terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O EVANGELHO FINANCEIRO DE VALDEMIRO SANTIGO

O apóstolo Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus, ofereceu a Silvio Santos, dono da SBT, R$ 180 milhões por ano pelo horário da madrugada da emissora. A proposta foi recusada.


Quando alguém diz, hoje, que é filho de pastor numa faculdade, os colegas pensam logo que o pai é ladrão. Quando se fala em igreja, o pensamento logo é “roubo”, “corrupção”. De onde surgiu esse estereótipo?

Surgiu de homens como esse “apóstolo”. Surgiu de usurpadores da fé, exploradores de sentimentos e arrebatadores do dinheiro alheio em benefício próprio sob o nome de Deus.

Para refrescar a memória, há pouco tempo, Valdemiro pediu o “trízimo”: 10% do Pai, 10% do Filho e 10% do Espírito Santo. Base bíblica para isso? Nenhuma.

Agora ele quer usar os seus explorados para bancar R$ 15 milhões mensais nas madrugadas do SBT para falar os mesmos discursos que ele fala nas suas TVs. O SBT faz bem em não aceitar. Isso não é Evangelho! Isso não é propagação das Boas Novas! Isso, na verdade, pode ser desde uma maneira de atrair mais manipulados até uma suposta e falaciosa forma de lavar tanto dinheiro (será?).

É uma pena que, num País tão desigual como o nosso, existam pessoas de má fé que falam em nome da fé utilizando-se da máscara da boa fé. Nunca se viu tanta igreja evangélica falando tanto em dinheiro como nos dias atuais. Nunca as igrejas foram tão mal rotuladas como hoje. Isso acontece por culpa desses falsos líderes, desses pastores sem chamado para cuidar de ovelhas.

Se milhares de pessoas querem seguir essa tendência evangélica, eu prefiro manter a fé baseada no mesmo cristianismo puro, simples e íntegro. Sigamos o Evangelho transformador e restaurador, e não um evangelho financeiro, distorcido e desconexo dos ditames bíblicos.

DIÁC JANAILSON SALES ARAÚJO

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Papai Noel concede entrevista inédita e exclusiva ao Blog do Ciro!


Acabei de conversar com o Papai Noel pelo MSN! Acredite. Tentei o contato, inicialmente, por telemóvel (como dizem os portugueses), mas o “Bom Velhinho” não atende ao celular de jeito nenhum. Tentei contato por telefone fixo, Twitter, Facebook, Orkut... Depois de muita insistência, consegui falar com um dos seus duendes assessores e agendei quinze minutos de conversa pela Internet.
Noel, que está no Pólo Norte se preparando para visitar bilhões de residências em todo o mundo, a partir da meia-noite do dia 25 de dezembro, fez declarações surpreendentes, bombásticas, nesta entrevista exclusiva. Acompanhe.

Blog do Ciro: Grande Papai Noel, que prazer falar com o senhor! Tudo bem? Em primeiro lugar, como devo chamá-lo?

Papai Noel: Ho, ho, ho! Feliz Natal! Gosto muito dos brasileiros! Eles não são como os alemães, que querem me trocar por São Nicolau... Em Portugal, eu sou o Pai Natal. Nos Estados Unidos, o Santa Claus. Aí no Brasil, a maioria dos meus seguidores me chama de Noel mesmo. Mas também gosto muito de ser chamado de Bom Velhinho.

Blog do Ciro: Ah, sim, Bom Velhinho... Noto que o senhor é bem diferente do Aniversariante, o Senhor Jesus, que — inexplicavelmente — é esquecido nesses dias de festas natalinas. Ele, quando veio ao mundo, foi chamado por um rapaz de bom, e disse que bom era Deus, dando toda a glória para o seu Pai...

Papai Noel: Em primeiro lugar, para que continuemos a conversar, meu filho, me poupe dessas comparações, pois muitos gostam de me criticar nessa época. Já me falaram até que a pessoa citada — prefiro não mencionar o seu nome — é o verdadeiro Aniversariante e tem o melhor presente, só porque declarou: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida”. Por favor, não me compare com Ele. Eu sou bom porque faço a alegria das crianças, e elas me adoram! E não são apenas elas que me adoram. Aliás, os meus principais adoradores são os adultos!

Blog do Ciro: Desculpe-me da interrupção, mas, e as crianças miseráveis do continente africano, do Brasil... O que o senhor tem feito por elas?

Papai Noel: Ho, ho, ho! Você acha que eu tenho tempo para os pobres? Não sou como certo Belemita, que viveu numa pobre cidade chamada Nazaré e tinha prazer em ajudar os pobres. Eu até fico penalizado com as crianças pobres, pois elas acreditam mais em mim que as ricas. Mas é a vida, meu filho. Temos de agradar aqueles que podem nos dar alguma coisa em troca.

Blog do Ciro: Como assim, Papai Noel? Essa sua mentalidade parece a mesma dos pregadores da Teologia da Prosperidade. O senhor também propaga essa falácia?

Papai Noel: Oh, sim! Ho, ho, ho! Eu sou o próprio deus dessa teologia! E os pregadores dessa teologia são os meus servos...

Blog do Ciro: O quê?

Papai Noel: Isso mesmo. As pessoas que seguem à Teologia da Prosperidade me cultuam, mesmo sem ter consciência disso.

Blog do Ciro: Sim, eu sei que muitas criancinhas creem que o senhor lhes traz presentes, mas nunca imaginei que se considerasse um deus...

Papai Noel: Ho, ho, ho! Você não conhece nada a meu respeito. As crianças não são as minhas verdadeiras seguidoras. Elas vivem no mundo da fantasia e acreditam ingenuamente em mim. Mas os meus verdadeiros seguidores são pessoas adultas, interesseiras, que vão a templos evangélicos, não para cultuar o Belemita, o Nazareno, do qual elas se dizem discípulas. Elas só querem receber presentes. E, com isso, as minhas igrejas-negócios só crescem!

Blog do Ciro: E o senhor dá a essas pessoas o que elas realmente sonham?

Papai Noel: Ora, você acredita em Papai Noel? Ho, ho, ho! Na verdade, elas se iludem, e algumas delas acabam sendo abençoadas pelo Belemita, que se compadece delas. Pena que elas não reconhecem isso. Preferem dizer que as suas vidas mudaram porque foram à igreja tal, participaram da campanha tal, conheceram o apóstolo fulano de tal... Dificilmente glorificam o Homem de Nazaré.

