terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

TEÓLOGOS



No inicio do século primeiro, um garoto nasceu na cidade de Tarso, filho de pais judeus. Foi privilegiado por uma educação religiosa diferenciada, tendo como um dos seus mestres o rabino Gamaliel. Douto nas Escrituras Sagradas, poliglota, conhecedor das artes e da filosofia de seu tempo e eximo escritor, após sua conversão, contribui com a sua bagagem cultural e intelectual de maneira significativa para a expansão e consolidação do Evangelho e da Igreja. Seu nome: Paulo.

Nascido em 13 de novembro de 354, na cidade de Tagaste, a atual Souk Ahras, uma província romana da cidade no norte de África, na Argélia, educado no norte da África onde se familiarizou com a literatura latina, iniciado na filosofia e formado em retórica, tornou-se professor, escritor, filósofo, teólogo e doutor. Autor dos clássicos da literatura teológica “Confissões” e “Cidade de Deus”, falo do Doutor da Graça, Agostinho, bispo de Hipona.

No ano de 1225, veio ao mundo, no reino de Nápoles na Itália, aquele que seria intitulado o “mais sábio dos santos e o mais santo dos sábios”. Foi educado no mosteiro de Monte Cassino.

Estudou filosofia em Nápoles, teologia em Colônia. Foi Mestre na Universidade de Paris. Em suas duas "Summas", sistematizou o conhecimento teológico e filosófico de sua época. A partir dele, a Igreja tem uma Teologia (fundada na revelação) e uma Filosofia (baseada no exercício da razão humana) que se fundem numa síntese definitiva: fé e razão, unidas em sua orientação comum rumo a Deus. Sustentou que a filosofia não pode ser substituída pela teologia e que ambas não se opõem. Afirmou que não pode haver contradição entre fé e razão. Refiro-me a Tomás de Aquino.

Bacharel em Artes no ano de 1502, Mestre em 1505, Bacharel em Estudos Bíblicos em 1509, Doutor em Teologia em 1512, aprofundou-se no conhecimento de grego e hebraico e nos estudos sobre a igreja primitiva. Monge agostiniano, inquieto com os desvios e abusos da igreja e tocado pelo poder da Santa e poderosa Palavra de Deus, a 31 de outubro de 1517 afixou 95 Teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, com um convite aberto ao debate sobre elas. Este é Martinho Lutero.

Estudante de latim versou-se na teologia de Agostinho, Tomás de Aquino e Jerônimo, nos pais da igreja e nos filósofos. Bacharelou-se em Artes e foi Doutorado em Direito. Estudou grego e hebraico. Foi o grande líder da Reforma em Genebra. Refiro-me a João Calvino.

Todos estes nomes aqui citados possuem algumas qualidades em comum, o desejo, a busca e a conquista de conhecimento por meio dos estudos acadêmicos e formais.

Cada um deles foi escolhido desde o ventre de suas mães para fazer a diferença em sua geração.

Foram grandes pensadores, mas, não passaram pela história sem intervir nela, sem ajudar a construí-la. Deram a sua grande contribuição escrevendo, ensinando, pregando, contestando, mas, acima de tudo, produzindo, frutificando, realizando.

Comprovaram que é possível conciliar intelectualidade com piedade, saber com fazer, discurso com prática.

Obviamente, não se está afirmando aqui que as grandes contribuições para o Reino de Deus procedem apenas dos estudiosos, mestres ou doutores. O que se pretende é desmistificar idéias, conceitos e preconceitos sobre o papel do teólogo, ao mesmo tempo em que os tais são desafiados a seguirem os bons e significativos exemplos citados.

Teólogos são apóstolos.
Teólogos são evangelistas.
Teólogos são profetas.
Teólogos são pastores.
Teólogos são mestres.
Teólogos não se vendem.
Teólogos não negociam a sua consciência.
Teólogos são santos.
Teólogos são prudentes.
Teólogos são submissos.
Teólogos são simples.
Teólogos são humildes.
Teólogos são mansos.
Teólogos são pequenos.
Teólogos são servos.
Teólogos são tementes.
Teólogos, quer sejam bacharéis, mestres ou doutores, são eternos aprendizes.
Teólogos, são dependentes da graça e da misericórdia de Deus.

PR ALTAIR GERMANO

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