terça-feira, 22 de novembro de 2011

CGADB PERDE O TREM DA UNIDADE DO CENTENÁRIO



Se vivos estivessem, o que diriam os pioneiros?


No dia 15 de novembro, encerraram-se as comemorações "oficiais" do Centenário das Assembleias de Deus no Brasil, com a celebração realizada à tarde no Pacaembu, em São Paulo. O vocábulo se encontra entre aspas de propósito. Refere-se àquelas comemorações programadas pela CGADB/CPAD, que, sequer, incluíram, formalmente, as celebrações da Igreja-Mãe. Também em Belém, PA, as entidades mencionadas realizaram o seu evento uma semana antes das que estavam previstas no calendário da igreja fundada pelos pioneiros suecos.


Mas disso todo o mundo sabe. Como se diz por aí, é chover no molhado. O fato curioso é que no dia 15 de novembro houve, também, outra celebração do Centenário em São Paulo promovida na Arena Barueri pela AD do Brás, vinculada à CONAMAD, ou, como se diz no uso corrente, Madureira. No mesmo dia e com a mesma finalidade. À primeira vista pode aparentar competição ou represália. Mas pelas informações que disponho não foi uma coisa nem outra. Foi, isto sim, o resultado de a CGADB não ter procurado promover, desde o início, como sugerido, o Centenário da unidade. Não faltou quem lutasse por isso. Deu no que deu.


Soube por fontes próximas que houve gestão dos representantes de Madureira em São Paulo para que houvesse uma só celebração. Não teriam sido ouvidos. Ou melhor, teriam sido esnobados. Com isso, a CGADB/CPAD fez o que sempre desejou fazer, ou seja, concluir as festividades em São Paulo, na seara do Belenzinho (por óbvio deveria ser na Igreja-Mãe), enquanto a CONAMAD realizava a própria celebração, com justiça, no mesmo dia, já que a sua participação na festa "principal" foi menosprezada.


A nota de destaque é que o pastor Samuel Câmara, da Igreja-Mãe, cumprindo o seu papel protocolar, compareceu às duas celebrações: a da CGADB/CPAD e a da CONAMAD. Gesto no mínimo decente. Constrangedor foi o papel de nossa entidade maior, coadjuvada pela editora que hoje monopoliza o "poder" assembleiano, em conduzir de maneira tão pífia uma comemoração centenária que tinha tudo para ser apoteótica. Faltou nobreza, sobrou egoísmo.


No meu caso, pelas leituras das postagens anteriores neste blog, todos conhecem a posição que assumi, desde o início, ao lado de dezenas de outros companheiros, pela unidade no Centenário. Fizemos intensa campanha na blogosfera. Não pensem que esta semente foi plantada em vão. No devido tempo dará o seu fruto. Mas não terminarei o ano sem estar presente em pelo menos uma comemoração, embora não esteja no calendário oficial da CGADB/CPAD. Participarei da Ceia do Centenário, promovida pela AD de Madureira, Rio de Janeiro, no dia 3 de dezembro, a partir do meio-dia, no HSBC Arena, na Barra da Tijuca, onde, sem dúvida, estarão presentes os líderes das demais convenções do Estado. Sei que serei bem recebido.


É por essas e outras que nasceu e se consolida a proposta da Terceira Via na CGADB. Aliás, se você quiser conhecer um pouco mais, visite o blog, inaugurado no dia 15 de novembro: www.terceiraviacgadb.com.br

FONTE: BLOG PR GEREMIAS DO COUTO

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

NÃO ENTREGUE O $EU ISAQUE




Falo por parábola.

Um famoso conferencista brasileiro foi convidado para ministrar a Palavra durante três noites a um grande grupo de jovens, em uma terra longínqua, no velho continente. Muito eloquente e persuasivo, ele resolveu discorrer sobre a obediência de Abraão à surpreende ordem divina: “Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai ao Moriá; e o oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi” (Gn 24.2).

O conferencista internacional fez uma “contextualização” e resolveu chamar Isaque de “a melhor oferta”. “Isaque era o único filho de Abraão. Era o que ele tinha de mais importante nesta terra. Pergunte para o seu irmão: ‘O que você tem de mais importante nesta vida? Qual é a sua melhor oferta?’” — afirmou o pregador, na primeira noite. Ao mesmo tempo que mencionava a fidelidade de Abraão, ele contava experiências de pessoas que deram tudo o que tinham e prosperaram financeiramente.

Na segunda noite, o pregador foi ainda mais claro: “Você mora de aluguel? Esse é o seu Isaque. E você precisa sacrificá-lo. Ofereça-o. Você é um empresário? Entregue todo o lucro deste mês, pois esse é o seu Isaque. Não questione. Obedeça o profeta de Deus. E você sairá daqui com a sua bênção”.

Tendo mencionado vários “I$aque$”, o pregador lançou um desafio: “Amanhã é o último dia da festa. E eu quero ver quem terá ousadia para entregar o seu Isaque”. Isso contagiou a todos, e a maioria dos irmãos estava mesmo disposta a dar o que tinha de melhor, financeiramente falando. O pregador dissera que, se alguém não tivesse dinheiro, poderia entregar relógios, alianças, cheques pré-datados, etc. Mas ele não contava com uma surpresa...

Naquela igreja havia um grupo de jovens estudiosos da Bíblia. E um deles estava escalado para dar uma palavra de cinco minutos antes do pregador. “Saúdo os irmãos com a paz do Senhor”, disse o jovem. “Como tenho apenas cinco minutos para falar, convido os irmãos a lerem comigo Gênesis 22.11,12”.

Depois da leitura, o corajoso jovem discorreu rapidamente sobre Abraão e Isaque e concluiu: “Irmãos, Deus pediu a Abraão que oferecesse o seu filho Isaque em holocausto. Mas isso foi apenas um teste. Ele não aceita sacrifícios humanos. E, como podemos ver, Abraão levou o seu Isaque para casa”.

Antes de convidar o famoso conferencista para a sua última ministração, o pastor da igreja — que estava incomodado com o aludido desafio — fez questão de dar mais uma palavra: “Irmãos, como disse esse sábio jovem, Abraão levou o seu Isaque para casa. Isso significa que nenhum de nós precisa oferecer hoje o seu Isaque. Dê a sua oferta, mas faça isso liberal e voluntariamente. Não precisa entregar o dinheiro do aluguel nem a sua aliança, etc.”.

Furioso e com “cara de poucos amigos”, o conferencista mudou o tema da mensagem: “Nesta noite eu quero falar sobre os crentes que tocam nos ungidos de Deus, aqueles que discordam dos profetas. Esses incrédulos sempre terão uma vida miserável, pois não têm coragem de entregar o melhor para mim... Quer dizer, para Deus”.

Diante desta parábola — baseada em várias histórias reais que já ouvi sobre conferencistas de$afiadore$ —, medite em 2 Coríntios 2.17: “Porque nós não estamos, como tantos outros, mercadejando a palavra de Deus; antes, em Cristo é que falamos na presença de Deus, com sinceridade e da parte do próprio Deus”.


Ciro Sanches Zibordi