Blog do Ciro: Eu não acredito que o senhor está enganando essas pobres pessoas sonhadoras... Quem é o senhor, de fato?

Papai Noel: Como eu já lhe disse, por um lado estou nas fantasias das crianças. Não sou real. Por outro, estou no coração de muitos que se dizem seguidores do Belemita, porém seguem aos ensinos dos meus liderados, que se apresentam com títulos variados: missionários, bispos, apóstolos, pastores, conferencistas internacionais... É claro que existem os verdadeiros representantes do Homem de Nazaré, os quais se levantam contra a minha obra, mas eles são minoria.

Blog do Ciro: Mas, Noel, o senhor está enganado. Nessa época do ano, a maioria dos cristãos se opõe ao senhor e verbera contra coisas pagãs, como árvore de Natal, Papai Noel, etc. Todos nós sabemos que você nada tem que ver com o verdadeiro sentido do Natal.

Papai Noel: Ho, ho, ho! Aí é que você se engana. Alguns pais são tão rigorosos, a ponto de proibirem as pobres criancinhas de tirar fotos com aquele exemplar de Papai Noel no shopping center. Eles tiram delas a alegria de abraçar um velho fofinho, simpático e sorridente. Mas, nas igrejas, eles — paradoxalmente — me cultuam.

Blog do Ciro: O senhor pode explicar melhor como isso ocorre?

Papai Noel: Claro. Eu me aproveito das necessidades das pessoas e do fato de elas serem, por natureza, interesseiras. Por exemplo, é difícil ouvir cristãos dizendo que vão aos cultos para adorar o Nazareno. Antes, afirmam: “Hoje eu vou lá buscar a minha bênção”. E, quando chegam ao templo, os meus liderados tiram proveito disso, massageando os seus egos e lhes dizendo que a vitória financeira e a realização de todos os sonhos estão garantidas, pois o seu deus (no caso, eu), que sonhou todos os sonhos deles, está ali para mudar as suas histórias. Conclusão: todos participam de campanhas para receber prosperidade e a unção financeira dos últimos dias.

Blog do Ciro: Quer dizer que o senhor também está por trás dessa polêmica unção financeira?

Papai Noel: Olha, meu filho, se é polêmica, eu não sei. Só sei que o Natal dos meus liderados será gordo! Ho, ho, ho! Alguns têm comprado até jatinhos! Eles estão melhores do que eu, pois ainda estou andando de trenó...

Blog do Ciro: (Não acredito que estou lendo isso...) Papai Noel, por favor, uma última pergunta, pois eu sei que o senhor está se preparando para visitar muitas casas à meia-noite do dia 25...

Papai Noel: Sim, é verdade. Mas visitarei também inúmeras igrejas evangélicas para entregar aos meus seguidores várias “caixas de presente”. Antes que você pergunte, essas “caixas” são, na verdade, as palavras de vitória que os meus liderados dizem aos pobres sonhadores, nessa época: “Você nasceu para vencer”, “2011 será o ano da colheita”, “A sua história mudará”, “Ouse sonhar”...

Blog do Ciro: Bem, finalizando, percebi que muitos estão preocupados em condenar o lado fantasioso no Natal: árvores, enfeites, fotos com Papai Noel no shopping. E o senhor me mostrou que existe um problema muito maior: um culto tácito ao deus Papai Noel. Mas, por que o senhor faz questão de iludir as pessoas?

Papai Noel: Na verdade, meu filho, eu estou a serviço do príncipe deste mundo, também conhecido como o deus deste século, e ele odeia o Belemita. O maior prazer do meu chefe é afastar as pessoas, mesmo as que estão dentro das igrejas, do verdadeiro sentido do Natal.

Blog do Ciro: Ah, entendi... Agradeço-lhe, senhor Noel, pela importante e reveladora entrevista que nos concedeu. Deixe uma palavra para os internautas.

Papai Noel: Continuem acreditando em mim! Ho, ho, ho! Feliz Natal!

Prezado internauta, aproveito para desejar que as verdadeiras bênçãos do Natal de Cristo sejam derramadas sobre a sua vida! Que elas não somente caiam sobre você no dia 25 de dezembro, mas em todos os dias restantes de 2010, em 2011 e em todo o tempo. E que não nos esqueçamos de adorar o Belemita, o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, o Deus-Homem, sobretudo pelo que Ele é. Esqueçamo-nos um pouco do nosso lado interesseiro e adoremos a Deus em espírito e em verdade!

Ciro Sanches Zibordi

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

PARA VOCÊ, QUERIDO LEITOR, QUEM É JESUS CRISTO ?

Em Mateus 16.13, o Senhor Jesus perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do homem?” E Simão Pedro lhe respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus” (v.16). Tal pergunta me levou, há algum tempo, a consultar vários livros em minha biblioteca, a fim de descobrir o que eminentes escritores — do passado e do presente — têm dito acerca de Jesus Cristo.

A lista abaixo está em ordem alfabética de autores.

AUGUSTO CURY. Em seu best-seller Nunca desista de seus sonhos (Sextante), esse renomado escritor asseverou, ao discorrer sobre um dos milagres de Jesus relatado no Novo Testamento: “Jesus Cristo não havia feito nenhum ato sobrenatural, no entanto sua voz tinha o maior de todos os magnetismos porque vendia sonhos. Vender sonhos é uma expressão poética que fala de algo invendável. Ele distribuía um bem que o dinheiro jamais pôde comprar. O Mestre dos mestres assombra os fundamentos da psicologia”.


BENTO XVI. Joseph Ratzinger, o papa, declarou: “Se hoje tivéssemos de escolher, teria Jesus de Nazaré, o filho de Maria, o filho do Pai, alguma possibilidade? Será que conhecemos mesmo Jesus? Será que O compreendemos? Não deveríamos hoje, tanto quanto ontem esforçarmo-nos para de novo O conhecer?” (Jesus de Nazaré, Planeta).


BILLY GRAHAM. Conselheiro de muitos presidentes dos Estados Unidos e considerado o maior evangelista do século XX, declarou o seguinte sobre Jesus Cristo, em O Segredo da Felicidade (Bompastor): “Sua pessoa era magnética, suas maneiras eram atrativas, sua voz era compelidora. Todo o seu ser mostrava ser ele um homem de poder incomum. Ele era um consumado mestre, um formidável polemista, um curador compassivo — o mais gentil e mais severo dos homens. Eles [os seus discípulos] nunca tinham ouvido alguém parecido com ele”.


