jo 16:14).

O Cristo glorificado está presente na igreja e nos crentes pelo Espírito Santo (Gl 2:20; Rm 8:9,10).

1.4 Consolador. A palavra “Consolador” (”parácleto”, no grego) significa alguém chamado para ficar ao lado de outrem, com o propósito de ajudá-lo em qualquer eventualidade, especialmente em processos legais. Era costume nos tribunais antigos, as partes aparecerem nos tribunais assistidas por um ou mais dos seus amigos, que no grego chamavam de “parácleto”, e em latim, “advocatus”. Estes assistiam seus amigos, não pela recompensa ou remuneração, mas por amor e consideração. Quando Jesus disse: “Eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que esteja convosco para sempre” (Jo 14:16), Ele identificou-se como o primeiro Consolador, e que, após a sua partida, rogaria ao Pai para que Ele enviasse “outro Consolador” (Jo 14.16,26; 15.26; 16.7).

1.5 Espírito da Promessa. O Espírito Santo é chamado assim porque sua manifestação e poder são prometidos no Antigo Testamento (Jo 2:28,29). A prerrogativa mais elevada de Cristo, ou do Messias, era a de conceder o Espírito; e esta prerrogativa Jesus a reivindicou quando disse: “Eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai” (Lc 24:49).

1.6 Espírito da Verdade. A Bíblia diz que Deus é a verdade (Jr 10.10); Jesus é a verdade (Jo 14.6) e o Espírito Santo também é a verdade (I Jo 5.6). Ele veio para nos guiar em toda a verdade (Jo 16.13,14. Assim como o propósito da Encarnação foi revelar o Pai (Jo 14.6-9); a missão do Consolador é revelar o Filho (Jo 16.13).

1.7 Espírito de Adoção. Quando a pessoa é salva, não somente lhe é dado o nome de filho de Deus (Jo 1.12), e adotada na família divina (Ef 2.19), mas também recebe “dentro de sua alma” o conhecimento de que participa da natureza divina (Rm 8:15). Assim como Cristo é nossa testemunha no céu; aqui na terra, o Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus (Rm 8.16).

Em Lucas 11.20, o Espírito Santo é chamado de “O dedo de Deus”; em Atos 5.4, de “Deus”; em Apocalipse 19.10, de Espírito de Profecia; e, em Isaías 11.2, Ele é descrito com diversos títulos que representam a Sua plenitude: “E repousará sobre ele o Espírito do Senhor, e o Espírito de sabedoria e de inteligência, o Espírito de conselho e de fortaleza, e o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor”.

II - OS SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO

Para uma melhor compreensão da natureza e obra do Espírito Santo, Deus as ilustrou através dos símbolos, nas páginas das Sagradas Escrituras, pois, de outra maneira, muitas de Suas características e atributos, jamais poderíamos conhecer. Vejamos:

2.1 Fogo. O Espírito é comparado ao fogo porque o fogo aquece, ilumina, espalha-se e purifica (Is 4.4; Jr 20:9; Mt. 3:11; Lc 3:16). O fogo ilustra a limpeza, a purificação e o zelo produzido pela unção do Espírito. O fogo também é sinal da presença de Deus, pois, as manifestações de Deus, algumas vezes, eram acompanhadas pelo fogo (Êx 3.2; 13.21,22; 19.18; Dt 4.11). No AT, a ordem divina era conservar o fogo aceso diuturnamente (Lv 6.13), como sinal evidente da presença de Deus no meio do seu povo. E, no NT, a ordem divina é a mesma (1 Ts 5.19). Assim, a chama do Pentecostes deve estar sempre acesa em nossos corações.

2.2 Vento. O vento simboliza a obra regeneradora do Espírito e é indicativo da sua misteriosa operação, independente, penetrante, vivificante e purificante.(Ez 37:7-10; Jo 3:8; At 2:2). Isto porque: 1) O vento penetra em todos os lugares, assim como o Espírito Santo; 2) O vento está em movimento constante, assim o Espírito Santo trabalha continuamente; 3) O controle da direção do vento não depende da nossa vontade. Ele sopra onde quer (Jo 3:8); e 4) Quando o vento sopra, refrigera o ar e o enche de vitalidade. Da mesma maneira, age o Espírito Santo no crente.

