terça-feira, 31 de janeiro de 2012

COMO IDENTIFICAR UM PREGADOR " ANIMADOR DE AUDITÓRIO"





Por Gutierres Siqueira


O artigo em apreço não tem por objetivo traçar perfil de algum pregador famoso, mas sim alertar contra os mercenários vestidos de ovelhas que andam em nosso derredor. Que possamos tomar o cuidado de que os nossos nomes não estejam no rol de membros do conselho de animadores de auditório! É tempo de tomarmos posição, pois daqui a pouco não acharemos quem pregue a Palavra, mas sobrarão aqueles que buscam entretenimento para o povo.Como identificar um animador de auditório? Abaixo estão algumas características nada virtuosas desses pregoeiros do triunfalismo utópico.

OS ANIMADORES DE AUDITÓRIO AMAM A POPULARIDADE

Ter nomes em camisetas, em placas de denominações, ser cogitado por várias igrejas e ter agenda impossível de ser cumprida, eis o sonho de todo animador de auditório. Querem popularidade, fama, glória! Para isso foi chamado o pregador do evangelho? Esse deve ser o objetivo daqueles que dizem seguir o humilde Nazareno? Fama e muitos seguidores é sinal de aprovação divina? É claro que não!
Alguém logo argumenta:- Ora, Jesus foi um homem popular em sua época! Mas é bom lembrar que Jesus não buscava popularidade, ele buscava almas! Jesus, mediante muitos de seus milagres dizia ao beneficiado que não contasse nada a ninguém. Quem foi o único homem digno de glória senão Jesus, mas ele “aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens” (Fp 2.7). Quis o manso Filho do Homem nos dar o exemplo!
Apesar da grande popularidade de Cristo, nos seus momentos de explosão de milagres, ele amargou o desprezo dos amigos e discípulos durante o caminho do Gólgota. Como bem havia profetizado o profeta messiânico: “Era desprezado e o mais indigno entre os homens, homem de dores, experimentado nos trabalhos e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum” (Is 53.3).

OS ANIMADORES DE AUDITÓRIO SÃO USUÁRIOS DO MARKETING PESSOAL.

Certo dia vi um cartaz na igreja em que estava: “Pregador Fulano de Tal, Conferencista, em suas reuniões acontece batismos no Espírito Santo, curas divina, libertações, bênçãos, mas tudo pelo poder de Deus”! Seria cômico se não fosse trágico, pois usa de uma falsa modéstia para falar que todas essas bênçãos, promotoras do seu marketing pessoal, que acontecem simplesmente pelo poder de Deus. É claro que um cartaz bem elaborado como esse, serve para fazer promoção de alguém que quer evidência. Podemos fazer propaganda de milagres? Tornar o poder de Deus algo sujeito a nossa manipulação? Determinar o dia em que um milagre vai acontecer? Isso é o dom da fé ou o mercantilismo da fé?
O animador de auditório fala muito de si mesmo, diz ele: “Eu fiz isso, eu fiz aquilo; no meu ministério acontece isso, acontece aquilo; aqui eu faço e acontece”. Sempre há muita arrogância e busca de auto-promoção. Esse animador é sempre o grande ungido que não pode ser contestado.

OS ANIMADORES DE AUDITÓRIO DESPREZAM A PREGAÇÃO EXPOSITIVA

Pregar sobre uma passagem bíblica de maneira profunda, bem estudada e pesquisada, além de levar os ouvintes a reflexão. Eis algo que os animadores de auditório abominam! Dizem logo que não precisam de esboços, pois o Espírito Santo revela. Ora, o Espírito Santo é limitado em expressar a sua vontade por meio de um esboço? O que esses animadores não querem admitir é que a pregação expositiva impede o seus teatrinhos, pois a centralidade é em torno da Palavra. Além disso, um sermão expositivo exige tempo e bom preparo, algo descabido na era dos descartáveis e das comidas-rápidas. Bem cantou o salmista: “A exposição das tuas palavras dá luz e dá entendimento aos símplices”(Sl 119.130).

OS ANIMADORES DE AUDITÓRIO DESPREZAM O ENSINO E O ESTUDO DA PALAVRA.

Como pode alguém dizer que foi chamado para o ministério pastoral se não tem apreço para o ensino. Pastor não foi chamado para cantar, construir templos, fazer campanhas sociais, tudo isso é bom, mas a principal missão do pastor é ensinar o seu rebanho. Já dizia o apóstolo Paulo ao jovem pastor Timóteo: “seja apto para ensinar”(I Tm 3.2). O ensino exige aprendizado. Aquele que ensina deve-se dedicar ao ensino (Rm 12.7). Escreveu o professor James I. Packer: Despreze o estudo de Deus e você estará sentenciando a si mesmo a passar a vida aos tropeções, como um cego, como se não tivesse nenhum senso de direção e não entendesse aquilo que o rodeia. Deste modo poderá desperdiçar sua vida e perder a alma.[1]
Os animadores de auditório não suportam sermões de conteúdo, pois eles querem é entretenimento. São como crianças que deveria ficar na escola, mas pulam o muro para jogar bola. O pregador não pode fugir da responsabilidade de trazer conteúdo bíblico aos seus ouvintes, como disse Paulo: “Pregues a Palavra, instes a tempo e fora de tempo. Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (II Tm 4.2, 15).

OS ANIMADORES DE AUDITÓRIO DESPREZAM TEMAS RELEVANTES EM SUAS PREGAÇÕES.

Você já foi em um grande congresso, onde esses animadores de auditório comparecem, cujo tema era “O fruto do Espírito” ou “A Santíssima Trindade”? Mas certamente você já foi em eventos que os verbos mais conjugados foram: receber, vencer, poder, ganhar, conquistar, sonhar, triunfar etc?! Infelizmente os temas essenciais da Bíblia são desprezados nos púlpitos. Onde estão aquelas pregações sobre o “caráter cristão”, “a graça de Deus”, “o céu e inferno”, “a justificação pela fé”, “a mortificação da carne”, “o preparo para um encontro com Deus” etc? Logos os animadores dizem: “Isso é tema para Escola Dominical”, mas eles nunca vão a Escola Bíblica Dominical! E quem disse que pregação não deve conter o temas essenciais da fé cristã?Para pregar os temas relevantes da fé cristã é preciso manejar bem a Palavra da Verdade e ser como Apolo, “varão eloquente e poderoso nas Escrituras” (Atos 18.24). Mas não basta somente boa oratória, eloquência e experiência em homilias, é necessário acima de tudo dominar as Escrituras, ser “instruído no caminho do Senhor” e ser “fervoroso de espírito”, sendo assim, o pregador vai falar e ensinar com diligência “as coisas do Senhor”(Atos 18.25), assim como Apolo. John Stott escreveu: O arauto cristão sabe que está tratando de assunto de vida ou morte. Anuncia a situação do pecador sob os olhos de Deus, e a ação salvadora de Deus, através da morte e ressurreição de Cristo, e o convida ao arrependimento e à fé. Como poderia tratar tais temas com fria indiferença?[2]
A partir do momento em que os pregadores esquecem o tema principal do evangelho, eles desprezam o próprio Senhor da Palavra. Quando desprezam o verdadeiro Deus passam a adorar o falso deus da teologia da prosperidade: Mamon! Isso acontece quando as doutrinas centrais do cristianismo são desprezadas.

OS ANIMADORES DE AUDITÓRIO DESPERTAM O EMOCIONALISMO.

O emocionalismo é ser guiado e orientado pelas emoções. A emoção é parte importante do culto cristão, pois nós, os seres humanos, somos emocionais e também racionais; o grande problema é que os animadores valorizam excessivamente a emoção em detrimento da razão. Os animadores chegam a afirmar que as pessoas não precisam compreender aquilo que acontece em suas reuniões ou dizem para que os cultuantes não usem a mente. Outros, mais ousados, ameaçam sua platéia dizendo que Deus condena os incrédulos, com se ter senso crítico fosse incredulidade. A Bíblia adverte contra a credulidade cega, que não analisa e vê, baseado nas Escrituras, aquilo que está engolindo (I Jo 4.1). Os animadores de auditório não gostam de uma platéia que pense!

OS ANIMADORES DE AUDITÓRIO PREGAM UM DEUS MERCANTILISTA.

Para os animadores Deus é obrigado a agradar os seus bons meninos dizimistas e ofertantes. A base do relacionamento com Deus é na troca: “Eu vou dar o dízimo para Deus me dar uma casa ou vou fazer uma grande oferta para arranjar uma linda noiva”. Ora, vejam com Deus é visto nos pensamento dos animadores, como um grande comerciante, melhor inclusive que aplicação na bolsa de valores.
Quão miserável é essa espiritualidade mercantilista, onde o dinheiro é visto com mediador entre o homem e Deus; onde a “divindade” faz trocas com homens materialistas. Ó quão miserável e podre doutrina dos animadores de auditório! Mas quão maravilhosa é a visão bíblica do Altíssimo, um Deus de amor que nos transmite graça sendo nos ainda pecadores, e que nos livra do pecado e da morte e nos dá uma nova vida em Cristo!

OS ANIMADORES DE AUDITÓRIO AMAM TÍTULOS.

Apesar do horror pelo estudo bíblico, os animadores gostam do título de Doutor em Divindades, que pode ser comprado por dois mil dólares em falsas faculdades nos Estados Unidos e no Brasil, mas só que na América de cima é mais chique! Ora, como alguém se torna doutor em apenas seis meses? (eis um rolo gospel do diploma).
Isso mostra que os animadores não estão preocupados com um estudo aprofundado das Escrituras ou até mesmo na trilha de uma carreira acadêmica, o que eles amam na verdade é os títulos. Hoje proliferam os auto proclamados bispos, profetas, apóstolos, arcanjos e daqui a pouco: semi-deus ou vice-deus. Mas é melhor não dar idéia.


***
FONTE: Gutierres Siqueira é editor do blog Teologia Pentecostal. Divulgação: Púlpito Cristão

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

CONSIDERAÇÕES SOBRE SILAS MALAFAIA E A TEOLOGIA DA PROSPERIDADE





Respeito o pastor Silas Malafaia. Gosto de suas argumentações sobre a defesa da vida e dos valores morais esposados na Palavra de Deus. Considero Malafaia uma pessoa preparada para representar os evangélicos em audiências públicas a respeito do PLC 122, do aborto, etc. Tenho também amigos na igreja pastoreada por ele: a Assembleia de Deus Vitória em Cristo, na Penha-RJ.

Foi por isso que sempre evitei citar o nome de Malafaia, neste blog. Mas tenho uma palavra para ele e acredito que não ficará indignado contra mim, haja vista ser a minha mensagem bíblica e respeitosa.

Recentemente, Silas Malafaia concedeu uma entrevista à revista Igreja (novembro de 2011) e deu uma resposta que o tornou repreensível, à luz da Palavra de Deus. Peço a todos que admiram esse renomado pastor que não vejam este artigo como um ataque pessoal. Atentem para as referências bíblicas que vou citar e as considerem como palavras inspiradas do Senhor que se aplicam a todos que o servem.