C.S. LEWIS. Um dos autores mais citados por escritores cristãos e não-cristãos, esse pensador afirmou: “Cristo foi o ‘primeiro caso’ do homem novo. Mas é claro que ele é muito mais que isso. Não é simplesmente um homem novo, um espécime da espécie, mas o homem novo. É a origem, o centro e a vida de todos os homens novos. Entrou de livre e espontânea vontade no universo criado, trazendo consigo a zoé, a vida nova” (Cristianismo Puro e Simples, WMF Martins Fontes).


CALVINO. Em sua obra As pastorais, esse reformador asseverou: “A descrição mais adequada da pessoa de Cristo está contida nas palavras ‘Deus se manifestou em carne’. Em primeiro lugar, temos aqui uma afirmação distinta de ambas as naturezas, pois o apóstolo declara que Cristo é ao mesmo tempo verdadeiro Deus e verdadeiro homem”.

ERNEST RENAN. Este filósofo e historiador — nome de primeira grandeza na evolução do racionalismo do século XIX, que viveu em Paris, na França — disse: “Desde Sócrates e desde Aristóteles a filosofia e a ciência fizeram progressos enormes. Mas tudo foi construído sobre o alicerce que eles estabeleceram. Da mesma forma, antes de Jesus o pensamento religioso atravessara muitas revoluções; desde Jesus, ele fez grandes conquistas. Contudo, não se saiu nem se sairá da noção essencial que Jesus criou; ele fixou para sempre a maneira como deve ser concebido o culto puro. A religião de Jesus não é limitada” (Vida de Jesus, Martin Claret).


GEOFFREY BLAINEY. Em Uma breve história do mundo (Fundamento), esse historiador e professor da Universidade de Harvard afirmou: “Suas palavras arrastavam multidões. Sua pregação podia ser misteriosa, mas também era sensível e prática; ele contava uma história simples sobre a vida diária, dando a ela um fundo moral e concluía com um apelo a seus ouvintes à beira da estrada para que adotassem seu novo modo de pensar. [...] Jesus demonstrava um profundo sentimento pelos oprimidos: pelos que eram pobres, pelos que eram doentes e pelos que sofriam”.


JACQUES DUQUESNE. Em seu livro Jesus, a verdadeira história (Semente), disse: “Hoje nenhum historiador sério duvida da existência de Jesus”.


JAMES C. HUNTER. Este famoso guru da liderança disse que Jesus foi o maior líder de todos os tempos: “Nenhuma pessoa com honestidade intelectual pode negar que a vida de Jesus exerceu uma grande influência na história. E ainda exerce até hoje” (Como se tornar um líder servidor, Sextante).


LAURIE BETH JONES. Escreveu uma obra com o título Jesus, o maior líder que já existiu (Sextante) pela qual concorda com James C. Hunter.


MARCELO ROSSI. Em seu livro Ágape (Editora Globo), esse padre afirmou: “Jesus é o Bom Pastor. Ele cuida de cada uma de Suas ovelhas. Ele conhece as Suas ovelhas pelo nome, isto é, pela identidade das Suas ovelhas”.

MARY W. BAKER. Escreveu a obra cujo título fala por si mesmo: Jesus, o maior psicólogo que já existiu (Sextante).


MAX LUCADO. Ao falar sobre a glória de Deus, esse autor, líder no segmento de livros inspirativos, nos Estados Unidos, asseverou: “Moisés pediu para vê-la no Sinai. [...] Quando Ezequiel a viu, teve de reverenciá-la. Ela envolveu os anjos e aterrorizou os pastores enquanto pastoreavam em Belém. Jesus a irradiou” (Você não está sozinho, Thomas Nelson Brasil).


N.T. WHITE. Questionado pelo famoso ex-ateu Antony Flew acerca da existência de Jesus, esse conhecido bispo, explicador do cristianismo histórico e pesquisador do Novo Testamento em Oxford, respondeu: “no caso de Jesus, todas as evidências apontam firmemente para a existência dessa grandiosa figura nos vinte até trinta anos do primeiro século. E as evidências encaixam-se tão bem no que sabemos do judaísmo naquele período — embora muitas coisas tenham sido anotadas gerações mais tarde —, que penso que poucos historiadores de hoje duvidariam da existência de Jesus” (Deus existe, Ediouro).


NAPOLEÃO BONAPARTE. “Alexandre, César, Carlos Magno e eu fundamos impérios, mas em que baseamos nossas criações geniais? Na força. Jesus Cristo fundou seu império baseado no amor e até hoje milhões de pessoas morreriam por ele” (James C. Hunter, em Como se tornar um líder servidor, Sextante).


OG MANDINO. Este famoso autor de autoajuda definiu Jesus Cristo assim, em sua principal obra O maior vendedor do mundo (Record): “Tudo o que possuía ele distribuiu com o mundo, incluindo a vida”.


STEVEN K. SCOTT. Em Jesus, o homem mais sábio que já existiu (Sextante), Scott disse: “Quase todas as pessoas o consideram um líder religioso, o fundador do cristianismo. Outras o veem simplesmente como o maior professor de princípios morais. Algumas conhecem tão pouco os textos e documentos históricos a seu respeito que acham que ele não passa de um mito ou uma lenda. E quase todas avaliam mal a importância que a vida e os ensinamentos de Jesus podem ter para a sua própria vida”.


TIM LAHAYE. Autor da famosa série Deixados para trás, afirmou: “O amor que Jesus demonstrou pelo seu próximo não acabou com sua elevação e honra das mulheres. Desde o começo, Jesus era um defensor dos menos afortunados” (Jesus, Thomas Nelson Brasil).


TOLSTOI. Este famoso autor russo, em Pensamentos para uma vida feliz (Prestígio Editorial), empregou a seguinte frase, de Herbert Newton, para expressar o que pensava a respeito de Jesus Cristo: “Cristo jamais fundou qualquer igreja, jamais criou qualquer Estado, jamais promulgou uma lei, jamais estabeleceu qualquer governo ou outra autoridade. Ele queria colocar a lei de Deus no coração das pessoas, a fim de torná-las autogovernadas”.

E para você, caro leitor, quem é Jesus Cristo?

Ciro Sanches Zibordi

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

QUANDO PRECISAMOS DE UM AVIVAMENTO?