2.3 Água. O poder do Espírito Santo opera no reino espiritual o que a água faz na ordem material (Êx 17:6; Ez 36:25-27; 47:1-5; Jo 3:5; 4:14; 7:38, 39). A água purifica, refresca, sacia a sede, e torna frutífero o estéril. Ela purifica o que está sujo e restaura a limpeza. É um símbolo adequado da graça divina que não somente purifica a alma, mas também lhe acrescenta a beleza divina. Assim como a água é um elemento indispensável à vida física, o Espírito Santo é indispensável à vida espiritual. Assim como a água encontra-se em três regiões do Universo, ou seja, na expansão dos céus (Gn 1.6-10); sobre a face da terra (Gn 7.11), e debaixo da terra (Jo 38.30), o Espírito Santo opera nas três dimensões da constituição humana, produzindo a regeneração do espírito, da alma e do corpo (1 Ts 5.23), produzindo uma “lavagem da regeneração e da renovação” (Tt 3.5).

2.4 Selo. Essa ilustração exprime os seguintes simbolismos: 1) Possessão. A impressão dum selo dá a entender uma relação com o dono do selo, e é um sinal seguro de algo que lhe pertence. Os crentes são propriedades de Deus, e sabe-se que o são pelo Espírito que neles habita. 2) A ideia de segurança (Ef 1:13) O Espírito inspira um sentimento de segurança e a certeza no coração do crente (Rm 8:16). O selo, como figura do Espírito, traduz também diversos outros significados, tais como: garantia (Gn 38.18), juramento (Jr 22.24), autenticidade (I Co 9.2), redenção (Ef 4.30); etc.

Podemos afirmar, então, que fomos selados com o selo da promessa, que nos dá a garantia de pertencermos somente a Deus (Ef 1.13; II Tm 2.19).

2.5 Azeite. O azeite é, talvez, o mais comum e mais conhecido símbolo do Espírito. Quando se usava o azeite no ritual do AT, falava-se de utilidade, frutificação, beleza, vida e transformação. Geralmente era usado como alimento, para iluminação, lubrificação, cura, e alivio da pele. Da mesma maneira, na ordem espiritual, o Espírito fortalece, ilumina, liberta, cura e alivia a alma. Na Bíblia, o azeite da unção era usado para consagração de pessoas, tais como reis (1 Sm 10.1; 16.13), sacerdotes (Lv 8.30) e profetas (1 Rs 19.16), ou seja, era um privilégio apenas de alguns. Porém hoje, este “azeite” é derramado sobre todos nós, pois agora somos a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, e o povo adquirido (IPe 2.9) e temos a unção do Santo (I Jo 2.20).

2.6 Pomba. A pomba, como símbolo, significa brandura, doçura, amabilidade, inocência, paz, pureza e paciência. Por ocasião do batismo de Jesus, o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como uma pomba. Mas, não significa dizer que o Espírito Santo seja uma pomba, e sim, que Ele manifestou-se como uma pomba (Mt 3.16; Mc 1.10; Lc 3.22). A pomba é um dos símbolos da paz, e uma das características do fruto do Espírito é a paz (Gl 5.22). Assim, quando Ele passa a habitar em nós, transmite-nos a verdadeira paz.

2.7 Chuva. Tiago, o irmão do Senhor Jesus e autor da epístola que leva o seu nome, menciona “as primeiras chuvas e últimas chuvas”, como sendo a “chuva temporã e serôdia”, baseado na metáfora agrícola (Tg 5.7). O apóstolo sabia muito bem dessas chuvas, por experiência pessoal. Na Palestina, as primeiras chuvas provêem umidade à semente recém-plantada, para que possa germinar. Portanto, é sinal para a semeadura. Já as últimas chuvas, são necessárias para que a semente amadureça. Na metáfora de Tiago, o simbolismo é perfeito: o Espírito Santo desceu no dia de Pentecostes, preparando assim a terra para a grande semeadura da Palavra de Deus. Depois, no decorrer dos séculos, as últimas chuvas, ou seja, suas manifestações contínuas neste mundo, especialmente onde a vontade de Deus é aceita, têm produzido o amadurecimento e garantido uma safra de almas abundantes (Jo 4.35-38). No final, aparece o “precioso fruto da terra” como o resultado satisfatório da chuva, da semeadura e da colheita.

CONCLUSÃO

Para que nós pudéssemos compreender a natureza, atributos e, principalmente a ação do Espírito Santo em nossas vidas, Deus fez com que diversos nomes e símbolos fossem inseridos nas Sagradas Escrituras. Por esta razão, encontramos nas páginas da Bíblia o Espírito Santo sendo chamado de Espírito Santo, Espírito de Deus, Espírito de Cristo, Consolador, bem como também, sendo representado por diversos símbolos, tais como: fogo, vento, água, pomba, óleo, e muitos outros que, por exiguidade, não mencionamos neste esboço.