“O senhor está sendo duramente criticado pelo setor mais conservador da igreja por causa da teologia da prosperidade pregada por alguns convidados de seu programa, como Morris Cerrullo e Mike Murdock. Como o senhor responde a estas criticas de que a teologia da prosperidade não tem base bíblica e é uma heresia?” — perguntou o entrevistador, da revista Igreja.

Antes de discorrer sobre a resposta de Malafaia, é importante corrigir duas coisas na pergunta acima. Primeira: não é somente o setor mais conservador da igreja que critica Malafaia por causa da teologia da prosperidade. Não se trata de extremistas combatendo extremistas. Na verdade, todos os cristãos equilibrados, que têm a Bíblia como a sua fonte primária de autoridade, são contrários à falaciosa teologia da prosperidade. Outra correção: tal heresia não tem sido pregada apenas por Morris Cerrulo e Mike Murdock. O próprio entrevistado é um dos seus propagadores.

Vamos à resposta do pastor Malafaia: “Primeiro quem fala isto é um idiota! Desculpe a expressão, mas comigo não tem colher de chá! Por que quando é membro eu quebro um galho, mas pastor não: é um idiota. Deveria até mesmo entregar a credencial e voltar a ser membro e aprender. Para começar não sabe nada de teologia, muito menos de prosperidade. Existe uma confusão e um radicalismo, e todo radicalismo não presta”.

Quem assiste às mensagens de Silas Malafaia, sabe que ele tem estilo próprio. Ele não escolhe muito as palavras. Mas tudo tem limite. Aliás, nosso limite está na Palavra de Deus. E o que está escrito em 1 Pedro 3.15? “Antes santificai a Cristo, como Senhor, em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós”.

Eu não sou perfeito. Silas Malafaia não é perfeito. Nenhum de nós é perfeito. Mas somos todos servos do Senhor. Qual é a recomendação do Senhor aos seus servos, em sua Palavra? Em 2 Timóteo 2.24,25 está escrito: “E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor; instruindo com mansidão os que resistem”.

Que mansidão e temor vemos em xingamentos a pastores? Alguém dirá: “O Silas é assim mesmo. É o jeito dele. Eu o conheço há muito tempo”. Reconheço que cada um tem uma personalidade. Mas, para que existe o fruto do Espírito, isto é, o Espírito Santo agindo em nós? Para moldar o nosso caráter e mudar o nosso interior, a fim de que sejamos astros nesse mundo tenebroso (Mt 5.13-16; Fp 2.14,15) e demonstremos a todos que temos amor, humildade, verdade, alegria, paz, longanimidade, justiça, benignidade, bondade, fé, mansidão, domínio próprio, etc. (Gl 5.22; Ef 5.9; 1 Pe 5.5).

“Há casos em que é preciso botar pra quebrar. Não dou colher de chá para pastores” — Malafaia poderá argumentar. Concordo, em parte. Jesus, o nosso paradigma (1 Jo 2.6; 1 Co 11.1; 1 Pe 2.21), realmente foi firme, quando necessário. Chamou os fariseus de hipócritas e condutores cegos (Mt 23) e Herodes de raposa (Lc 13.32), bem como verberou contra os maus pastores de algumas igrejas da Ásia (Ap 2-3). Entretanto, Malafaia precisa reconhecer — não para concordar comigo — que a sua resposta aos oponentes da teologia da prosperidade tem sido generalizante e desproporcional.

Muitos homens de Deus respeitadíssimos se opõem à teologia da prosperidade e ao pensamento mercantilista de Mike Murdock e Morris Cerullo. São todos eles idiotas que precisam entregar a credencial? O próprio Silas Malafaia, durante muitos anos, foi um ferrenho oponente da teologia da prosperidade. Há, inclusive, vídeos no YouTube que apresentam sua verberação contra essa heresia. Mas ele não entregou a sua credencial de pastor nem voltou a ser membro para aprender. Pelo que tudo indica, a sua mudança de crítico da aludida heresia para propagador dela ocorreu por influência do telemilionário Murdock e outros.

Concordo que todo o extremismo é perigoso, como disse Silas. Não é porque sou contrário à teologia da prosperidade que serei, por causa disso, favorável à teologia da miséria. Afinal, a Bíblia diz que devemos nos contentar com o que temos, e não nos conformar com o que temos (Fp 4.11-13; 1 Tm 6.8-10). Conformar-se é uma coisa. Contentar-se, outra. Posso estar contente com um carro velho, pois o contentamento vem do Senhor. Mas não preciso me conformar com isso, pois Deus pode me dar um carro melhor.

Por outro lado, é evidente que a teologia da prosperidade é uma aberração, à luz da Bíblia. Por quê? Porque ela é reducionista e prioriza a prosperidade material. Ela faz com que toda a mensagem da Bíblia gire em torno de conquista de dinheiro, bens, riquezas. E induz o crente a supervalorizar as coisas desta vida terrena e passageira, em detrimento das “coisas que são de cima” (Cl 3.1,2; 1 Co 15.57).

Sinceramente, penso que o pastor Silas Malafaia é um grande comunicador, uma pessoa muito influente. Gostaria muito que ele fosse mais equilibrado, coerente e adotasse uma conduta em tudo pautada nas Escrituras. Lamento — lamento muito mesmo — por ele ter abraçado a teologia da prosperidade e por usar impropérios contra quem se lhe opõe. Se usasse os dons que Deus lhe deu e o seu carisma para pregar o Evangelho de maneira contundente, com verdade (Jr 23.28), seria muito mais respeitado por cristãos e não-cristãos.

Com temor e tremor,

Ciro Sanches Zibordi

FONTE : BLOG DO CIRO

domingo, 22 de janeiro de 2012

ATÉ QUANDO SEREMOS LUZ DO MUNDO ?





Duas das mais fascinantes declarações de Jesus quando pronunciou o imortal Sermão da montanha foram estas: “Vós sois a luz do mundo” e “vós sois o sal da terra”, Mt 5.15,16.

É interessante observar que Jesus chamou os Seus discípulos de luz do mundo, mas em outra ocasião Ele declarou ser pessoalmente a luz do mundo, Jo 7.12.
Para que não se cometa erros na interpretação das duas assertivas, Ele esclareceu ser a Luz do mundo enquanto estivesse aqui na Terra.

Ou seja, após o fim do Seu ministério terreno e conseqüentemente Sua ascensão de volta ao Céu, a Igreja assumiria essa posição e essa função.

Todos sabemos que existem vários tipos de luz. As mais conhecidas e/ou populares são:
(a) Luz cósmica, Gn 1.5;
(b) Luz solar, Jr 31.36;
(c) Luz artificial, Mt 25.6 e
(d) Luz espiritual, Sl 4.8; Is 2.6;II Co 4.4,6.

A partir do primeiro capítulo da Bíblia, Deus esclarece e determina os propósitos básicos da luz, a saber:

(a) Separação, Gn 1.14; Ex 10.23; Jó 18.6; 38.15.
(b) Iluminação, Gn 1.15; Fp 2.15;
(c) Sinalização, Gn 1.14;
(d) Governo, Gn 1.16.

A Igreja tem compromissos múltiplos a cumprir na condição de luz do mundo. Ele deve manter-se separada do mundo, estabelecendo um limite que não deve ser transposto.
Ela deve fazer brilhar a luz do Evangelho, através da proclamação do Evangelho em suas diferentes dimensões: pessoal, familiar, comunitária, coletiva e mundial; deve sinalizar para o mundo os seus deveres, na condição de voz profética de Deus e, finalmente, deve impor sua autoridade sobre as impiedosas e destruidoras trevas que assolam o mundo.

Ela deve atentar para as características fundamentais da luz espiritual:

(a) Ela é divina, Sl 47.3; I Jo 1.5. Como luz do mundo, Jesus é SOL, Ml 4.12. Mas, também como luz, a Igreja é LUA, Ct 6.10, ou seja, a luz não lhe é inerente. Ela a recebe do Sol da justiça e a transmite para o mundo;
(b) Ela é permanente, Jó 18.5; Pv 18.9;
(c) Ela é outorgada, ou seja, a Igreja é despenseira da Luz divina, I Co 4.2; Sl 118.27. Precisamos ser zelosos, a fim de não deixarmos nossa luz no velador.
(d) Ela é regeneradora, I Ts 5.5; Ef 6.6. Quando os pecadores se encontram com a LUZ, é-lhes aberta a porta da transformação e da liberdade, , II Co 5.17; Jo 8.36.

A Igreja deve manter-se fiel aos seus compromissos com a LUZ, claramente estabelecidos na Palavra de Deus.

Não devemos compactuar com a escuridão moral e espiritual que tomou conta do mundo, mas manter-nos como o farol de Deus, todos os momentos e sempre.

Eis alguns de nossos compromissos:

(a) Andar na luz, I Jo 1.7; Jo 11.9;Sl 89.15; Is 2.5;
(b) Estar na luz, I Jo 2.9;
(c) Vestir as armas da luz, Rm 13.12.
(d) Trabalhar na luz, Jo 3.21; etc.

Ultimamente algumas ilustres figuras do meio evangélico parecem estar esquecidas de sua natureza e responsabilidade cristã, de modo que estão se aproximando excessivamente do ambiente de trevas.

Milhares de pessoas estão aplaudindo o fato de alguns segmentos da mídia nacional, antes totalmente contrários ao Evangelho, estarem agora abrindo espaço para cantores evangélicos, etc.

Mas há um grupo fiel que não fechou seus olhos e está conseguindo ver além da cortina. Já houve casos de cantores do Rei se exibirem ao lado de hostes de adoradores de demônios. Num desses casos, a cena foi presenciada por milhares, quase milhões. Foi deprimente saber que os que aplaudiram o hino sagrado tiveram de engolir as canções de Baal, que se lhe seguiram.

Quem pode assegurar que foi um ato evangelístico, evangelizante ou evangelizador?

Quem garante que algumas centenas de miseráveis pecadores se encontraram com Cristo naquela ocasião? Ou minha ótica estaria totalmente fora de foco?

Não estará em desenvolvimento uma perniciosa estratégia de Satanás, visando a confusão e a mistura do Evangelho de luz com o reino das trevas?

Será que nossos cantores realmente estão precisando de levar sua lâmpada para grandes palcos e depois permitirem que se ponha nelas um vinagre de Belial, ao invés do azeite do Espírito?

Já não basta a omissão do nome cristão (ou evangélico)?

Nós falamos a língua portuguesa e em português claro Evangelho é EVANGELHO (e não gospel). Não está sendo orquestrado um disfarce muito sutil, para nele, com ele e através dele começarmos a maquiar, a macular, e depois a perder a nossa identidade?
Seria isto o prelúdio de novos dias de Constantino? Se assim for, algum tempo mais tarde precisaremos de novos luteros.

Que a Luz da Igreja continue a ser luz. Que os pregadores do Evangelho preguem a Palavra. Que os cultos não sejam shows e sim cultos. Que os cantores sejam identificados como cristãos, como evangélicos e como representantes da Igreja do Senhor Jesus Cristo, e não meramente como representantes da música gospel.