Procuraremos mostrar através deste sucinto artigo quando nós precisamos de um avivamento. E quando falo de avivameneto, não estou me referindo aos chamados “fenômenos pentecostais” de nossos dias , que na verdade não passam de aberrações pentecostais.
O teólogo Antonio Gilberto em seu livro verdades pentecostais define avivamento como, uma intervenção divina na vida da igreja , onde e quando Deus quer,em resposta ao clamor do seu povo(2 Cr 7:14; Hc 3:2; At 1:14), o que mostra que avivamento verdadeiro não é fruto de mecanismos Humanos ou técnicas para emocionar o povo, avivamento verdadeiro é algo pautado e alirceçado na palavra de Deus que é a fonte do avivamento(Hc 3:2; Jo 7:38,39;At 10:44),falando sobre isto afirmou o teólogo James A. Stewart: “O verdadeiro espírito do avivamneto está fora do controle do organizador e protagonista.Ele não pode ser criado por técnicas nem promovido pela tinta das impressoras” gostaríamos de citar ainda declaração do escritor David Mckee:”Avivamento é uma serie de novos começos”.
Diante do que já dissemos surge a pergunta: Quando precisamos de um avivamento?
Quando?...
1- Quando ler a Biblia não passa de um custume perdido. È impossível concebermos a idéia de um avivamento divorciado da palavra de Deus.”muitos crentes tem em sua casa um museu particular em que o objeto principal é a Biblia”. Um cristão que diz Estar avivado e não tem prazer de ler a escritura precisa rever os seus conceitos sobre avivamento.
2- Quando oração não passa de reza. Enquanto que a palavra de Deus é a fonte do avivamento, a oração é o caminho que nos conduz a ela, diz a palavra de Deus:” E se o meu povo , que se chama pelo o meu nome, se humilhar, e orar,e buscar a minha face,e se converter de seus maus caminhos,então Eu ouvirei do céu,e perdoarei os seus pecados,e sararei a sua terra.”(2 Cr 7:14: ler At 4:31)
3- Quando minhas obrigações suplantam minha devoção. Muitas pessoas desasociadas das verdades das escrituras dizem,”primeiro a obrigação depois a devoção, estas pessoas deviam observar o que a palavra de Deus diz em Mt 6:33 “Mas buscai primeiro o Reino dos Céus e a sua justiça”...
4- Quando ir a Casa de Deus é apenas uma obrigação a ser cumprida. Não devemos ir Casa de Deus por obrigação disse o Salmista: “Alegrei-me quando me disseram vamos a CASA DO SENHOR”(Sl 122:1)
5- Quando Escola Dominical torna-se para min escola mensal.Estranho a atitude de muitos crentes que dizem ser avivados e não tem prazer de ir a Escola Dominical e pregadores quem se auto denominam “avivalistas” e pregam contra a Escola dominical, um desses afirmou na sua inguinorãncia que escola dominical é uma fabrica de céticos(isto é o cumulo da inguinorancia) .
Queres saber o quanto uma Igreja está avivada olhe o seu caderno de frequencia da Escola Dominical.
Se em você caro leitor reside algum destes sinais que falei, você é um serio candidato ao avivamento.
Não perca tempo dirija-se a DEUS e ore: AVIVA-ME Ò SENHOR.


Diác Antonio Junior.
Quinta-feira 9 de Dezembro de 2010
Congº Nova Canaã

domingo, 12 de dezembro de 2010

O DIA DA BÍBLIA: 160 ANOS


Com muita razão, afirmou Abraão Lincoln: “ Creio que a Bíblia é o melhor presente que Deus já deu ao homem”.
Celebrado no segundo domingo de dezembro, o Dia da Bíblia foi criado em 1549, na Grã-Bretanha pelo Bispo Cranmer, que incluiu a data no livro de orações do Rei Eduardo VI. O Dia da Bíblia é um dia especial, e foi criado para que a população intercedesse em favor da leitura da Bíblia. No Brasil a data começou a ser celebrada em 1850, quando chegaram da Europa e EUA os primeiros missionários evangélicos. Porém, a primeira manifestação pública aconteceu quando foi fundada a Sociedade Bíblica do Brasil, em 1948, no Monumento do Ipiranga, em São Paulo (SP).

E, graças ao trabalho de divulgação das Escrituras Sagradas, desempenhado pela entidade, o Dia da Bíblia passou a ser comemorado não só no segundo domingo de dezembro, mas também ao longo de todas a semana que antecede a data. Desde dezembro de 2001, essa comemoração tão especial passou a integrar o calendário oficial do país, graças à Lei Federal 10.335, que instituiu a celebração do Dia da Bíblia em todo o território nacional.

Hoje, as celebrações se intensificaram e diversificaram. Realização de cultos, carreatas, shows, maratonas de leitura bíblica, exposições bíblicas, construção de monumentos à Bíblia e distribuição maciça de Escrituras são algumas das formas que os cristãos encontraram de agradecer a Deus por esse alimento para a vida.
A Bíblia contém 66 livros, escritos ao longo de 16 séculos, por cerca de 40 diferentes autores, nas mais diferentes condições e épocas.Ela é formada de dois testamentos: Antigo e Novo.
O Antigo testamento contém 39 livros assim classificados: lei, história, poesia e profecia.
 23. 214 versículos
 929 capítulos
O Novo Testamento contém 27 livros classificados: biografia, história, doutrina e profecia.
 7. 959 versículos
 260 capítulos.
No total a Bíblia contém:
• 31.173 versículos
• 1.189 capítulos
• 773.692 palavras
• 3.566.480 letras
O Antigo Testamento é 3 vezes mais volumoso do que o Novo Testamento.
Citarei algumas curiosidades sobre Bíblia:
P: Qual o maior versículo da Bíblia ?
R: Ester 8:9 (possui 415 caracteres).
P: Quais os livros da Bíblia que tem apenas 1 capítulo ?
R: Obadias, Filemom, II João, III João e Judas.
P: Quais os livros da Bíblia que terminam com um ponto de interrogação ?
R: Lamentações, Jonas e Naum.
P: Qual o menor livro da Bíblia ?
R: II João (possui somente 13 versículos).
P: Qual o maior livro da Bíblia ?
R: Salmos (possui 150 capítulos).
P: Qual o menor capítulo da Bíblia ?
R: Salmo 117 (possui 2 versículos).
P: Qual o maior capítulo da Bíblia ?
R: Salmo 119 (possui 176 versículos).
Foi escrita em 3 idioma: Hebraico, grego e aramaico.
A Palavra SENHOR é encontrada na Bíblia 1853 vezes.
Texto áureo da Bíbliaé João 3:16
Há 3573 promessas na Bíblia.
No livro de Ester e no livro de Cantares não se encontra a palavra Deus.
O Antigo Testamento termina com uma maldição, e o Novo Testamento termina com uma benção.
O último livro da Bíblia a ser escrito foi III São João
Para ler a Bíblia toda em um ano basta ler 5 capítulos aos domingos e 3 nos demais dias da semana.
Há na Bíblia 8.000 menções de Deus entre seus vários nomes, e 177 menções do Diabo sob seus vários nomes. A vinda do Senhor é referida 1.845 vezes, sendo 1.527 no AT e 318 no NT
A frase “ não temas” ocorre 365 vezes em toda Bíblia, o que dá uma para cada dia do ano. O nome Jesus consta no primeiro e último versículo do NT. A Bíblia completa pode ser lida em 70hs e 40 minutos, o AT leva 52hs e 20 minutos. O NT leva 18hs e 20 minutos.
A Bíblia é a revelação de Deus á humanidade.
Seu autor é Deus. Seu real intérprete é o Espírito Santo. Seu assunto central é o Senhor Jesus Cristo.
O homem deve ler a Bíblia para ser sábio, crer na Bíblia para ser salvo praticar a Bíblia para ser santo. A Bíblia foi o primeiro livro impresso no mundo após a invenção do papel isso deu-se na Alemanha. Naquele tempo ninguém podia conduzir pessoalmente a Bíblia como fazemos hoje.
O que tornou isso possível foi a invenção do papel no século II pelos chineneses e prelo do tipos móveis pelo Gutenberg em 1450 d.c, possibilitando o formato dos livros atuais.
A Septuaginta foi a primeira tradução da Bíblia. A primeira tradução da Bíblia em Português foi feita por evangélico:
Pr João Ferreira de Almeida.
A primeira remessa de Bíblias para aquisição popular chegou ao Brasil em 1822 o ano da nossa Independência.
Bíblia foi impressa por evangélicos a primeira vez no Brasil em 1944, pela Imprensa Bíblica Brasileira.