REFERÊNCIAS

A existência e a Pessoa do Espírito Santo. Severino Pedro da Silva. C.P.A.D.
Conhecendo as Doutrinas da Bíblia. Myer Pearlman. Vida.
O que a Bíblia diz sobre o Espírito Santo. Stanley Horton. C.P.A.D.
Teologia Sistemática. Eurico Bérgsten. C.P.A.D.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

CARTA DO ATIRADOR DE REALENGO NEGARIA HIPÓTOSE ISLÂMICA

Publicada ontem, a carta de Wellington Menezes de Oliveira, o assassino que abriu fogo dentro da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, desfaz a hipótese de um atentado terrorista islâmico. Na carta, o atirador que deixou 13 crianças mortas e otras feridas no crime barbaro que chocou o país, faz alusao a Jesus e a Deus.

Confira na integra a carta:









“Primeiramente deverão saber que os impuros não poderão me tocar sem luvas, somente os castos ou os que perderam suas castidades após o casamento e não se envolveram em adultério poderão me tocar sem usar luvas, ou seja, nenhum fornicador ou adúltero poderá ter um contato direto comigo, nem nada que seja impuro poderá tocar em meu sangue, nenhum impuro pode ter contato direto com um virgem sem sua permissão, os que cuidarem de meu sepultamento deverão retirar toda a minha vestimenta, me banhar, me secar e me envolver totalmente despido em um lençol branco que está neste prédio, em uma bolsa que deixei na primeira sala do primeiro andar, após me envolverem neste lençol poderão me colocar em meu caixão. Se possível, quero ser sepultado ao lado da sepultura onde minha mãe dorme. Minha mãe se chama Dicéa Menezes de Oliveira e está sepultada no cemitério Murundu. Preciso de visita de um fiel seguidor de Deus em minha sepultura pelo menos uma vez, preciso que ele ore diante de minha sepultura pedindo o perdão de Deus pelo o que eu fiz rogando para que na sua vinda Jesus me desperte do sono da morte para a vida eterna.”

"Eu deixei uma casa em Sepetiba da qual nenhum familiar precisa, existem instituições pobres, financiadas por pessoas generosas que cuidam de animais abandonados, eu quero que esse espaço onde eu passei meus últimos meses seja doado a uma dessas instituições, pois os animais são seres muito desprezados e precisam muito mais de proteção e carinho do que os seres humanos que possuem a vantagem de poder se comunicar, trabalhar para se alimentarem, por isso, os que se apropriarem de minha casa, eu peço por favor que tenham bom senso e cumpram o meu pedido, por cumprindo o meu pedido, automaticamente estarão cumprindo a vontade dos pais que desejavam passar esse imóvel para meu nome e todos sabem disso, senão cumprirem meu pedido, automaticamente estarão desrespeitando a vontade dos pais, o que prova que vocês não tem nenhuma consideração pelos nossos pais que já dormem, eu acredito que todos vocês tenham alguma consideração pelos nossos pais, provem isso fazendo o que eu pedi."

Segundo O DIA, a carta deixada por Wellington mostra algumas semelhanças com outra carta, escrita há dez anos por um outro assassino. Em 11 de setembro de 2001, o terrorista Mohammed Atta, que sequestrou e atirou um avião contra o World Trade Center, em Nova York, nos Estados Unidos, também deixou um documento no qual, assim como Wellington, dá instruções, cita pedidos para o funeral, religião ("bons mulçumanos" e "fiel seguidor de Deus"), "pessoas impuras" e mulheres:

“Em nome de Deus todo-poderoso, isso é que eu quero que aconteça depois da minha morte. Meu nome é Mohammed, filho de Mohammed al Amir Awad al Sajjid, creio em Maomé como o mensageiro de Alá e sei que com o tempo não restarão dúvidas a respeito e Alá ressuscitará aqueles que estão em suas covas. Quero que a minha família, e quem mais leia este testamento, tema a Alá todo-poderoso, não seja enganado pela vida e siga a Alá e a seus profetas, se tiver fé. Em minha memória, quero que façam o que o profeta Ibrahim pediu a seu filho, morrendo como um bom muçulmano. Quando eu morrer, desejo que quem herde minhas posses siga estas instruções:

1 – Quem for me sepultar deverá ser um bom muçulmano, já que vai me preparar para Alá e a Sua Misericórdia

2 – Quem for me sepultar deve fechar meus olhos e rezar para que eu suba aos céus. Deve me vestir com roupas novas e não me deixar enterrar com as roupas com que morri.

3 – Ninguém deve chorar por mim, gritar ou rasgar suas roupas ou bater no próprio rosto – esses são gestos tolos.

4 - Ninguém que no passado não tenha se dado bem comigo deve me beijar, visitar ou se despedir de mim depois que eu estiver morto.

5 – Nem mulheres grávidas nem pessoas impuras devem se despedir de mim - eu não quero isso.

6 - Mulheres não devem rezar pelo meu perdão. Não serei responsável pelos sacrifícios de animais após o meu enterro - isso iria contra o Islã.