Que a Igreja seja luz e não a deixe NEM SE DEIXE escurecer.

Que ela seja sal e não se deixe apodrecer.

Pr Geziel Gomes

sábado, 21 de janeiro de 2012

LIÇÃO 4 : A PROSPERIDADE EM O NOVO TESTAMENTO ( Subsidio EBD)




Os adeptos do Evangelho da Prosperidade afirmam que os cristãos têm direito as riquezas materiais. Se não estão prosperando financeiramente existem três razões: o desconhecimento deste direito, não estão confessando positivamente que serão ricos ou estão em pecado. É importante dizer que quando a Bíblia menciona pessoas ricas não percebemos nenhuma indicação de que suas situações financeiras positivas eram de ordem espiritual. Nisso está implícito o quê os pregadores do Evangelho da Prosperidade ensinam: pessoas ricas eram bem sucedidas financeiramente por causa da maneira como serviam a Deus. Porém, o Senhor nunca estipulou que a situação financeira de alguém fosse padrão, requisito, norma ou regra para alguém estar “de bem com Ele” e até mesmo comprovar sua salvação. Ninguém será salvo por ser rico ou condenado por ser pobre – ou vice-versa. Ninguém desfruta de um relacionamento e atendimento vip de Deus por ser rico.

Se fôssemos aderir o ensino do Evangelho da Prosperidade teríamos de admitir que Nicodemos (pertencente ao grupo dos fariseus) e José de Arimatéia além de piedosos e tementes a Deus estavam espiritualmente em melhor situação que os discípulos de Jesus. É verdade que a Bíblia menciona José de Arimatéia ser homem bom e justo, mas, mesmo assim foi necessário crer em Cristo e recebe-lo como seu Salvador. Por outro lado, os discípulos de Jesus deveriam ser os mais ricos dos homens, porém, a realidade comprova o contrário. Não quero ser acusado de “especulador grosseiro”, mas é fato que profissionalmente os discípulos de Jesus trabalhavam arduamente e mesmo assim foram selecionados por Jesus para comporem o grupo apostólico. Por que Jesus não vocacionou, para estar entre os doze, Nicodemos ou José de Arimatéia ou qualquer outro cidadão rico e bem sucedido profissionalmente em Israel?

Mateus fora coletor de impostos, uma profissão indigna a qualquer cidadão judeu. Ele não era um architelontes (coordenador, chefe dos coletores de impostos), mas um telontes (um simples cobrador de impostos). Os coletores de impostos (os publicanus) eram associados a pecadores (Mt 9.10-13), meretrizes (Mt 21.31,32) e pagãos (Mt 18.15-17). André e Simão Pedro, Pedro e João (filhos de Zebedeu) eram pescadores. Apesar de relativo sucesso profissional (arrisco a dizer que os quatro eram sócios - Lucas 5.7-10) eles tiravam do mar o sustento com muita dificuldade. Não tinham o luxo de comandarem dezenas de funcionários a partir do seu “escritório”, pois deviam estar em alto-mar pescando.

É certo também que os discípulos, à medida que eram chamados por Jesus, abandonavam seus ofícios e priorizavam em suas vidas o discipulado aos pés do Mestre. Porém, não observo em nenhum momento Jesus dizer a eles que agora que teriam deixado suas profissões e obedeceram a seu chamado, seriam ricos e não mais enfrentariam enfermidades. Nunca li um versículo onde Jesus tenha dito à eles que bastava terem conhecimento de que Deus não aprova a pobreza ou as doenças na vida dos que O servem e que confessando positivamente a prosperidade física ou financeira, de fato era isso que aconteceria.

Não é porque Deus é dono do “ouro e da prata”, como dizem alguns, que os que O servem também deve ser. Nós não somos donos de nada – nem da nossa própria vida. Deus tem abençoado muitos crentes com uma boa profissão, outros com heranças, com promoções no emprego, com oportunidades e condições financeiras de cursarem nível superior. Mas existem leis naturais e universais envolvidas nesse processo. Essa história de que Deus quer dar aos seus filhos os melhores carros, os melhores postos políticos ou empregatícios, as melhores roupas, as melhores casas, não passa de “conversa pra boi dormir”, “palavras jogadas ao vento”. Kenneth Hagin chega às raias do absurdo e da contradição quando diz que Jesus andou no Cadillac dos seus dias – um jumento. Sobre isso, preste atenção no que diz o Dr Alan Pieratt:

A ingenuidade da doutrina da prosperidade pode ser vista com total clareza na tentativa ridícula de Hagin no sentido de justificar a busca das riquezas, quando diz que Jesus andou no Cadillac de seus dias — um jumento. É difícil acreditar que ele não saiba que um jumento, ainda mais emprestado, estava muito abaixo da dignidade e do luxo conferidos por um cavalo ou uma carruagem. É a mesma coisa que chamar cimento de ouro.

TEXTOS BÍBLICOS USADOS PELOS PREGADORES DA PROSPERIDADE






Os pregadores da Prosperidade “usam e abusam” da má interpretação bíblica para enganar os crentes. Citam, por exemplo, os textos abaixo:

Também eu vos digo: Pedi e vos será dado; buscai e achareis; batei e vos será aberto. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, acha; e ao que bate, se abrirá. (Lc 11.9,10).

Até agora, nada pedistes em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa. (Jo 16.24)

E tudo o que pedirdes com fé, em oração, vós o recebereis. (Mt 21.22)

se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta montanha: transporta-te daqui para lá, e ela se transportará, e nada vos será impossível. (Mt 17.20)

Em verdade, em verdade, vos digo: o que pedirdes ao Pai, ele vos dará em meu nome. (Jo 16.23)

E o que pedirdes em meu nome, eu o farei a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes algo em meu nome, eu o farei. (Jo 14.13, 14).

Todos estes versículos possuem uma interpretação sadia e correta e devem estar em concordância com o que Deus pensa sobre o tema.

Sobre Lucas 11.9, 10 o enfoque está em que não devemos desistir de orar por algo – temos de persistir. Isso nada tem a ver com pensamento positivo ou poder da mente. Também não está especificado no texto que são as riquezas ou a saúde física que serão prontamente atendidas ou terão uma resposta absolutamente positiva da parte de Deus. Leon Morris (Vida Nova, p. 185) interpreta que “Jesus não diz, e não quer dizer que, se orarmos, sempre obteremos o que pedimos. Afinal das contas ‘Não’ é uma resposta tão específica quanto ‘Sim’. Está dizendo que a verdadeira oração não deixa de ser ouvida ou de ser atendida. É sempre respondida na maneira que Deus considera melhor”.


João 14.13, 14 tem sido interpretado como se Deus pagasse um “cheque em branco”. O texto diz que Jesus faria “tudo” o que fosse pedido. É bênção ilimitada – dirão os defensores do Evangelho da Prosperidade. Porém, o texto estabelece dois limites concretos: em meu nome [no nome de Jesus] e para que o Pai seja glorificado. A primeira expressão significa pedir como Cristo pedia quando estava na terra e como pediria se estivesse em nosso lugar. Jesus sempre pedia coisas que glorificavam ao Pai e nunca para satisfazer seus desejos arbitrários e ilícitos. Ele sempre dizia “seja feita a Tua vontade”. Orar pedindo em nome de Jesus não significa tomar seu nome como se fosse uma fórmula mágica, um “abracadabra evangélico”, tendo a garantia Dele que Deus dará exatamente o que estamos pedindo. Portanto, qualquer coisa tais como mundanas, triviais, egoístas, para acalentar nossos interesses pessoais, está fora de cogitação em João 14.13, 14.


O texto de João 16.23 refere-se em primeiro lugar ao fato de que após a vinda do Espírito e depois do Pentecostes eles teriam acesso direto ao Pai, com base em Sua união com o Cristo glorificado. Isso pode ser entendido da expressão “naquele dia”. Jesus está dizendo que suas orações teria eficácia. Porém, segue o mesmo sentido de João 14.13, 14, que deveriam orar pelas mesmas coisas que Jesus orava; orar com a mesma atitude que Jesus orava, isto é, com reverência, dependência e submissão a vontade de Deus-Pai e orar tendo como base a obra realizada por Cristo na cruz. Nada de pedir riquezas, carros, mansões, absoluta saúde.


Em Mateus 17.30 Jesus reclama da pouca fé dos discípulos. A expressão “direis a este monte” trata-se de um exagero literário para indicar que, por mais que alguém tenha o mínimo de fé ainda assim pode mover coisas grandes ou resolver grandes dificuldades. No entanto, a expressão “nada vos será impossível” deve ser entendida e interpretada dentro do contexto das promessas de Jesus e de suas condições correspondentes. O nada ser impossível deve estar de acordo com a vontade de Deus, a oração sendo feita em nome de Jesus, para a glória de Deus e partir de um coração puro. O texto de Mateus 21.22 também tem o mesmo sentido.


A RIQUEZA NO NOVO TESTAMENTO


No Novo Testamento as riquezas não constitui um alvo a ser buscado e alcançado. Muito pelo contrário ela foi alvo de críticas e apresentada como um perigo. Jesus disse, em Mateus 6.24, que não devemos tê-la como senhor das nossas vidas: “Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom”. A Bíblia de Estudo Pentecostal anota o seguinte sobre o significado da expressão “Mamom” e explica o seguinte sobre as riquezas:

No original é mamom, um termo aramaico significando dinheiro ou outros bens terrenos valiosos. Jesus deixou bem claro que uma pessoa não pode ao mesmo tempo servir a Deus e às riquezas. (1) Servir à riqueza é dar-lhe um valor tão alto que: (a) colocamos nela nossa confiança e fé; (b) esperamos da parte dela nossa segurança máxima e felicidade; (c) confiamos que ela garantirá o nosso futuro; e (d) a buscamos mais do que o reino de Deus e sua justiça. (2) Acumular riquezas é um trabalho tão envolvente, que logo passa a controlar a mente e a vida da pessoa, até que a glória de Deus deixa de ter a primazia em nosso ser (Lc 16.13).

Jesus também disse na parábola do semeador que há um tipo de terreno onde a palavra de Deus e o evangelho lançado não prevalecem perfeitamente: é aquele em que a semente que caiu entre os espinhos. “e a que caiu entre espinhos, esses são os que ouviram, e, indo por diante, são sufocados com os cuidados, e riquezas, e deleites da vida, e não dão fruto com perfeição”. Os cuidados pessoais, os deleites, as riquezas, asfixiaram a semente e ela não pode produzir fruto com perfeição. Tornaram-se obstáculos. Isso os pregadores da prosperidade não dizem, não ensinam e nem pregam.

O apóstolo Paulo condenou com veemência (I Tm 6.9,10) os que anseiam por dinheiro: “Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores”. Disse também (Fp 4.11-13) que era maduro o suficiente para enfrentar as dificuldades da vida quanto a sua situação social, ao pregar o evangelho: “Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido me sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade. Posso todas nas coisas naquele que me fortalece”. Paulo está dizendo que apesar das circunstâncias ele está satisfeito. O contentamento dele está em Cristo e não no que as coisas materiais poderiam trazer-lhe. O apóstolo diz que aprendeu a viver contente em toda e qualquer situação (v. 11), isto é, possuía suficiência espiritual para enfrentar as dificuldades. Então, no versículo 13 diz que a Pessoa, a fonte, que lhe ensinou como agir desta forma foi o Senhor Jesus, por isso que podia fazer todas as coisas, ou seja, tudo quando era necessário ao estar em Cristo.