O QUE ELE DISSERAM SOBRE A BÍBLIA :

ABRÃAO LINCON: O 16º Presidente dos Estados Unidos em 1860.
?Creio que a Bíblia é o melhor presente que Deus já deu ao homem. Todo o bem, da parte do Salvador do mundo, nos é transmitido mediante este livro?.

GEORGE WASHINGTON: um dos fundadores e primeiro presidente na história dos Estados Unidos da América.

"É impossível governar direito o mundo sem Deus e a Bíblia"

"Eu amo a Bíblia, eu leio-a todos os dias e, quanto mais a leio tanto mais a amo. Há alguns que não gostam da Bíblia. Eu não os entendo, não compreendo tais pessoas, mas, eu a amo, amo a sua simplicidade e amo as suas repetições e reiterações da verdade. Como disse, eu leio-a quotidianamente e gosto dela cada vez mais." (D. Pedro II)

"A alma jamais pode vaguear sem rumo, se tomar a Bíblia para lhe guiar os passos." (Napoleão Bonaparte)
"Livro de minha alma aqui o tenho: é a Bíblia. Não o encerro na biblioteca, entre os de estudo, conservo-o sempre à minha cabeceira, à mão. É dele que tiro o pão para a minha fome de consolo, é dele que tiro a luz nas trevas das minhas agonias." (Coelho Neto)
Se eu a coloco (a Bíblia) abaixo de todos os livros, ela é a que mantêm todos eles, se eu a coloco no meio dos outros livros, ela é a coração desses livros, e se eu a coloco em cima dos outros livros, ela é a cabeça e autoridade de todos os livros em minha biblioteca. - Rui Barbosa

Onde a Bíblia não tem voz, não devemos ter ouvidos. - John Trapp
CONCLUSÃO

O crente que não lê sua Bíblia, só recebe este alimento quando alguém o põe em sua boca...
Considera perdido o dia em que não leres tua Bíblia.
É de admirar haver pessoas que acham tempo para ler, ouvir e ver tudo, menos a Palavra de Deus.
Como está seu apetite espiritual pela Palavra de Deus?
É melhor um versículo no coração, sendo amado e obedecido, do que dez na cabeça... “ Ponde no coração” ( Dt 6.6).
Com mente devemos aprender e memorizar a Bíblia, e com o coração amá-la(Hb 10.16).

Diác Janailson Sales Araújo
Domingo 12 de Dezembro de 2010
Congregação: Vale da Benção
Dia da Bíblia

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A pregação precisa comunicar

Caros pregadores, especialmente de igrejas pentecostais, evitem algumas manias que atrapalham a transmissão da mensagem. O nosso objetivo é que o Evangelho seja o mais claro possível para todos aqueles que ouvem.

1.

Não grite como um histérico

Sim, há muita gritaria superficial nos púlpitos. Eu sei que pessoas mais extrovertidas tendem a se expressarem de maneira mais exagerada. É um traço da personalidade de muitos homens e mulheres. Ser extrovertido, dinâmico ou animado não é nenhum mal, mas o exagero prejudica a transmissão de uma mensagem, seja ela pregação ou conversa na lanchonete. Portanto, não fique gritando como um maluco no estádio de futebol ou num show de rock. No estádio ou no Rock in Rio os frequentadores estão poucos interessados no que ouvem, mas não deve ser assim na igreja cristã.

2.

Não faça repetições de histórias sem aplicação

Quando vezes você, em uma igreja pentecostal, já ouviu a história de Daniel na cova dos leões ou o sobre a cura da mulher com fluxo de sangue? Os pregadores leem as histórias e logo depois a repetem como quem querem teatralizar o fato contado. A história não é para ser repetida duas vezes. Primeiro você lê ou conta o relato, mas depois você deve aplicar o texto e expô-lo para que as pessoas ouçam os princípios ensinados naquele registro bíblico. Muitas vezes a pregação tem uma hora de duração, mas os membros da igreja só ouviram e viram a teatralização da história sem aplicação. Quando se lê sobre Daniel na cova dos leões, em pleno púlpito, é preciso responder uma pergunta básica para os ouvintes: o que Daniel nos ensina com o seu exemplo de vida?

3.