7- Quem me velar deverá pensar em Alá e rezar para que eu esteja com os anjos.

8- Aqueles que lavarem meu corpo devem ser bons muçulmanos. E não deve haver pessoas demais, a não ser que seja absolutamente necessário.

9 – Aquele que lavar meus genitais deverá usar luvas, para que eu não seja tocado naquela região.

10 - Minhas roupas devem ser de três peças de material branco, contato que não seja seda ou qualquer outro material muito caro.

11- Mulheres não deverão presenciar meu enterro ou visitar meu túmulo em qualquer outra data mais tarde.

12 - Meu enterro deve transcorrer em um clima de calma. Alá avalia e concede o descanso se baseando em três aspectos: a leitura do Corão, o funeral e se o morto foi enterrado com devoção. Meu enterro deve ser conduzido com rapidez, em uma reunião em que muitas pessoas possam rezar por mim.

13- Quero ser enterrado ao lado de outros bons muçulmanos, com meu rosto voltado para Meca.

14- Quero ser deitado sobre meu lado direito. Deverão jogar a terra sobre meu corpo por três vezes, recitando as palavras: “Você vem do pó, você é o pó e ao pó retornará. E do pó renascerá um novo homem.” Após isso todos devem adorar o nome de Alá e testemunhar que morri como um muçulmano acreditando na religião de Deus. Todos que participarem de meu enterro deverão rezar pelo meu perdão.

15- Quem estiver presente em meu enterro deve passar uma hora perto de minha cova, para que eu possa aproveitar sua companhia; um animal deve ser sacrificado, e a sua carne distribuída entre os necessitados.

16- Existe um costume de se pensar nos mortos a cada quarenta dias ou anualmente se pensar nos mortos. Não gostaria disso, já que não corresponde aos ritos islâmicos.

17- Em meu enterro ninguém deverá levar talismãs como provérbios. Isto é superstição. Prefiro que usem o tempo rezando para Alá.

18- Os bens que deixo deverão ser divididos como dizem as regras islâmicas - como Alá os distribuiu a nós: um terço para os necessitados e os pobres. Meus livros devem ir para uma mesquita. Meu testamento deverá ser executado por um líder sunita. Ele também deve ser meu conterrâneo. Deve ser alguém que siga as mesmas tradições que eu segui. Caso a cerimônia não respeite a fé islâmica, punam os culpados. Os que eu deixo para trás devem temer a Alá e não acreditar nas tentações da vida - devem pedir a Alá e ser bons fiéis. Os que não seguirem as instruções contidas em meu testamento ou contrariarem as regras da minha fé, responderão.


Muçulmano, cristão ou apenas um desequilibrado?

O presidente da União Nacional das Entidades Islâmicas do Brasil, Jamel El Bacha, negou, nesta quinta-feira, que o atirador Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, que atacou estudantes e funcionários de uma escola municipal no Rio de Janeiro, tenha vínculos com a representação e a religião muçulmana. Em nota oficial, a entidade condenou o crime e chamou o ato de “insano e inexplicável”.

“[Em relação às informações sobre] uma possível vinculação desse cidadão com a religião islâmica, depois desmentidas [por pessoas próximas a Oliveifra], reafirmamos que ele não é muçulmano e não tem qualquer vínculo com as mesquitas e sociedades beneficentes mantidas pela comunidade em todo o Brasil”, diz a nota oficial.

Citando o livro sagrado do islamismo, o Alcorão, o presidente afirmou que a os “princípios do Islã” pregam a conduta pacífica de seus adeptos e exigem dos seguidores uma “postura absolutamente diversa à que algumas pessoas querem de forma precipitada atribuir à religião e a seus adeptos (...) Quem tirar a vida de uma pessoa inocente é como se tivesse assassinado toda a humanidade, diz o Alcorão Sagrado”, informa a nota. “Estamos direcionando todas as nossas orações para as vítimas desse brutal ato de violência contra inocentes crianças e para os seus familiares.”

A hipótese de que Wellington teria sido influenciado por principios da religião islâmica foi levantada por sua irmã adotiva. Em entrevista à rádio Band News, Roselane disse que ele era muito ligado ao islamismo, não saia de casa e ficava muito tempo no computador. Além disso, a carta deixada pelo assassino desenha tal paralelo que, embora não prove envolvimento com a religião do Alcorão, revela que ele teria sido influenciado pela postura dos terroristas muculmanos.


Comentando os fatos com lentes cristãs

Na verdade, a divulgação da carta prova que o atirador não guardava fielmente a fé muculmana. Mas é igualmente certo que a conduta de Wellington não condiz com os princípios cristãos. Toda forma de violência contra o próximo é incompatível com o caráter pacificador de Jesus e com os principios do seu Sermão da Montanha. A frieza com que o atirador disparou em suas vítimas faz cogitar a hipotese de um doente mental, mas isso dificilmente poderá ser confirmado.