NÃO FAÇO APOLOGIA DA POBREZA






Dito essas coisas a respeito das riquezas, quero deixar claro que a pobreza não é sinal da aprovação de Deus, não é sinal de espiritualidade, não deve ser incentivada, não deve se constituir em algo para ser vivida em toda a extensão da vida humana, não devemos nos conformar com ela. A pobreza, de fato não é conveniente nem boa. Muitos crentes vivem uma situação financeira extremamente difícil por serem pobres. Não creio que isso agrada a Deus. O Dr Alan Pieratt diz o seguinte:

Na cosmovisão da Bíblia nem a pobreza nem a prosperidade são virtudes, mas, entre as duas, um acesso relativo à prosperidade constitui o ideal bíblico. É isso que João desejou para seus leitores de 3 João 2. A prosperidade contra a qual a Bíblia prega é aquele acúmulo de bens que vem com a riqueza e que engana a mente e a alma, fazendo com que se sintam auto-suficientes, pensando que não devem nada a Deus ou aos homens. A prosperidade é um bem, se for concebida no sentido de uma vida ordeira e decente, sem uma preocupação excessiva com pagamento de contas, consumo e educação, onde sobra o necessário para ajudar o próximo.

Conheço muitos irmãos ricos que não colocam seus corações nos bens que possuem, são abnegados servos de Deus, e utilizam suas riquezas para auxiliarem os necessitados. Por outro lado, também, conheço crentes pobres que não temem a Deus, não são piedosos e são orgulhosos. Perante Deus não há pobre nem rico, preto ou branco, homem e mulher, mas todos são um só. A questão que interessa está em temermos ao Senhor, O colocarmos em primeiro lugar em tudo na nossa vida, observarmos a Sua Palavra e obedecermos a seus preceitos, e não em sermos pobres ou ricos.

Que o Senhor nos guarde e nos preserve em santidade!

FONTE:Blog de Teologia e Apologética por Gilson Barbosa....

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A PERIGOSA INFLUÊNCIA DA TELEVISÃO NO SÉC XX I




Não porei coisa má diante dos meus olhos. Odeio a obra daqueles que se desviam; não se me pegará a mim. (Salmos 101.3)


A televisão trouxe inúmeros benefícios à sociedade. A comunicação tornou-se precisa, ágil e global. Ela encurtou as distâncias, democratizou a informação e abriu os canais do conhecimento para todos, em todos os lugares do mundo. Não obstante os grandes benefícios trazidos por ela, ela, também, pode tornar-se um grande perigo para a sociedade.

Temos percebido sua poderosa influência, quando mal usada, torna-se extremamente perigosa. A TV brasileira está em decadência. Os valores morais estão sendo pisoteados. As banalidades infiltram-se em milhões de lares todos os dias. A vergonha, a imoralidade, a violência, a falta de respeito são ingredientes para alavancar a audiência.


O renomado teólogo e escritor John Stott, no seu livro Eu creio na pregação, alerta sobre alguns perigos da televisão:


A preguiça mental – A televisão tende a tornar as pessoas mentalmente preguiçosas. Ela atrai, seduz e vicia e manipula as pessoas. É surpreendente a quantidade de tempo que as pessoas passam diante da televisão. Em média as pessoas gastam de três a cinco horas por dia diante da televisão. A televisão torna-se um vício, e esse vicio leva as pessoas a se tornarem passivas. Elas deixam de pensar e tornam-se preguiçosas mentalmente. A televisão tende a destruir nas pessoas a capacidade da crítica intelectual, produzindo nelas uma verdadeira flacidez mental.



A exaustão emocional – A televisão tende a tornar as pessoas emocionalmente insensíveis. As tragédias do mundo inteiro são despejadas dentro da nossa casa, e não tempos tempo para analisarmos todas essas coisas. No afã de mostrar a realidade, a televisão torna-se formadora de opinião, induzindo as pessoas às mesmas práticas que ela divulga. A violência e a imoralidade andam juntas na televisão. Dessa forma, ela não apenas retrata o que existe na sociedade, mas torna-se uma mestra dessas nulidades.



A confusão psicológica – A televisão tende a tornar as pessoas psicologicamente confusas. Ideias, conceitos , valores e filosofias tende são despejados diante das pessoas, e muitas vezes elas não têm o discernimento necessário para filtrar o que é certo e errado. A perda do sendo crítico e a incapacidade de avaliar o que está por trás da propagandas, das telenovelas, dos filmes e até mesmo de alguns documentários e noticiários produzem uma confusão psicológica de graves conseqüências.



A desorientação moral – A televisão tende a deixar as pessoas em desordem moral. A vastas maioria dos programas, especialmente aqueles que dão mais ibope, estão lotados de valores éticos e morais distorcidos e até mesmo nocivos para a família. A violência veiculada na televisão é uma verdadeira escola do crime. A telenovelas fazem apologia da infidelidade conjugal. Os valores morais absolutos são tripudiados, e a flacidez moral é enaltecida. Aqueles que se viciam na televisão alienam-se dentro de casa, matam a comunicação familiar e intoxicam com conceitos liberais e permissivos que conspiram contra a família e provocam verdadeira confusão moral.



O esfriamento espiritual – A televisão tende a deixar as pessoas apáticas espiritualmente. Muitas pessoas trocam o culto devocional pela televisão. As mulheres amam as novelas. A tela cheia de cor e brilho ocupa o lugar da oração e da Palavra de Deus. A comunhão com Deus e com a família é substituída pelo vicio da televisão.



O Eterno nos ajude a discernimos os tempos de frouxidão e liberalismo moral que estamos vivendo.


Marcelo de Oliveira

Bibliografia: STOTT, John. Eu creio na pregação. Editora Vida



FONTE BLOG: PR MARCELO OLIVEIRA

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

VALDEMIRO " ARIANO " SANTIAGO ( HEREGE)




Esta é uma postagem do blog do ministério Batista Beréia,que aqui reproduzo...(Rev.Renato Suhett,Anglicano-Diocese de Recife,comunhão anglicana)



Quando falo do advento do retorno de Cristo a terra, muitas pessoas acham que estou ficando neurótica.

Graças a Deus não, mas escrevendo algo que é fato na Palavra de Deus e que breve se cumprirá no mundo.


Um dos sinais da volta de Cristo será o aparecimento de falsos profetas e, isto não é de hoje desde a primeira profecia escrita sobre o assunto na Palavra de Deus, que muitos falsos profetas têm surgido ao longo dos séculos.

Semana passada o “apóstolo Valdemiro Santiago declarou que Jesus é um ser criado, ou seja, Jesus não é sempiterno (que não teve principio e jamais terá fim). Segundo Waldemiro, Jesus foi à primeira criação de Deus.


Veja o que ele disse: “ Muita gente pela tradição da religião, não entende a historia de Jesus. Alguns falam de natal, mas ninguém sabe o dia exato em que Jesus Cristo nasceu. Segundo que Jesus já existia muito antes de tudo. Ele é a imagem do Deus invisível, a encarnação do verbo. Mas ele não é sempiterno, é eterno. O pai que é Deus é sempiterno, aquele que antes dele nunca existiu como ele, nem existirá depois dele, sempre existiu e sempre existirá. A primeira obra dele foi Jesus Cristo”.


Eu gostaria muito de saber em que Seminário Valdemiro estudou, que obras teológicas ou literárias ele lê, para afirmar uma heresia explícita dessas. Na verdade, creio que ele nem estudou, que é fruto das escolas heréticas de seus ex-pastores.


Para que entendamos que o que Waldemiro disse é heresia, vamos nos reportar ao ano 325 D.C no Concílio de Nicéia. Ário bispo de Alexandria, no Egito proclamou: Jesus era divino, mas não era Deus. Só o Pai pode ser imortal, pois o filho é um ser criado. Em oposição a Ário se colocaram Alexandre e Atanásio que afirmava que o Logos era eterno e era o próprio Deus que apareceu em Jesus. Veja abaixo, que defesa maravilhosa:


“Deus é Pai apenas porque é o Pai do Filho. Assim o Filho não teria tido começo e o Pai estaria com o Filho eternamente. Portanto, o Filho seria o filho eterno do Pai, e o Pai, o Pai eterno do Filho.”


Após o término do Concílio a heresia de Àrio foi rejeitada:


“Um só Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus; gerado do pai, unigênito da essência do Pai, Deus de Deus, Luz de Luz, verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, gerado não feito, consubstancial com o Pai, por quem todas as coisas foram feitas no céu e na terra; o qual, por nós homens e pela nossa salvação desceu do céu e encarnou e foi feito homem todos os que dizem que houve um tempo que ele não existiu, ou que não existiu antes de ser feito, e que foi feito do nada ou de alguma outra substância ou coisa, ou que o Filho de Deus é criado ou mutável, ou alterável, são condenados pela Igreja”.

Pergunto aos seguidores de Valdemiro: Vocês creem que Jesus é Deus? Continuarão crendo, mesmo sabendo que seu líder não crê? Como pode o “apóstolo” dizer que cura no nome de alguém que não é Deus, se só Deus pode curar?

Espero que o “apóstolo” repense o que disse e se arrependa, pois heresia é que nem câncer, se espalha rapidamente.


nEle que disse: Antes que Abraão existisse, EU SOU!
(Jo 8.58)


Fonte: Micheline Gomes

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A CONFISSÃO POSITIVA Á LUZ DA BÍBLIA ( 1 )




A genuína fé cristã deve estar fundamentada na Bíblia Sagrada. Caso contrário, o corpo de Cristo sofrerá sérios transtornos. Quanto a este assunto, não podemos deixar de mencionar o brilhante exemplo dos bereanos, registrado em Atos 17:11-13. Quando o apóstolo Paulo chegou à cidade de Beréia, dirigiu-se à sinagoga dos judeus. A Escritura diz que "estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica, pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as cousas eram de fato assim". E com essa atitude que queremos agora avaliar este movimento à luz da Bíblia, pois nenhuma experiência, seja sonho, visão ou qualquer outra coisa, pode estar acima da autoridade das Escrituras. Tal foi o brado da Reforma protestante através de Martinho Lutero: sola Scriptura (somente a Escritura).

Uma das afirmações mais contundentes desta corrente é que o cristão deve ser próspero financeiramente e sempre ser livre de qualquer enfermidade. Quando isto não acontece, é porque ele deve estar vivendo em pecado ou porque não tem fé. Vejamos se al posição tem apoio na Bíblia.
Que a fé é importante ninguém discute. A Bíblia diz em Hebreus 11:1, 6: "Ora, a fé é a certeza de cousas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem. De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam". No movimento da fé, entretanto, a obsessão em relação à fé é tamanha que até a simples comunicação de um problema deve ser reprimida. Em muitos destes círculos, mesmo em reuniões de oração, evita-se pedir oração por alguém que esteja enfermo, pois não se pode confessar ou admitir qualquer coisa negativa.
Para reforçar seus argumentos, citam Provérbios 18:21, que diz: "A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto". Crêem que, se algo negativo for declarado, isto se concretizará, resultando numa espécie de automaldição, uma expressão também cunhada pelos seus pregadores.