Não use palavras difíceis

Os pregadores mais eruditos (eruditos de verdade) que ouvi foram simples na escolha das palavras para suas pregações. Alguns até escrevem textos dificílimos, mas quando falam com uma congregação são bem claros em suas palavras. Agora, jovem pregadores pentecostais tomados pela terrível vaidade apreendem uma palavra nova e logo jogam no púlpito com o objetivo de impressionar. Eu já ouvi a seguinte pérola em um culto de praça: - Estamos aqui nesse evento apologético e didático! Ora, será essa a melhor maneira para falar “culto evangelístico”? Além disso, as palavras foram desproporcionais para descrever aquele evento na praça do bairro. Quem é erudito sabe conversar com eruditos (como em um Café Filosófico, por exemplo) e com pessoas simples (ao tratar bem sua faxineira semi-analfabeta). Como nas igrejas temos pessoas de todos os níveis educacionais não devemos nem apelar para o simplismo e nem para as palavras incompreensíveis.

4.

Não seja regionalista

Eis um mal que acontece especialmente numa capital cosmopolita como São Paulo. Alguns pregadores vindos de outras regiões, seja sul ou norte, carregam consigo algumas expressões que ninguém entende na cidade de São Paulo. O contrário também é verdadeiro. Se você usa uma expressão estranha o melhor é explicar. Alguns exemplos de regionalismos são interessantes: Em São Paulo a palavra “moleque” não é ofensiva, mas no Nordeste é um xingamento grave. “Rapariga” é a palavra mais usada para prostituta no Nordeste, pouco comum em outras regiões. Em São Paulo há “mandioca” e “mandioca brava” (venenosa), mas em outros estados a mandioca é macaxeira e a mandioca brava é simplesmente mandioca. Não despreze sua cultura, mas lembre que ninguém é obrigado a entendê-la completamente, portanto, seja explicativo.

5.

Seja o mais didático possível

Certa vez falei em uma aula de Escola Bíblica: - O teólogo Atanásio, da patrística, é considerado o pai da ortodoxia. Logo em seguida perguntei se as pessoas entenderam a frase. Uma irmã se manifestou e disse que não. Então perguntei qual das palavras ela não conhecia. A resposta foi surpreendente para mim: - Eu não conheço o significado das palavras teólogo, patrística e ortodoxia. Ou seja, não houve comunicação alguma. Então traduzi para a irmã: - O teólogo é a pessoa que estuda sobre Deus e a Bíblia Sagrada, como todos nesta aula. Patrística é como definimos os pastores e bispos que exerceram importante influência na liderança e no ensino da igreja primitiva após a morte dos apóstolos. E ortodoxia é o equivalente para doutrina correta, ensino bíblico e verdadeiro.

Nenhuma das definições que dei foram acadêmicas, mas simples, pois era a forma mais rápida de ensinar aquela frase para a irmã que me ouvia. Muitas vezes há essa necessidade da explicação bem detalhada. Mas é necessário incentivar que a pessoa não fique eternamente presa a conceitos básicos.

6.

Não abuse do evangeliquês

Fico imaginando os descrentes ouvindo a conversa de dois crentes. É “varão” pra cá, é “vaso” pra lá, é “bênção” disso e “tremendo” daquilo. Ou seja, um novo idioma completamente distante das pessoas que precisam ouvir o Evangelho de Cristo. Alguns pensam inclusive que isso é uma “linguagem mais espiritual”. Pura bobagem. Na sua comunicação troque o “varão” por “homem”, pois só assim as pessoas vão entender o que você fala.

Conclusão

Sem comunicação não há mensagem. Sem mensagem não há quem ouça. Sem ouvir não há que tenha fé. Como escreveu Paulo: “Consequentemente

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

De quem é o Natal?


Nesta época linda do ano
Há mudanças no ser humano.
De repente, se torna tão bom!

Há felicitações e tanto abraço,
Há mais melodias no espaço
E até a música tem um outro som!

Então, surgem as arrumações,
Cores, festas, iluminações,
E há intensas luzes no céu...

No ar, em vez de Jesus,
Aparece uma figura que reluz:
O gordo e rosado Papai Noel!

Mas, afinal, de quem é o Natal?
Qual o seu personagem central?

Papai Noel mora num lugar gelado;
Jesus, num céu lindo e abençoado!

Papai Noel anda no trenó das renas;
Jesus, sobre nuvens e águas terrenas!

Papai Noel vem uma vez por ano;
Jesus, está presente no cotidiano!

Papai Noel, enche meias de presentes;
Jesus, supre os corações carentes!

Papai Noel entra, não é convidado;
Jesus, bate à porta – Ele é educado!

Papai Noel gosta de festa e promoção;
Jesus, gosta apenas do coração!

Papai Noel nos deixa sentar no colo;
Jesus nos abraça – não nos deixa no solo!

Papai Noel nada sabe sobre nós;
Jesus conhece cada ovelha pela voz!

Papai Noel diz apenas: ôh, ôh, ôh!
Jesus diz: “Vinde a mim – Eu sou amor!”

Papai Noel vive num mundo de brinquedos;
Jesus vive no mundo curando os medos!

Papai Noel faz agrados e dá beijinhos;
Jesus, dá-nos a doce paz e seu carinho!

Papai Noel coloca presentes na árvore de luz;
Jesus, tornou-se nosso presente na cruz!

Papai Noel some, deixando frustrações;
Jesus está vivo e presente nos corações!

Então,
De quem é mesmo o belo Natal?
De Jesus ou do Papai Noel comercial?

Precisamos lembrar: Se o Natal reluz
É porque Deus amou ternamente o mundo
E o Seu amor resgatador profundo,
Deu-nos seu mais belo presente: JESUS!

* O autor é pastor, escritor, poeta, membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil, além de amigo do editor deste blog, é claro.

De quem é o Natal?
por Noélio Duarte*

Nesta época linda do ano
Há mudanças no ser humano.
De repente, se torna tão bom!

Há felicitações e tanto abraço,
Há mais melodias no espaço
E até a música tem um outro som!

Então, surgem as arrumações,
Cores, festas, iluminações,
E há intensas luzes no céu...

No ar, em vez de Jesus,
Aparece uma figura que reluz:
O gordo e rosado Papai Noel!

Mas, afinal, de quem é o Natal?
Qual o seu personagem central?

Papai Noel mora num lugar gelado;
Jesus, num céu lindo e abençoado!

Papai Noel anda no trenó das renas;
Jesus, sobre nuvens e águas terrenas!

Papai Noel vem uma vez por ano;
Jesus, está presente no cotidiano!

Papai Noel, enche meias de presentes;
Jesus, supre os corações carentes!

Papai Noel entra, não é convidado;
Jesus, bate à porta – Ele é educado!

Papai Noel gosta de festa e promoção;
Jesus, gosta apenas do coração!

Papai Noel nos deixa sentar no colo;
Jesus nos abraça – não nos deixa no solo!