No entanto, em toda essa história demonstra a nulidade da religião para corrigir o carater e purificar o coracão. Em toda história, religiosos foram culpados de crimes hediondos. Não é demais recordar que foram os religiosos, fariseus e saduceus, os maiores adversários de Jesus e de certo modo responsáveis por sua morte. Blaise Pascal já dizia que "Os homens jamais fazem o mal tão completamente e com tanta alegria como quando o fazem a partir de uma convicção religiosa". A religião é nula para transformar o coração e comumente forma pessoas sem misericordia. Só o evangelho, bem entendido e aplicado à vida pode amortecer a essência caída do ser humano, reformar seu caráter e converter ódio em amor.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

IBADELP COMEMORA 35 ANOS DE EXISTÊNCIA





IBADEP comemora 35 anos de existência

O IBADEP, Instituto Bíblico das Assembleias de Deus no Estado do Paraná, completa 35 anos de serviço a educação teológica e estará realizando duas grandes festas neste ano: 08, 09 e 10 de abril e nos dias 05, 06 e 07 de agosto em Guaíra - PR. As festividades marcam a trajetória de sucesso do Instituto alcançando a marca de 35 mil alunos em 25 países.

O IBADEP conta com mais de 2.200 núcleos de estudos em diversas denominações evangélicas pelo Brasil e nos demais países, estes de língua espanhola.

A festividade será transmitida ao vivo através do portal www.ibadep.com. Confira os convidados para preleção da Palavra e cantores:


Programação da festividade em Abril:

Sexta-feira (08/04)
Hora: 19h30
Preletor: Pr Arlindo Santana (PR)
Cantor: Quarteto Manancial (MS) e participações locais

Sábado (09/04)
Hora: 19h30
Preletor: Pr Robson Brito (PR)
Cantores: Marcelo Dias e Fabiana (SP)

Domingo (10/04)
Hora: 09h30 - Manhã Missionária
Preletor: Pr Marcelo Dias (SP)
Cantores: Marcelo Dias e Fabiana (SP)

Hora: 19h30 - Encerramento
Preletor: Pr Jorge Rabelo (SP)
Cantores: Marcelo Dias e Fabiana (SP)

Atenciosamente,

Jesiel Jeronimo, Jornalista
www.ibadep.com
(44) 3642-2581

quarta-feira, 6 de abril de 2011

O FALSO EVANGELHO DE RENÊ TERRANOVA






Renê Terra Nova é um dos principais responsáveis pelo surgimento no Brasil do G12. Sua teologia possui forte ênfase na prosperidade e confissão positiva. É também um dos grandes incentivadores do "evangelho judaizante". Para Terra Nova as festas bíblicas são ordens sagradas do Senhor e devem ser celebradas por todos os cristãos. Se não bastasse isso o cristianismo pregado e vivido por esse “profeteiro” possui forte ênfase no estabelecimento de decretos espirituais.

No dia 31 de dezembro do ano passado O denominado patriarca apostólico tentou mudar a Palavra de Deus. Não! você não leu errado! É isso mesmo! Terra Nova, afirmou que o que está escrito em Is 61.1-3 não diz respeito a Cristo, mas sim aos seus próprios decretos. Pois é, na ocasião, movido por uma gritaria estérica, e uma hermeneutica absolutamente equivocada , (veja o vídeo abaixo) o paipostolo liberou 12 decretos para os doze meses de 2011, os quais reproduzo abaixo:

1. Todos seus parentes, e aqueles em sua geografia serão salvos;
2. Todos serão libertos;
3. Deus irá fazer vingança contra todos os nossos inimigos;
4. Você liberará consolo, você será o consolador;
5. Remover lutos - você ressuscitará pessoas;
6. Receber coroa de glória, Deus lhe dará honra dupla;
7. Ser ungido com óleo de alegria, virá uma unção sobrenatural sobre você (Hb 1.8-9);
8. Todos serão curados;
9. Você pregará a todos;
10. Será a maior colheita de todos os tempos;
11. Será possuído com o espírito de alegria;
12. Deus lhe chamará de carvalho de justiça - nada lhe destruirá.

Terra Nova, com seus 12 decretos, mudou literalmente o verdadeiro sentido das Escrituras. Como falso profeta, ele chegou ao absurdo em dizer que o ano aceitável do Senhor, bem como todo aquele que ele se relaciona com Cristo debaixo da sua cobertura será abençoado em 2011.