A Bíblia fala de pessoas que, num momento de dificuldade, acabaram externando suas angústias e tristezas, sem com isto tornar em realidade o mal que confessaram. Veja o exemplo de Jacó em Gênesis 42:36, quando seus filhos voltam do Egito, onde tinham ido comprar comida. José, que não foi reconhecido por seus irmãos, exige que na próxima viagem tragam Benjamim, provocando desta forma a seguinte reação de Jacó: "Então lhes disse Jacó, seu pai: Tendes-me privado de filhos: José já não existe, Simeão não está aqui, e ides levar a Benjamim! Todas estas cousas me sobrevêm".
Era natural que Jacó se sentisse assim. Depois de tantos anos sem ver seu filho José, induzido por seus filhos a pensar que ele tinha sido devorado por uma fera, e após ter perdido a esposa Raquel quando nasceu Benjamim, sua vida passa a ser marcada pelo sofrimento. O fato de ele confessar no versículo 36 que "José já não existe" não provocou a morte de José no Egito, não constituindo, portanto, em maldição.

Vejamos também algo semelhante na vida de Davi. Perseguido tenazmente por Saul, que procurava por todos os meios assassiná-lo, Davi foi procurar refúgio junto a Aquis, rei de Gate (1 Samuel 27:2). Em meio ao seu desespero, tornou-se extremamente negativo: "Disse, porém, Davi consigo mesmo: Pode ser que algum dia venha eu a perecer nas mãos de Saul" (1 Samuel 27:1). Apesar de sua atitude negativa, Davi não pereceu e nem poderia perecer pela mão de Saul. Deus o havia escolhido, através de Samuel, para ser rei de Israel. Se ele morresse, a palavra de Deus não se cumpriria.
Os três jovens na fornalha ardente de Nabucodonosor também servem como exemplo de que nem sempre uma declaração negativa se transforma numa automaldição. Quando indagados pelo rei sobre quem era o Deus que poderia livrá-los de suas mãos, responderam: "O Nabucodonosor, quanto a isto não necessitamos de te responder. Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente, e das tuas mãos, ó rei. Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste'' (Daniel 3:16-18).
Houve duas declarações nesta passagem. A primeira, positiva, quando os três jovens afirmaram que Deus poderia livrá-los, e a segunda, negativa, quando admitiram que, ainda que Deus não os livrasse, não se curvariam diante da estátua do rei. Apesar de terem feito uma confissão negativa, eles não foram consumidos pelo fogo da fornalha, mas salvos por uma intervenção sobrenatural de Deus. E novamente a automaldição não se cumpriu.
Não podemos deixar de mencionar o encontro que Jesus teve com o pai de um jovem que possuía um espírito mudo. Depois de lhe ouvir a súplica para que curasse seu filho, Jesus disse-lhe: "Se podes! tudo é possível ao que crê". Ao que respondeu com lágrimas o pai do menino: "Eu creio, ajuda-me na minha falta de fé" (Marcos 9:17-27).

Novamente temos, nesta narrativa de Marcos, duas confissões: uma positiva e outra negativa. Primeiro, o pai do rapaz diz que crê, mas logo depois admite sua dificuldade em crer e roga a ajuda do Senhor. O Senhor Jesus de maneira alguma o rejeitou e nem deixou de atendê-lo por causa de sua confissão negativa, antes, operou um grande milagre, libertando totalmente o rapaz para a alegria daquele pai.
O apóstolo Paulo nem sempre pensava positivamente. Chegou a afirmar, certa vez, que era o principal dos pecadores (1 Timóteo 1:15). Há vários outros exemplos na Bíblia que demonstram que a operação de Deus não depende dos méritos de seus filhos. Se Deus fosse depender de nossas fórmulas corretas e palavras precisas para operar, ele não operaria mais. Deus é soberano e sobre sua soberania, dentro da confissão positiva, trataremos adiante.

LOGOS&RHEMA

Há dois termos na língua grega para o vocábulo ''palavra": logos e rhema. Os pregadores da confissão positiva estão sempre fazendo um grande alarde sobre uma suposta distinção entre estas duas palavras. Entretanto, há pouca diferença entre estes dois termos no grego original. Seria como "enorme" e "imenso" no português. Michael Horton esclarece:
Os ensinadores da fé inventavam uma falsa distinção de significado entre essas duas palavras gregas. Rhema, dizem eles, é a ''palavra'' que os crentes usam para “decretar” ou "declarar" a fim de trazer prosperidade ou cura para esta dimensão. É o "abracadabra". Depois vem logos, ou "a palavra de revelação" que é a palavra mística, direta, que Deus fala aos iniciados. O termo pode-se referir também à Bíblia, mas é geralmente empregado no contexto de sonhos, visões e comunicações particulares entre Deus e seu "agente". Assim, quando alguém lê uma referência na literatura do pregador da fé à "Palavra de Deus", ou "agir sobre a Palavra" e outras, o autor não está mais se referindo à Palavra de Deus escrita, a Bíblia, mas, sim, ao seu próprio "decreto" (rhema) ou uma palavra pessoal de Deus para ele (logos).21
Conversando no início de 1991 com o Dr. Russell Shedd (uma das maiores autoridades em Novo Testamento, do Brasil) sobre este assunto, ele comentou que o apóstolo Pedro não fez distinção entre estes dois termos quando escreveu 1 Pedro 1:23-25:
v. 23: pois fostes regenerados, não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra (logos) de Deus, a qual vive e é permanente. v. 24: Pois toda a carne é como a erva, e toda a sua glória como a flor da erva; seca-se a erva, e cai a sua flor; v. 25: a palavra (rhema) do Senhor, porém, permanece eternamente. Ora, esta é a palavra (rhema) que vos foi evangelizada.
Esta passagem é uma citação de Isaías 40:6-8. Na Septuaginta, a versão grega do Antigo Testamento, o termo grego para "palavra", no versículo 8, é (rhema), ficando assim confirmada a despreocupação de Pedro em usar tanto um termo quanto o outro como sinônimos.

FONTE: EXRAÍDO DO LIVRO SUPERCRENTES

Diác. Janailson Sales

sábado, 14 de janeiro de 2012

LIÇÃO 3 ª OS FRUTOS DE OBEDIÊNCIA NA VIDA DE ISRAEL




INTRODUÇÃO

Era comum, no Antigo Oriente, que se acrescentasse às condições de uma aliança, pacto ou acordo, uma série de bênçãos ou maldições que deveriam cair, respectivamente, sobre os que cumpriam ou deixavam de cumprir o estipulado. Deus colocou diante do seu povo a escolha: a bênção ou a maldição (Dt 11.26-28; 30.15,19). Se obedecessem à Palavra de Deus e permanecessem separados do pecado e da iniquidade das nações em redor, a bênção do Senhor viria e ficaria com eles (Dt 28. 1-14). Moisés profetizou as consequências para quem se desviasse do Senhor (Dt 28.15-68). Outros profetas também advertiram a Israel (2Rs 25.1-21; Jr 39. 1-10; 52. 28-30). Se Israel fosse fiel, em suas relações com Deus, prosperaria em todos os sentidos (Êx 15.26; Dt 26.16-19) caso contrário, sofreria.


I - A OBEDIÊNCIA A DEUS É A CONDIÇÃO PARA VERDADEIRA PROSPERIDADE

A palavra “bênção” (Gr. Eulogia) significa: Uma dádiva divina que faz prosperar o trabalho (Dt 28.12), a presença divina conosco (Gn 26.3), a dotação de força, poder e ajuda divina (Ef 3.16; Cl 1.11), e por fim, é Deus operando em nós e através de nós para realizar o bem (Fp 2.13). No Antigo Testamento, em geral, a bênção refere-se a bem-estar terreno, segurança, poder, riqueza, descendência, etc., e essa bênção está expressamente condicionada à obediência aos mandamentos de Deus (Dt 11.26-28). Vejamos:
• Moisés instruiu o povo para obediência ao Senhor (Dt 5.32-33; 17.18-20);
• Josué e os israelitas comprometeram-se a obedecer à Palavra para serem prósperos (Js 1.7-8);
• José foi um grande exemplo de prosperidade no Egito através da obediência ao Senhor (Gn 39.2, 23);
• O rei Davi aconselha Salomão à obediência para que ele fosse próspero em tudo (1Rs 2.1-3);
• Uzias também é um exemplo de prosperidade pela obediência a Deus ( 2Cr 26.1-5);
• Daniel prosperou na Babilônia por sua obediência e fidelidade a Palavra de Deus (Dn 6.28);
• O livro dos Salmos inicia falando como alcançar a verdadeira prosperidade (Sl 1.1-3);
• Todos os que amam ao Senhor prosperarão (Sl 122.6).
II - A DESOBEDIÊNCIA É A CAUSA DA MALDIÇÃO

Quando analisamos a história de Israel, fica evidente que o povo de Deus recebeu o direito de escolher se desejava ou não ser abençoado por Ele. A bênção viria como um fruto da obediência ao Senhor, e a ausência desta era vista como um fruto da desobediência aos preceitos divinos. Quando a nação obedecia a Deus, prosperava, mas quando seguia outros deuses, experimentava adversidades. Vejamos alguns exemplos de pessoas que foram rebeldes a Palavra do Senhor e sofreram perdendo a verdadeira bênção do Senhor:

• A desobediência quebra pactos com Deus (Dt 27.15-26);
• A desobediência traz prejuízos ( 1Sm 3.13);
• A desobediência traz quebras de alianças (1Sm 13.9);
• A desobediência traz graves consequências (Dt 28.18-25);
• A desobediência traz derrota (2Rs 24.14-15);
• A desobediência leva ao cativeiro ( Is 5.13; Jr 13.19; 46.19; Ez 12.3-11; Am 5.27; 6.7; 7.11-17).

“Fica, pois, estabelecido que a maldição, que vem como resultado da desobediência, ocorre quando há uma quebra da aliança. (Gn 3.14,17) […] Observa-se que assim como a bênção está associada à obediência a Deus, da mesma forma a maldição vem associada à desobediência. É possível percebermos ao longo do AT que há casos atestando a desobediência na vida do povo e dos líderes de Israel” (GONÇALVES, 2011, 47).