Papai Noel nada sabe sobre nós;
Jesus conhece cada ovelha pela voz!

Papai Noel diz apenas: ôh, ôh, ôh!
Jesus diz: “Vinde a mim – Eu sou amor!”

Papai Noel vive num mundo de brinquedos;
Jesus vive no mundo curando os medos!

Papai Noel faz agrados e dá beijinhos;
Jesus, dá-nos a doce paz e seu carinho!

Papai Noel coloca presentes na árvore de luz;
Jesus, tornou-se nosso presente na cruz!

Papai Noel some, deixando frustrações;
Jesus está vivo e presente nos corações!

Então,
De quem é mesmo o belo Natal?
De Jesus ou do Papai Noel comercial?

Precisamos lembrar: Se o Natal reluz
É porque Deus amou ternamente o mundo
E o Seu amor resgatador profundo,
Deu-nos seu mais belo presente: JESUS!

* O autor é pastor, escritor, poeta, membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil, além de amigo do editor deste blog, é claro.


De quem é o Natal?
por Noélio Duarte*

Nesta época linda do ano
Há mudanças no ser humano.
De repente, se torna tão bom!

Há felicitações e tanto abraço,
Há mais melodias no espaço
E até a música tem um outro som!

Então, surgem as arrumações,
Cores, festas, iluminações,
E há intensas luzes no céu...

No ar, em vez de Jesus,
Aparece uma figura que reluz:
O gordo e rosado Papai Noel!

Mas, afinal, de quem é o Natal?
Qual o seu personagem central?

Papai Noel mora num lugar gelado;
Jesus, num céu lindo e abençoado!

Papai Noel anda no trenó das renas;
Jesus, sobre nuvens e águas terrenas!

Papai Noel vem uma vez por ano;
Jesus, está presente no cotidiano!

Papai Noel, enche meias de presentes;
Jesus, supre os corações carentes!

Papai Noel entra, não é convidado;
Jesus, bate à porta – Ele é educado!

Papai Noel gosta de festa e promoção;
Jesus, gosta apenas do coração!

Papai Noel nos deixa sentar no colo;
Jesus nos abraça – não nos deixa no solo!

Papai Noel nada sabe sobre nós;
Jesus conhece cada ovelha pela voz!

Papai Noel diz apenas: ôh, ôh, ôh!
Jesus diz: “Vinde a mim – Eu sou amor!”

Papai Noel vive num mundo de brinquedos;
Jesus vive no mundo curando os medos!

Papai Noel faz agrados e dá beijinhos;
Jesus, dá-nos a doce paz e seu carinho!

Papai Noel coloca presentes na árvore de luz;
Jesus, tornou-se nosso presente na cruz!

Papai Noel some, deixando frustrações;
Jesus está vivo e presente nos corações!

Então,
De quem é mesmo o belo Natal?
De Jesus ou do Papai Noel comercial?

Precisamos lembrar: Se o Natal reluz
É porque Deus amou ternamente o mundo
E o Seu amor resgatador profundo,
Deu-nos seu mais belo presente: JESUS!

* O autor é pastor, escritor, poeta, membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil, além de amigo do editor deste blog, é claro.


por Noélio Duarte*

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

SERMÕES EVANGELÍSTICO: CAMPANHA MENSAGEIROS DE CRISTO
MÊS: NOVEMBRO DE 2010.

1º SERMÃO: POR QUE JESUS VEIO AO MUNDO?
TEXTO-BÁSICO: 1 TM 1.15
1º PARA BUSCAR E SALVAR O PERDIDO PECADOR( Lc 19.10).
2º PARA QUE O MUNDO FOSSE SALVO POR ELE ( Jo 3.17).
3º PARA ILUMINAR OS QUE ESTÃO EM TREVAS (Jo 12.46;3.19;8.12;1.7-9).
4º PARA QUE POR MEIO DE CRISTO VIVAMOS ( 1 Jo 4.9,10;Jo 10.10).
5º A PRINCIPAL RAZÃO POR QUE CRISTO VEIO AO MUNDO:
“ PARA SALVAR OS PECADORES” ( 1Tm 1.15).

2º SERMÃO: QUE NOS OFERECE A CRUZ ?
TEXTO-BÁSICO: COLOSSENSES 1.20
1º OFERECE PAZ , Cl 1.20
2º OFERECE PROPICIAÇÃO , 1 Jo 2.2
3º OFERECE REDENÇÃO , 1 Pe 1.18
4º OFERECE PURIFICAÇÃO, Jo 1.29
5º OFERECE COMUNHÃO, Ef 2.13
6º OFERECE RESGATE, At 20.28
7º OFERECE LIBERTAÇÃO Jo 8.32,36.

3º SERMÃO: OS 3 TIPOS DE MORTE
TEXTO-BÁSICO: Hb 9.27;Ef 2.1;Ap 20.14.

1º A MORTE FÍSICA, Hb 9.27;Ec 3.2;Sl 89.48;Jó 14.5.
A Bíblia nos concita: "Prepara-te... para te encontrares com o teu Deus" (Amós 4:12). Em seus últimos momentos de vida, César Bórgia afirmou: "No curso de minha vida preparei-me para tudo, menos para a morte, e agora tenho de morrer inteiramente despreparado."
2º A MORTE ESPIRITUAL, Ef 2.1.
Há milhões de pessoas, neste mundo e neste momento, que sofrem a morte espiritual.
Essa é a morte espiritual, a separação entre a alma e Deus, a separação entre o homem e Aquele que disse: "Eu sou... a vida." A Escritura diz dessas pessoas que estão mortas "nos vossos delitos e pecados" (Efésios 2:1).
3º A MORTE ETERNA, Ap 20.14.
. Basta lembrar aos homens que Jesus disse: "E irão estes para o castigo eterno" (Mateus 25:46). Jesus também disse: "Mandará o Filho do homem os seus anjos que ajuntarão do seu reino todos os escândalos e os que praticam a iniqüidade, e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro ranger de dentes" (Mateus 13:41-42).
Foi Sir Thomas Scott, Chanceler da Inglaterra, quem afirmou em seu leito de morte: "Até este momento, pensei que não havia Deus, nem inferno. Agora sei e sinto que existem ambos, e estou condenado à perdição pelo julgamento justo do Onipotente."