Caro leitor, diante de tanta sandice resta-nos lembrar daquilo que o nosso Senhor disse quanto ao surgimento de falsos profetas: "Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores." (MT 7; 15)

Com temor e tremor no coração!

terça-feira, 5 de abril de 2011

MORRE O EX- GOVERNADOR DO MARANHÃO





O ex-governador do Maranhão, Jackson Lago, morreu nesta segunda-feira (4) por volta das 18h30 em São Paulo. Ele estava internado no Hospital do Coração desde o dia 30 de março.

Em nota divulgada na noite de hoje, o hospital informou que Lago havia sido internado para tratar de uma inflamação no músculo cardíaco. A inflamação foi resultado do tratamento quimioterápico ao qual o ex-governador era submetido. Lago morreu às 18h30 em decorrência de falência múltipla de órgãos.

Jackson Kléper Lago nasceu em Pedreiras, no interior do Maranhão, em 1º de novembro de 1934. Ao lado de Leonel Brizola, o político participou da fundação do PDT (Partido Democrático Trabalhista), em 1979.

Rival político da família Sarney no Estado, Jackson Lago foi prefeito de São Luís três vezes. Em 2006, disputou o governo do Estado com Roseana Sarney (PMDB), filha do senador José Sarney, e foi eleito.

Em abril de 2009, porém, teve o mandato cassado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob a acusação de abuso de poder político.

Em 2010, Roseana e Lago voltaram a se enfrentar nas urnas. No ano passado, a disputa foi marcada por uma crise envolvendo o apoio dos petistas à candidatura de Roseana e problemas judiciais enfrentados por ela e Lago.
Confira também


Por ter tido seu mandato cassado em 2009, Lago foi barrado com base na Lei da Ficha Limpa pelo TSE. No entanto, o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Maranhão liberou sua candidatura.

Lago teve 19,5% dos votos em 2010 e ficou em terceiro lugar na disputa pelo governo do Estado. Roseana foi eleita com pouco mais de 50% dos votos e Flávio Dino (PCdoB) teve 29,5% dos votos.

A BIOGRAFIA DE JACKSON LAGO

Nascido em em 1º de janeiro de 1934 em Pedreiras, no interior maranhense, Jackson Kleper Lago começou a carreira política na década de 1960 enfrentando o regime militar apoiado por Sarney, vencedor do embate contra a oligarquia de Vitorino Freire, que passou 20 anos no poder. Sempre teve como guru político o fundador do seu partido, Leonel Brizola (1922-2004), que também faz parte de uma das grandes tragédias de sua vida.

Formado em Medicina, há cerca de 30 anos, “doutor Jackson”, como é conhecido no Maranhão, ajudou a fundar o Partido Democrático Trabalhista (PDT), ao lado de Leonel Brizola e de outros políticos de grande relevância nacional. Lago dirigiu de São Luís até o Uruguai para visitar Brizola. Na entrada da cidade de onde saiu, sofreu um acidente no qual morreu sua primeira mulher. Ele próprio ficou em coma por meses. Tornou-se fundador do PDT no Maranhão, tendo como plataforma o sindicato dos médicos maranhenses.

Jackson Lago foi prefeito de São Luís por três vezes: de 1989 a 1992, de 1997 a 2000 e de 2001 a 2002.

Em 2006, teve a mais surpreendente vitória política de sua carreira: derrotou a senadora Roseana Sarney, então filiada ao PFL e hoje no PMDB, para destronar o clã Sarney do governo estadual depois de um domínio de mais de 40 anos. Nem o apoio do então presidente e ex-aliado Luiz Inácio Lula da Silva à rival conseguiu impedi-lo de chegar ao Palácio dos Leões por estreita margem de votos.

Na época, Jackson disse que ele e o petista Jaques Wagner na Bahia provavam “a queda dos dois últimos bastiões do coronelismo político”. Contudo, em 2009 o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) cassou os mandatos de Jackson e de seu vice, Luis Carlos Porto, por abuso de poder e compra de votos [nunca vi alguém ser USURPADO, ROUBADO e INJUSTIÇADO DAQUELA FORMA]. Ele relutou, mas acabou cedendo o cargo a Roseana, que acabou reeleita no ano passado.