III - A VERDADEIRA PROSPERIDADE NÃO É APENAS RIQUEZAS E SAÚDE FÍSICA

Nem a riqueza e nem a pobreza podem servir como aferidores da prosperidade de alguém. Havia ricos que não eram prósperos, como por exemplo, Nabal (1Sm 25.2,3,6,25), além do fato de haver até mesmo ímpios que prosperavam (Sl 73. 1-28). A vida cristã não pode ser confundida com prosperidade financeira, nem com sucesso profissional e nem com saúde. Mesmo sabendo que tudo isto poder ser concedido ao crente conforme a vontade de Deus, pois, se fosse este o caso, não poderíamos considerar os apóstolos como homens prósperos, visto que eram pobres, ficavam doentes, passaram muitas necessidades, sofreram perseguições, foram presos, desprezados pelo mundo e foram martirizados. Vejamos alguns exemplos:
• Jesus, sendo rico se fez pobre (2 Co 8.9);
• Pedro e João disseram claramente que não possuíam ouro nem prata (At 3.6);
• Paulo experimentou período de pobreza (Fl 4.11-13, 2 Co 6.10, Tg 2.5);
• Comunidades inteiras de cristãos do NT eram muito pobres (2 Co 8.2, Rm 15.26, Ap 2.9);
• Jesus disse: “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam” (Mt. 6.19);
• Paulo ensina: “Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes…” (1Tm.6.4-11);
• O escritor aos hebreus disse: “outros, por sua vez, passaram pela prova de escárnios e açoites, sim, até de algemas, e prisões, foram apedrejados, provados, serrados pelo meio, mortos a fio de espada, necessitados, afligidos, maltratados” (Hb 11.36-37);
• E aquelas passagens nas Escrituras onde alguém é mencionado de forma específica como estando doente, a exemplo de Timóteo (1 Tm 5.23), Epafrodito (Fp 2.27) e Trófimo (2 Tm 4.20).

IV - CAMINHOS PARA ALCANÇAR A VERDADEIRA PROSPERIDADE
Tão importante quanto compreender e crer nas bênçãos divinas é saber a quem elas se destinam. Ao lermos a Bíblia, vamos encontrar bênçãos para toda a humanidade; bem como, bênçãos específicas para a Igreja; para Israel; e até mesmo, para determinadas pessoas. Por isso, faz-se necessário analisar a quem essas promessas de bênçãos se destinam e como alcançá-las. Vejamos:
• Aquele que é obediente (2 Cor 2:9; Rm 6:12; 16; Gl 3:1; 2 Ts 3:14; Hb 3:18; 1 Ped 1:4);
• Aquele que é submisso (Mt 11:29: 2 Cor 9:13; Ef. 4:32; Col 3:12-16);
• Aquele que é humilde (Mt 11:29; 18:14; Lc 1:52; Rm 12:16; 2Cor 10:1; 1 Ped 5:5; Tg 4:10; );
• Aquele que valoriza as promessas (Rm 15:8; 2 Cor 1:20; 7:1; Hb 6:12; 11:13,33; 2 Ped 1:1);
• Aquele que não dá lugar a incredulidade (Rm 4:18-20; Hb 3:12,13, 19; Tg 1:6,7).

V - A VERDADEIRA PROSPERIDADE DO CRENTE
Jesus não prometeu bênçãos materiais como prêmio, para quem fosse fiel; muito pelo contrário (Mt. 10:38; 16:24-26; Mt. 6:19-20; Lc. 14:33). E as bênçãos que Jesus dá aos seus discípulos não são apenas deste mundo, e nem são apenas materiais e físicas, mais também são espirituais. Paulo o declarou: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo”
(Ef. 1:3).

• “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam…” (Mt 6.19,20);
• “De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento. Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele…” (ITm 6.4-11);
• “…Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece…” (Fl 4.11-13);
• “…E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui…” (Lc 12.15-21).


CONCLUSÃO
Assim, concluímos que: ter bens materiais, ser bem sucedido financeiramente, gozar de boa saúde, ter um bom emprego e coisas semelhantes a estas, necessariamente, não significa ser próspero e estar debaixo da bênção divina.
Há quem possua tudo isso e não seja próspero, e existe quem não o tenha e seja. A verdadeira bênção de Deus pode até vir acompanhada destes benefícios. No entanto, a ausência deles também não aponta para uma vida sem a bênção do Senhor. Como já foi dito: As bênçãos que Jesus dá aos seus discípulos não são apenas deste mundo, e nem são apenas materiais e físicas, mais são principalmente espirituais. “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo” (Ef. 1:3).


REFERÊNCIAS

BÍBLIA de Estudo Pentecostal. CPAD.
BÍBLIA de Estudo Aplicação Pessoal. CPAD.
CHAMPLIN, R.N. O Antigo Testamento Interpretado versículo por Versículo. HAGNOS.
_____________ O Novo Testamento Interpretado versículo por Versículo. HAGNOS.
ELLISSEN, Stanley. Conheça melhor o Antigo Testamento. VIDA.
GONÇALVES, José. A prosperidade à luz da Bíblia. CPAD.

FONTE:
Os Frutos da Obediência na Vida de Israel - Rede Brasil de Comunicação
Publicado em 13 de Janeiro de 2012 as 02:54:45 PM Comente
Igreja Evangélica Assembleia de Deus - Recife / PE
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 - Santo Amaro - CEP. 50040 - 000 Fone: 3084.1524

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

EU DECRETO !!!!!!!!!!




Eu decreto!



Eu, Marcelo Oliveira, decreto para o ano de 2012:


1) Eu decreto a falência da teologia da prosperidade

2) Eu decreto que a idolatria gospel acabará

3) Eu decreto que o misticismo e o paganismo sairá de nossos púlpitos

4) Eu decreto que o show gospel que invade nossas igrejas não prosperará

5) Eu decreto que a “politicalha suja” dos bastidores evangélicos que promove alguns e elimina outros terminará

6) Eu decreto que este ano não será o ano de Abraão, Isaque e Jacó.

7) Eu decreto que os “avivalistas” parem de manipular o povo com suas mensagens.

8) Eu decreto que as rosas ungidas, sal grosso, “água benta”, campanha dos empresários sairão de nossas liturgias

9) Eu decreto que este ano não será ano apostólico, nem de mantos de patriarcas, ou qualquer bizarrice igual à esta.

10) Eu decreto a falência da síndrome de Laodicéia, e voltemos ao primeiro amor.

São estes meus decretos para o ano de 2012. Tenha liberdade de deixar seus comentários!

FONTE: BLOG PR MARCELO DE OLIVEIRA

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

A PROSPERIDADE NO ANTIGO TESTAMENTO

ESBOÇO DA LIÇÃO 2 : A PROSPERIDADE NO ANTIGO TESTAMENTO
TEXTO-BÁSICO: Gn 39.3








Introdução

Nesta lição estudaremos a respeito da Prosperidade no Antigo Testamento. Devemos enfantizar que a prosperidade na Antiga Aliança está diretamente relacionado á obediência á Palavra de Deus e a dedicação ao trabalho. Veremos que no Antigo Testamento, a verdadeira prosperidade é primeiramente espiritual.


I. O QUE É PROSPERIDADE NO ANTIGO TESTAMENTO ?

O comentarista , Pr José Gonçalves destaca 25 palavras que no hebraico traduzem prosperidade, riquezas e bens.O termo hebraico mas comum é tsalach ( Gn 39.2; Js 1.8;Sl 1.3) e no grego é euodoo ( 1 Co 16.2).

O exegeta Esdras Bentho faz uma bela exposição exegética sobre 5 termos hebraicos que descrevem a Prosperidade no AT :

1. Tsālēach: a prosperidade como fruto de uma vida bem-sucedida.

No Antigo Testamento a palavra hebraica mais comum para descrever a prosperidade é tsālēach, isto é,"ter sucesso", "dar bom resultado", "experimentar abundância" e "fecundidade". Esse termo é usado em relação ao sucesso que o Eterno deu a José (Gn 39.2,3,33) e a Uzias (2 Cr 26.5). No contexto bíblico, a verdadeira prosperidade material ou espiritual é resultado da obediência, temor e reverência do homem a Deus. A Escritura afirma que Uzias "buscou o SENHOR, e Deus o fez prosperar". A prosperidade de Uzias nesse período foi extraordinária. Como rei desfrutou de um sucesso e progresso imensurável (2 Cr 26.7-15). Deus deu-lhe sabedoria para desenvolver poderosas máquinas de guerra para proteger Jerusalém (vv.14,15). A prosperidade de Uzias era subordinada à sua obediência a Deus. O profeta Zacarias o instruía no temor do Senhor, razão pela qual o monarca prosperou abundantemente. O homem verdadeiramente próspero é como a "árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará" (Sl 1.3). Porém, a soberba destronou o rei de seu palácio e prosperidade (confira shālâ).

2. Chāyâ: a prosperidade de uma vida longeva.

Um outro termo hebraico que descreve a vida próspera é chāyâ. Literalmente a palavra significa "viver" ou "permanecer vivo", entretanto, em certos contextos significa "viver prosperamente": "Até que eu venha e vos leve para uma terra como a vossa, terra de trigo e de mosto, terra de pão e de vinhas, terra de oliveiras, de azeite e de mel; e assim vivereis e não morrereis" (2 Rs 18.32). Em 1 Samuel 10.24, a frase "Viva o rei!", quer dizer "Viva prosperamente o rei!"; "Viva o rei em prosperidade". Nesses dois contextos, chāyâ se refere à "fartura de dias", "longevidade", "livrar-se da morte" e, consequentemente, "prosperidade". O termo também relaciona-se à saúde física e a cura de enfermidades. Em Js 5.8, o termo é traduzido por "sarar", "recuperar a saúde".

3. Śākal: a sabedoria que traz prosperidade.

Um outro termo muito significativo no Antigo Testamento é śākal. Textualmente significa "ser sábio", "agir sabiamente" e, por extensão, "ter sucesso". Esta palavra está relacionada à vida prudente, ao agir cautelosa e sabiamente em todos os momentos e circunstâncias. Um exemplo negativo que serve para ilustrar a importância do que estamos afirmando é o marido de Abigail. Nabal, do hebraico nābāl, ipsis litteris, "louco", "imprudende", "tolo", demonstrou imprudência, tolice e loucura ao negar socorrer a Davi em suas necessidades. Embora rico, não era sábio e prudente (1 Sm 25.10-17); sua estultice quase o leva à morte pelas mãos de Davi, mas não impediu que o mesmo fosse morto pelo Senhor (1 Sm 25.37,38). Nabal não agiu com śēkel, isto é, "sabedoria", "prudência"; não procedeu prudentemente, portanto, "não teve sucesso", "não foi próspero". Davi, por outro lado, viveu sabiamente diante de Saul, dos exércitos de Israel, do povo e diante do próprio Senhor: "E Davi se conduzia com prudência [śākal] em todos os seus caminhos, e o Senhor era com ele" (1 Sm 18.14 ler vv.12,15). Nesses versículos temos a relação mútua entre dois conceitos: O Senhor era com Davi, razão pela qual o filho de Jessé foi prudente em suas ações; Davi era sábio, justo e prudente, motivo pelo qual o Senhor era com ele. Em alguns textos śākal diz respeito à prosperidade que advém do comportamento sábio e prudente.