O pedetista foi três vezes prefeito de São Luís e ali teve a maior parte da sua votação para o governo estadual. Fora da política, ele era considerado pioneiro em cirurgias torácicas no Maranhão. Foi também professor da Faculdade de Medicina do Estado.

do blog do Élson Araújo

Morreu o Governador Jackson Lago

O Velório e as Homenagens serão prestadas
Dia 05 de Abril de 2011 - Terça
Onde: Sede do PDT- Partido Democrático Trabalhista
Endereço: Rua dos Afogados, nº 468, Centro

Trajeto do Cortejo Fúnebre - Carro do Corpo de Bombeiros:
11h00 - Saída de São Paulo(Vôo TAM)
14h45 - Chegada ao Aeroporto
Av. Guajajaras
Cohab
Anil
Vila Palmeira
Alemanha
Av. Luís Rocha
Camboa
Prç. Maria Aragão
Rua 7 deSetembro
Rua dos Afogados
Chegada na Sede do PDT

Local do Enterro:
Parque da Saudade - Cemitério do Vinhais
Horário: 10h da manhã

Nome Completo: Jackson Kléper Lago
Idade: 76 anos
Dia do Óbito: 04/04/2011 às 17h50
Onde: Hospital do Coração em São Paulo
Causa da Morte: Câncer de Próstata
Data de Nascimento: 1º de novembro de 1934

Cargos Políticos:
Governador do Maranhão
Prefeito de São Luís

Cidade Natal: Pedreiras-MA
Formação: Medicina
Cônjuge: Clay Lago
Prole: 3 Filhos - Igor, Luciana e Ludmilla

segunda-feira, 4 de abril de 2011

JUSTIÇA EXTINGUE PROCESSO QUE SOLICITAVA PRESTAÇÃO DE CONTAS DA CGADB




O processo 00164998420108190202 da 4ª Vara Cível de Madureira, no Rio, foi extinto pela juíza Andréia Magalhães de Araújo, no dia 31 de março. O presidente da Comissão Jurídica da CGADB, pastor e advogado Abiezer Apolinário da Silva anunciou a “notícia de ter sido prolatada a sentença no processo de prestação de contas, pela qual ele foi extinto”.

A ação foi proposta por pastores-membros da Convenção Geral (Confradesp, Comaderj, Ceader, Confrateres, Ceadam, Cieadep e Cemiadap), no dia 30 de maio de 2010, por entenderem que a prestação de contas da CGADB, durante a AGO em Serra (ES), de 20 a 24 de abril de 2009, omitia dos convencionais informações determinantes das contas da CPAD.

Os autores exigiam que a prestação de contas fosse efetivada de “forma detalhada e em linguagem mercantil”. Eles questionavam contratos, valores pagos sem comprovação aceitável, cheques devolvidos, acordos etc e ainda da CPAD, contas do envio de dólares aos Estados Unidos, pagamentos e contratos.

Ação, análise e sentença

Os pastores “Eraldo Cavalcante Passos, Carlos Alberto de Faria Pereira, Martinho Lutero Monteiro, Enock Pessoa da Silva, Moisés de Melo Ambrosio, Elias Santana e Heraldo Nascimento da Costa ajuizaram ação de prestação de contas em face de Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil – CGADB, representada por José Wellington Bezerra da Costa. Alegam, em síntese, que são membros da ré, uma vez que são filiados à convenções integrantes da demandada. Aduzem que receberam ´graves denúncias relativas à gestão do Presidente da Ré´ e que notificaram extrajudicialmente a demandada e a CASA PUBLICADORA DAS ASSEMBEIAS DE DEUS – CPAD, na intenção de que lhes fossem prestadas as contas da CGADB e DA CPAD, sem lograr êxito. Por fim, alegam que a administração da ré vem sendo alvo de ´atuação irregular na gestão da administração do patrimônio, das receitas e dos recursos da Ré´. Com a inicial vieram os documentos de fls. 19/102”.

A Contestação

“Contestação às fls. 10 8/124, instruída com os documentos de fls. 125/208, em que a parte ré alega, em preliminar, a impossibilidade jurídica do pedido, tendo em vista que ´exigem que ela preste contas para si mesma´ e a ilegitimidade ativa, sob o argumento de que as contas já foram prestadas para a Assembléia Geral, contando com a participação dos autores. No mérito, alega que a ação de prestação de contas não se presta a apurar ´eventual malversação de recursos e improbidade de seus administradores, inclusive o desvio de finalidade em benefício de terceiros´. Por fim, alega que os autores buscam desestabilizar a diretoria atual, uma vez que foram derrotados nas últimas eleições. Réplica apresentada às fls. 212/225”.

Análise da juíza

Na sentença a juíza diz o seguinte: “Inicialmente, afasto a preliminar suscitada pela parte ré de impossibilidade jurídica do pedido de prestação de contas, uma vez que o ordenamento jurídico não veda sua apreciação pelo Poder Judiciário. Verifica-se que na presente demanda os autores afirmam ser membros da parte ré, fato que não foi contestado pela demandada. Ao revés, a própria ré os reconhece como sendo membros de sua convenção. No entanto, deve ser acolhida a preliminar levantada para reconhecer que os autores não possuem legitimidade para propor a presente ação. A uma porque o destinatário das contas a serem prestadas pela parte ré é a Assembleia Geral, como se vê do disposto no artigo 32, I, do Estatuto da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, documento apresentado pelos próprios autores (fls. 53). A duas porquanto os membros de per si não são legitimados a exigir as contas da parte ré, mas somente a Assembleia Geral, o que não é o caso. Ademais, a indignação dos autores deve percorrer via distinta da ação de prestação de contas. Assim, verifica-se a carência acionária para a propositura desta demanda, tendo em vista a inexistência da legitimação para agir”.

Decisão

“Pelo exposto, JULGO EXTINTO O PROCESSO sem apreciação de mérito, nos termos do disposto no artigo 267, inciso VI, do CPC. Condeno os autores ao pagamento das custas processuais, taxa judiciária e honorários sucumbenciais, estes fixados em R$ 2.100,00 (dois mil e cem reais) a serem rateados entre os autores, em partes iguais. Transitada em julgado, dê-se baixa e arquivem-se. P.R.I. Rio de Janeiro, 31 de março de 2011. ANDRÉIA MAGALHÃES ARAÚJO, Juiz de Direito”.

domingo, 3 de abril de 2011

O ARREBATAMENTO DA IGREJA





O ARREBATAMENTO DA IGREJA
Texto-Básico: 1 Co 15.52.

PREGADO NO DOMINGO 3 ABRIL DE 2011 CONGº VALE DA BENÇÃO.

INTRODUÇÃO: O que diz a Bíblia sobre como e quando acontecerá este glorioso evento.

I. O QUE É ARREBATAMETO ?
A palavra “ arrebatamento” é , no contexto da escatologia cristã, é procedente do verbo grego “ harpazo”,= e significa tirar com rapidez e de forma inesperada. Quando o Novo Testamento foi traduzido para latim, optou-se pelo vocábulo “ raptus” que, originando-se do verbo “ raptare” que significa: “ tirar” , “ arrancar”,= tomar das mãos alguma coisa de maneira impetuosa.
O Arrebatamento será a retirada brusca, imprevista e sobrenatural da Igreja deste mundo, a fim de que seja transportada ás regiões celestes, onde estará para sempre com o Senhor.
Essa doutrina , dedica o Novo Testamento dois capítulos: 1 Co 15 e 1 Ts 4.
II. QUANDO SE DARÁ O ARREBATAMENTO ? ( Mt 24.36).
• Muitos ousaram marcar a Volta de Cristo, Guilherme Milher, fundador do Adventismo, marcou a Vinda de Jesus para 21 de março de 1843, 21 de março de 1844 e 22 de outubro de 1844, e nada aconteceu.Os seguidores de Carlos Taze Russel, conhecidos como “ Testemunhas de Jeová”, mas recetemente, marcaram a volta de de Jesus para 1984; mais tais previsões falharam.
• O retorno de Cristo dar-se-á a qualquer instante.Ele virá como o ladrão na noite( 1Ts 5.4 e 2 Pe 3.10).Vigiemos! Que este dia não nos venha surpreender!
• Virá o Senhor Jesus de improviso, e surpreenderá a muitos que, encontrar-se-ão embriagado com os desvelos e prazeres deste mundo.
• Lendo o capítulo 24 de Mateus, somos de imediato previnidos quanto á proximidade da volta do Senhor.A maioria dos sinais e das profecias que nos deixou Jesus, prenunciando seu glorioso retorno, já está cumprida.

III. COMO SE DARÁ O ARREBATAMENTO ? ( 1 Ts 4.16,17; 1 Co 15. 52).

• O arrebatamento da Igreja refere-se á primeira fase da Vinda de Jesus isto é, para salvos. Para a “ Igreja”, o Senhor Jesus virá nos ares, invisível, descerá com alarido e trombeta de Deus. Jesus voltará pessoalmente. Nessa fase só os salvos irão perceber.
• Jesus virá até as nuvens( 1 Ts 4.17); não tocará na terra, nesse primeiro momento.
• Naquele dia, os mortos e os vivos em Cristo ouvirão a voz de chamamento da trombeta do Senhor pelo arcanjo, e “ num abrir e fechar de olhos” ( 1 Co 15.51,52), estarão na presença do Senhor nos ares, com corpos glorificados.
• A palavra “ mortos” diz respeito aos santos que ressucitarão com corpos transformados em corpo espiritual ( soma pneumatikon), enquanto que, os corpos dos ímpios permanecerão em suas sepulturas até o dia do Juízo Final( Ap 20.12).
• O mesmo poder transformador operado nos corpos dos que morreram no Senhor atuará nos corpos dos crentes vivos naquele dia.

Conclusão: A qualquer momento, virá o Senhor Jesus arrebatar a sua Igreja.Esta é a nossa bendita esperança( Tt 2.13).

DIÁC JANAILSON SALES ARAÚJO