4. Shālâ: o estado de impertubabilidade da prosperidade.

O vocábulo procede de uma raiz da qual se deriva as palavras "tranquilidade" e "sossego". O termo significa "estar descansado", "estar próspero", "prosperidade". O termo também diz respeito à prosperidade do ímpio (Jr 12.1). Porém, o foco que pretendo destacar é o flagrante estado de "impertubabilidade" que pode levar ao orgulho. No Salmo 30. 6 o poeta afirma: "Eu dizia na minha prosperidade [shālâ]: Não vacilarei jamais". Derek Kidner (1981, p.148) afirma que a raiz hebraica que dá origem a palavra prosperidade nesse versículo refere-se às "circunstâncias fáceis, ao ponto de vista despreocupado, ao descuido e à complacência fatal" (Jr 22.21; Pv 1.32). Provérbios 1.32 revela com muita propriedade que "a prosperidade dos loucos os destruirá". O Salmo 30 descreve o louvor pelo recebimento da cura divina e pelo livramento da morte: "Senhor, fizeste subir a minha alma da sepultura; conservaste-e a vida para que não descesse ao abismo" (v.3). A salmodia foi composta logo após o restabelecimento da saúde física do salmista. Neste poema, o rapsodo fala a respeito de sua prosperidade e de como sentia-se seguro, tranquilo e impertubável até que a calamidade adentrou nos umbrais de sua frágil vida e seu orgulho e confiança na riqueza foram abatidos. A confiança na estabilidade da prosperidade cede lugar à confiança inabalável na bondade divina: "Ouve, Senhor, e tem piedade de mim; Senhor, sê o meu auxílio" (v.10). O patriarca Jó também alude ao "descanso" e "tranquilidade" advindas da prosperidade e como de súbito foi apanhado pelas adversidades: "Descansado [shālâ] estava eu, porém ele me quebrantou" (Jó 16.12a). Paulo, muito tempo depois orienta ao jovem pastor Timóteo para que exorte os ricos a não porem a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente dá todas as coisas (1 Tm 1.17). A prosperidade anunciada por meio do vocábulo shālâ pode produzir, como afirma o teólogo Victor Hamilton, "despreocupação" (Ez 23.41; Pv 1.32). Portanto, esse termo afirma o perigo que subjaz na prosperidade. Esta não deve substituir a confiança em Deus e nas santas promessas das Escrituras.

5. Dāshēm: a prosperidade abundante.

Este termo é mais frequente nos textos poéticos do que nos prosaicos. Logo, trata-se de um vocábulo poético e idiomático hebreu. Literamente significa "engordar", "ser gordo" e, consequentemente, "ser próspero". Em nossa obra, Hermenêutica Fácil e Descomplicada (CPAD) explicarmos detalhadamente o hebraísmo "gordura" nas páginas 212, 213, 214 e 215. O Salmo 63.5, por exemplo, diz: "A minha alma se farta, como de tutano e de gordura [dāshēm]; e a minha boca te louva com alegres lábios". O hebraísmo dāshēm, isto é, gordura, descreve duas verdades concernentes à prosperidade: suficiência e sentimento de bem-estar advindo da prosperidade. Em Gênesis 41 aprendemos que as vacas gordas representam prosperidade, suficiência, abundância e felicidade (vv.26,29), enquanto as magras, necessidade, escassez, fome e tristeza (vv.27,30). Imagens como essas eram frequentes no Crescente Fértil. Nos períodos áureos, o gado, sempre gordo, refletia a prosperidade da terra, trazendo alegria a seus proprietários, enquanto o rebanho magro refletia a miséria e infortúneo. Desde então, os judeus, nada afeitos a termos abstratos, preferiram designar a prosperidade utilizando-se de imagens como gordura, vacas gordas e tutanos (gordura do interior dos ossos). Veja, por exemplo, a bênção de Isaque sobre o seu filho: "Assim, pois Deus te dê do orvalho do céu, da gordura da terra, e da abundância de trigo e mosto" (Gn 27.28 Edição Contemporânea de Almeida). Na tradução, a ARA (Almeida Revista e Atualizada) omite o hebraísmo "gordura da terra", mas traduz por "exuberância da terra". Embora o termo hebraico em Gênesis seja outro, participa do mesmo campo semântico de dāshēm, gordura, assim como o vocábulo chādal, isto é, ser gordo ou próspero. Este termo, por sua vez, diz respeito a prosperidade abundande, que salta aos olhos e traz extrema felicidade e contentamento (Pv 11.25; 13.4).

Fonte: CPADNEWS

Diác. JANAILSON SALES ARAÚJO

domingo, 1 de janeiro de 2012

O SURGIMENTO DA TEOLOGIA DA PROSPERIDADE




ESBOÇOS DA LIÇÃO 1: O SURGIMENTO DA TEOLOGIA DA PROSPERIDADE
TEXTO-ÁUREO – Rm 9.20
INTRODUÇÃO
É com muita alegria que estudaremos neste 1ª Trimestre de 2012 : “ A Prosperidade á luz da Bíblia – A vida cristã abundante “. São treze lições que analisam a prosperidade dentro de uma perspectiva bíblica ortodoxa.Hoje veremos as raízes e os ensinos e conseqüências da Teologia da Prosperidade.

I. A TEOLOGIA DA PROSPERIDADE E SUAS RAÍZES.

1. Surgiu das Crenças Gnósticas.

A confissão positiva tem suas origens numa antiga heresia conhecida como gnosticismo. Esta palavra vem do vocábulo grego gnosis, que significa "conhecimento". Tal heresia data do primeiro e segundo séculos da era cristã e ensinava que havia uma verdade especial, mais elevada, acessível somente aos iluminados por Deus. Os gnósticos acreditavam que na natureza humana há o princípio do dualismo, isto é, que o espírito e o corpo - duas entidades separadas - são opostos. Para eles, o pecado habitava somente na carne, tornando-a totalmente má. O corpo podia fazer tudo o que lhe agradasse, vivendo nos prazeres da carne. O espírito era totalmente bom

Fonte: Livro Super Crentes – Paulo Romeiro

2. Surgiu das Crenças de Phineas Parkhurst Quimby ( 1802 -1866).

A história da teologia da prosperidade teve início com o norte-americano Phineas Parkhurst Quimby (1802-1866), que nasceu em New Lebanon, no estado de New Hampshire. Quimby era um relojoeiro e, a partir de 1847, dedicou-se à cura de doenças por intermédio da mente. Este curandeiro e hipnotizador negava a existência da matéria, do sofrimento, do pecado, da enfermidade etc. Fundador do Novo Pensamento, tornou-se conhecido como o guru da Ciência da Mente. Suas ideias influenciaram a Mary Baker Eddy que, em 1879, fundou a Igreja da Ciência Cristã. Os promotores dos ideais de Quimby procuram se passar por cristãos evangélicos, mas a Bíblia nos adverte com relação a eles e seus assemelhados: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores”(Mt 7: 15).
Quimby dedicou-se ao estudo da “cura espiritual”, estudo este iniciado com a prática da hipnose, que havia há pouco sido introduzida nos Estados Unidos. Depois de identificar, pela hipnose, de que uma mente poderia influenciar outra, Quimby começa a elaborar o que afirmava ser a “cura das doenças pela mente”. Para Quimby, a “doença era um estado desarranjado da mente” e, portanto, com a realização do “arranjo mental”, ter-se-ia a cura. Para Quimby, saúde é “… sabedoria perfeita e o quanto um homem é sábio, assim é a sua saúde. Como nenhum homem é perfeitamente sábio, nenhum homem pode ter perfeita saúde, pois a ignorância é a doença, embora não necessariamente acompanhada por dor…” (QUIMBY, P. Doença). Percebemos, aqui, portanto, que a ideia de Quimby era de que a saúde era vinculada ao estado espiritual da pessoa.
Depois da morte de Quimby, Eddy diz ter descoberto os fatos importantes relacionados com o espírito e com a superioridade deste sobre a matéria, denominando de “ciência cristã” esta sua descoberta, que deu origem à doutrina. Em 1879, fundou a Igreja do Cristo Cientista, da qual foi eleita presidenta, sendo, em 1881, eleita pastora. Eddy apresentou diversas doutrinas contrárias às Escrituras, de modo que sua “ciência cristã” não pode ser reconhecida nem como ciência, vez que é refutada pelos cientistas, que a consideram uma prática ocultista, nem como “cristã”, na medida em que não põe Cristo no Seu legítimo lugar de único e suficiente Senhor e Salvador do mundo.

FONTE: Internet – EBD NWS.

3. Surgiu da Crença da Confissão Positiva.

. Principal idealizador da teologia da prosperidade:Essek W. Kenyon
. Essek William Kenyon, que se destacou nas décadas de 30 e 40, foi influenciado pela Ciência da Mente, Ciência Cristã e pela Metafísica do Novo Pensamento. Aproveitando-se dos conceitos de Mary B. Eddy, empenhou-se em pregar a salvação e a cura em Jesus Cristo. Dava ênfase aos textos bíblicos que falam de saúde e prosperidade, além de aplicar a técnica do poder do pensamento positivo.
Kenyon, que pastoreou várias igrejas e fundou outras, não era pentecostal. Ele é reconhecido hoje como o pai da Confissão Positiva que, por sua vez, identifica-se com a Teologia da Prosperidade e com a Palavra da Fé ou Movimento da Fé. Kenyon exerceu nítida influência, durante a sua vida, sobre grandes nomes que se tornariam os pregadores mais conhecidos do chamado “movimento da fé”, entre os quais se destacam Kenneth Hagin, Tommy L. Osborn e F.F. Bosworth.

Principal divulgador da Teologia da Prosperidade: Kenneth Hagin.

Se Essek William Kenyon foi o principal idealizador da “teologia da prosperidade”, coube a Kenneth Hagin a sua divulgação maciça por todo o mundo. Em abril de 1933, teria tido uma dramática experiência, que o levou à conversão, quando, por três vezes, teria morrido, vendo os horrores do inferno e retornando à vida. Em 1934, teria também se levantado do “leito da morte” pela “revelação da fé na Palavra de Deus”. Estudando os escritos de Kenyon, divulgou-os em livros, cassetes e seminários, dando sempre ênfase à confissão positiva. Em 1974, fundou o Centro Rhema de Adestramento Bíblico, em Oklahoma.
Com Hagin temos a configuração do falso ensino da “palavra da fé”, conceito tão importante que é o próprio título da principal revista do ministério criado por Hagin, num desenvolvimento das teses apresentadas por Kenyon. Reside aqui a ideia da “confissão positiva”, ou seja, como dizia Kenyon, “o que eu confesso, eu possuo“.
Essa doutrina se origina em uma “aparição”, em uma “visão” e, o que é mais importante, quando o próprio Hagin afirma que se encontrava aborrecido porque via os ímpios prosperarem, enquanto os membros de sua igreja passavam por dificuldades. Ele diz: “…”Eu costumava me preocupar quando eu via pessoas não salvas obtendo resultados, mas os membros da minha igreja não obtinham resultados. Então clareou em mim o que os pecadores estavam fazendo. Eles estavam cooperados com a lei de Deus - a lei da fé…” (HAGIN, K. Tendo fé em sua fé, p.4,5 apud HOWARD, J).
- Refutação: Não devemos nos perturbar com a prosperidade dos ímpios. Devemos confiar em Deus e saber que tudo coopera para o bem daqueles que amam a Deus e são chamados pelo Seu decreto (Rm 8:28). Se atentarmos para a prosperidade dos ímpios, que é uma prosperidade puramente material e que finda aqui, corremos o risco de nos desviarmos dos caminhos do Senhor, como nos ensina o salmista Asafe (Sl 73). Vemos que, infelizmente, não foi o caminho seguido por Hagin que, excessivamente preocupado com tais circunstâncias, acabou sendo presa fácil de uma “aparição”, que traria um falso ensinamento para o meio do povo de Deus. Aqui no Brasil, um dos segmentos religiosos em evidência, que segue o falso ensino de Kenneth Hagin é a “Igreja Internacional da Graça”.

Fonte: Internet – EBDnws





II. OS PRINCIPAIS ENSINAMENTOS DA TEOLOGIA DA PROSPERIDADE.


A. DIVINIZAÇÃO DO HOMEM

Vejamos alguns exemplos:

Você é tanto uma encarnação de Deus quanto Jesus Cristo o foi. Cada homem que nasceu de Deus é uma encarnação e o cristianismo é um milagre. O crente é uma encarnação tanto quanto o foi Jesus de Nazaré (Kenneth Hagin, Word of Faith, dezembro, 1980, p. 14).
Fisicamente, nascemos de pais humanos e participamos da sua natureza. Espiritualmente, nascemos de Deus e participamos da Sua natureza (Kenneth Hagin, Como Ser Dirigido Pelo Espírito de Deus, p. 96).
Até que compreendamos que somos pequenos deuses e comecemos a agir como pequenos deuses, não podemos manifestar o reino de Deus (Earl Paulk, Satan Unmasked, 1984, p. 97).
Você não tem um deus dentro de você. Você e um deus (Kenneth Copeland, fita cassete The Force of Love, BBC-56).
Cachorros geram cachorros, gatos geram gatos e Deus gera deuses (K. Copeland, no programa Praise The Lord, Trinity Broadcasting Network. Fita nos arquivos do ICP).

B. DEMONIZAÇÃO DA SALVAÇÃO.

Kenneth Hagin : Afirmou que Jesus Cristo assumiu a natureza de Satanás.
Benny Hinn: Declarou sobre a salvação que Ele ( Jesus) assumiu a natureza de Satanás, para que todos quantos tinham a natueza de Satanás pudessem participar da natureza de Deus.
A cristologia da confissão positiva poderia ser resumida da seguinte forma: ao morrer na cruz, Jesus recebeu uma natureza satânica, foi feito pecado, desceu ao inferno em nosso lugar e lá foi atormentado três dias e três noites pelo diabo. Jesus teve que morrer espiritualmente para pagar pelos pecados do homem no inferno, pois sua morte física e seu sangue derramado na cruz foram insuficientes para fazer a expiação. Depois de três dias no inferno, Jesus nasce de novo e derrota os poderes das trevas, completando no inferno a expiação que havia começado na cruz. O Jesus nascido de novo ressuscita e é elevado à mão direita do Pai. Hoje ele tem poder para devolver à Igreja tudo o que ela havia perdido para o diabo através da queda de Adão e Eva.
FONTE : SUPER CRENTES – Paulo Romeiro

C. NEGAÇÃO DO SOFRIMENTO.

Kenyon defende a ideia de que “como Deus está em nós”, passamos a fazer parte da “divindade”, não podendo, pois, ter qualquer espécie de sofrimento ou de dor: “Nós temos nossa Redenção. Não há coisa alguma que tenhamos de orar ou pedir…”.
- Refutação Bíblica. A negação do sofrimento é outro equivoco da falaciosa teologia da prosperidade. Para essa “teologia”, o sofrimento deve ser rechaçado, pois é uma indicação direta da falta de fé na Palavra de Deus. A realidade, porem, nos mostra fragilidade desse argumento. Muitos dos chamados homens de Deus, cujas histórias encontram-se nas Escrituras, experimentaram o sofrimento e a adversidade, e a Bíblia narra diversos desses sofrimentos (leia Hebreus cap. 11, que fala dos heróis da fé). Em nenhum momento foi atribuído a esses homens faltarem com sua fé quando passaram por agruras, nem que tais agruras eram resultadas direto da falta de fé em Deus. Veja os sofrimentos do apóstolo Paulo exaradas em 2Co 11:22-33; apesar disso nunca demonstrou falta de fé(cf Hb 4:7). Leia também 2Co 4:8-14.

FONTE: Subsídeo EBD nws ( internet)

III. AS PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS DA TEOLOGIA DA PROSPERIDADE.


1. Profissionalismo ministerial e espiritualidade mercantil.

A primeira consequência danosa que a falaciosa “teologia da prosperidade” causa pode ser vista nos púlpitos das igrejas. Há pastores que transformam o púlpito em uma praça de negócios, e os crentes em consumidores. São obreiros fraudulentos, gananciosos, avarentos e enganadores. São amantes do dinheiro e estão embriagados pela sedução da riqueza. Há pastores que mudam a mensagem para auferir lucros. Pregam prosperidade e enganam o povo com mensagens tendenciosas para abastecer a si mesmos.
Muitos têm se aproveitado desta falsa teologia para amealharem riquezas e fazerem do evangelho um negócio rentável e cada vez mais crescente. Esta possibilidade não passou despercebida do Senhor que, em Sua Palavra, já nos primórdios da fé cristã, já advertia os crentes que muitos seriam feitos negócio com palavras fingidas de pessoas inescrupulosas (2Pe 2:3). Antes mesmo da formação da Igreja, o profeta Ezequiel já indicara a existência de pastores infiéis, que têm como objetivo tão somente explorar as ovelhas (Ez 34:4). Eles estão mais interessados no dinheiro das ovelhas do que na salvação delas. Eles negociam o ministério, mercadejam a Palavra e transformam a igreja em um negócio lucrativo.
Hoje estamos assistindo ao fenômeno do mercadejamento da fé. Pastores e mais pastores estão se desvinculando da estrutura eclesiástica e rompendo com suas denominações para criar ministérios particulares, em que o líder se torna o dono da igreja. A igreja passa a ser uma propriedade particular do pastor. O ministério da igreja torna-se um governo dinástico, em que a esposa é ordenada, e os filhos são sucessores imediatos. Não duvidamos de que Deus chame alguns para o ministério específico em que toda a família esteja envolvida e engajada no projeto, mas a multiplicação indiscriminada desse modelo é deveras preocupante.

2. Narcisismo e hedonismo.

A “teologia da prosperidade” tem gerado inúmeros cristãos narcisistas, isto é, pessoas que só pensam em si e nunca nos outros; são pessoas egoístas. Paulo nos instrui a nos resguardar contra qualquer forma de egoísmo, preconceito ou ciúme que podem levar à dissensão - “Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros”(Fp 2:4). Portanto, mostrar um interesse genuíno pelos outros será sempre um passo positivo para manter a unidade entre os crentes.
Outra consequência maligna que a “teologia da prosperidade” tem gerado nos corações daqueles que cristãos dizem ser é o hedonismo, isto é, a busca exacerbada e incessante pelo prazer.
O envolvimento com as coisas deste mundo, a busca incessante pelo prazer, que tanto caracteriza o mundo hodierno, é uma das coisas que faz com que se despreze a busca de um tempo dedicado a Deus. Nestes últimos dias, em que há homens “mais amigos dos deleites do que amigos de Deus” (2Tm 3:4), é natural que “não se tenha tempo para Deus”.
A Igreja, no seu todo, e cada crente, em particular, só poderá ser um referencial para o mundo e para os homens se viver de uma maneira diferente do que vive as pessoas que não receberam Cristo como Salvador; se tiver motivos para justificar o convite para que as pessoas que estão lá fora venham para o nosso meio e vivam como nós vivemos. Mas, se convidarmos, e elas vierem, e aqui descobrirem que em nosso meio existe a mesma luta pelo poder, como existe lá fora, o mesmo apego às coisas materiais, as mesmas mentiras e trapaças, os mesmos sentimentos de vaidade, de orgulho e de egoísmo, então, elas não terão motivos para desejarem ficar conosco.

3. Modismos e perdas de ideais.

Diversos modismos têm surgido nas igrejas que propagam a teologia da prosperidade. Dentre as inúmeras cito, como exemplo, a “purificação de ambientes“, para “proteção do crente e de sua família”. Nestas chamadas “purificações” são utilizados os mais variados elementos tais como “sal grosso“, “rosa ungida“, “óleo de Israel“, “água do rio Jordão” e tantas outras coisas que nos fazem lembrar as “relíquias” da Igreja Romana, que tantos absurdos e crendices causaram na cristandade, tendo sido vigorosos instrumentos para a campanha anti-religiosa que tomou conta da Europa a partir do século XIX e que é a principal responsável pelo atual nível de indiferentismo religioso que vive aquele continente.
Queridos irmãos em Cristo, isto é pura idolatria, misturada com a mais banal feitiçaria. Como pode um servo de Deus, lavado e remido no sangue do Cordeiro, crer que, para estar livre dos espíritos malignos, deve ter sal grosso em casa, rosa ungida ou ter um frasco com água do rio Jordão? Qual a diferença deste proceder com aqueles que usam patuás, fitas benzidas, pés de coelho, figas ou outros conhecidos amuletos e talismãs? Evidentemente que é nenhuma!
As pessoas crentes que se deixam levar por isto são tão cegas quanto os incrédulos, para não dizer que estão ainda mais longe da salvação do que aqueles, pois, por pura ignorância, não sabem que Jesus liberta de tudo isto e não impõe estas coisas, como é defendido pelos pregadores deste falso e supersticioso evangelho. Tudo isto é resultado da ignorância espiritual.
- Outra consequência terrível da falaciosa teologia da prosperidade é a perda dos ideais cristãos. Muitos cristãos estão preocupados somente com as coisas materiais, com o aqui e o agora, e estão esquecendo que o objetivo precípuo da nossa jornada é morar no Céu(cf João 14:1-3). Infelizmente, boa parte da igreja evangélica tem perdido a dimensão escatológica do Reino de Deus, quando demonstra privilegiar apenas seu aspecto externo, isto é, o “ter” e não seu lado atemporal ou eterno - o “ser”(1Ts 4:17; 1Co 16:22). Encontramos no Novo Testamento certo homem preocupado mais em “ter” do que “ser”(Lc 12:2-5). Ele queria, por exemplo, ter muitos bens materiais, mas, por outro lado, não demonstrou nenhuma preocupação em ser alguém zeloso com as coisas espirituais (Lc 12:21). O apóstolo Paulo foi claríssimo ao afirmar que se esperarmos em Cristo só para as coisas desta vida seremos os mais miseráveis de todos os homens (1Co 15:19). É esta a triste situação espiritual dos milhões que têm procurado Jesus única e exclusivamente para terem a “prosperidade” apregoada pelos falsos mestres da atualidade, eles mesmos escravos da ganância (2Pe 2:3). Isso é lamentável!

Diác Janailson Sales Araújo
Ministrado na 1ª EBD do Ano de 2012.
Lago da Pedra – MA