4º SERMÃO: 7 CARACTERÍSTICAS DA SALVAÇÃO
TEXTO-BÁSICO: HB 3.2
1º É GRANDE Hb 3.2 4º É URGENTE 2Co 6.2
2º É PERFEITA HB 7.25 5º É COMUM Jd 3
3º É GRACIOSA Tt 2.11 6º É DIVINA EF 2.8 7º É PODEROSA Lc 1.69

DIÁC JANAILSON SALES ARAÚJO / CONGº VALE DA BENÇÃO

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

19 DE NOVEMBRO DE 2010: 100 ANOS DA CHEGADA DE GUNNAR VINGREN E DANIEL BERG AO BRASIL



"Em 19 de novembro de 1910, os suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg, batizados no Espírito Santo, chegaram, pelo navio 'Clement', a Belém do Pará, procedentes dos Estados Unidos da América. Depois que alguns brasileiros subiram no navio, ouviram o idioma português – aquele mesmo idioma que o Espírito Santo tinha levado Adolfo Ulldin a pronunciar durante uma reunião de oração nos EUA em que Gunnar Vingren recebera a chamada de Deus para ir ao Pará. Não compreenderam nada, e sentiram certo temor em seus corações. Mas este sentimento desapareceu bem depressa e outra vez se sentiram bem tranqüilos e seguros nas mãos de Deus. Quando desembarcaram, não havia ninguém para recebê-los, mas acompanharam as pessoas que iam para a cidade e confiaram que Deus iria guiá-los. Passaram por um restaurante e, como estavam com fome, entraram e comeram uma autêntica comida brasileira. Depois eles seguiram seu caminho. Em todo o tempo esperavam que Deus os guiasse. Chegaram a um parque e se sentaram em um banco. Oraram a Deus, pedindo a sua ajuda e direção. Aí encontraram uma família que também tinha viajado no mesmo navio. Eles falavam inglês e lhes perguntaram se haviam encontrado algum hotel. Ao ouvirem que não, os convidaram para ir ao hotel onde estavam. Aceitaram. Ali encontraram outras pessoas que falavam inglês e lhes perguntaram se conheciam algum protestante naquela cidade. Disseram que sim, mas não sabiam a residência de nenhum. No dia seguinte, os apresentaram a outra pessoa que também falava inglês e que tinha uma revista em português editada por um pastor metodista. Procuraram na revista o endereço desse pastor, mas não o encontraram. Saíram depois para ver se podiam achar esse pastor, mesmo sem ter a mínima idéia de onde seria a sua casa. Depois de caminhar um pouco, alguém os orientou até o local onde havia um bonde, e embarcaram nele. Não sabiam quando deveriam descer, mas sempre confiavam na direção de Deus. Depois de viajar um pouco, viram o mesmo homem que os tinha mostrado a linha do bonde. Estava em pé numa esquina e acenava para eles, chamando-os. Ele tinha vindo em outro bonde até ali e havia chegado primeiro que Vingren e Berg. Sabia que eram estrangeiros e estavam precisando de ajuda. Saltaram do bonde e aquele homem os guiou até a casa do pastor metodista, Justus Nelson, que era americano. Após ficar sabendo que eram batistas, Justus os acompanhou até a Igreja Batista de Belém, cujo pastor na época era Jerônimo Teixeira de Souza1 e que também falava inglês. Conversaram um pouco e em seguida perguntaram ao pastor Jerônimo se ele não sabia de um lugar onde pudessem morar e pagar menos, porque no hotel estavam pagando 16 mil réis (cerca de 4 dólares por dia). Ele então os convidou para morar na sua casa por 2 dólares diários. Não podiam se orgulhar muito da nova moradia. Era um corredor bem escuro no porão, o chão de cimento grosso e sem nenhuma janela. Ali colocaram duas camas para eles. Naquele calor tropical, tudo era quentíssimo e insuportável. Principalmente naquele porão. Os mosquitos zumbiam monotonamente e as lagartixas corriam nas paredes para cima e para baixo. Apesar de tudo, Vingren e Berg sentiam-se entusiasmados e felizes. A notícia de que novos missionários haviam chegado dos Estados Unidos ecoou rapidamente nas quatro igrejas protestantes da cidade. Agora eram levados de uma igreja para a outra, e todos estavam interessados em ver e ouvir os recém-chegados. Quando lhes pediram para cantar em inglês, entoaram o hino 'Jesus Christ Is Made to Me, All I need' (Jesus Cristo é tudo para mim, tudo o que necessito).

Cantaram o hino em duas vozes. Então o poder de Deus caiu sobre eles. Todos ficaram tão maravilhados e acharam tão bonito, que muitos anos depois ainda falavam desse hino. Alguns dias depois perceberam que especialmente três crentes tinham se interessado por eles, e para estes testificaram sobre o batismo no Espírito Santo. Dois deles foram batizados mais tarde. Souberam depois que antes da chegada deles ao Brasil, os diáconos da Igreja Batista se haviam reunido todos os sábados durante bastante tempo para orar, pedindo a Deus que Ele enviasse novos missionários ao Brasil. Quando Vingren e Berg chegaram, eles disseram: 'Chegaram aqueles por quem estávamos orando'. Um mês após a chegada de Vingren e Berg ao Pará, um desses crentes, chamado Adriano Nobre*, membro da Igreja Presbiteriana e primo de Raimundo Nobre, evangelista da Igreja Batista, os convidou para acompanhá-lo numa viagem à casa de seus pais, num local onde trabalhavam com borracha, situado três dias de viagem de Belém. Aceitaram o convite. Adriano também falava inglês e pôde ensinar-lhes o português. Ao chegarem ao povoado chamado Boca do Ipixuna, no rio Tajapuru, onde moravam os parentes de Adriano Nobre, realizaram pequenas reuniões de oração e cantaram em português da melhor maneira possível. A permanência deles ali durou um mês e meio. Depois voltaram para Belém. Com muito esforço começaram a estudar a língua. Procuraram também manter muitos contatos com os crentes e a participar dos cultos na Igreja Batista. Por não terem dinheiro para pagar as aulas, Daniel procurou emprego e conseguiu uma vaga numa fundição. Ali ele passou a trabalhar de dia, enquanto Vingren estudava o idioma. À noite Vingren ensinava a Berg o que aprendera durante o dia. Foi dessa forma que eles aprenderem o português. Passado algum tempo, Berg começou a dedicar-se ao trabalho de colportagem. Quando Vingren e Berg retornaram à capital nos primeiros dias de fevereiro de 1911, a Igreja Batista de Belém estava sem pastor, pois Jerônimo Teixeira havia deixado o pastorado na primeira sessão de janeiro de 19112. Desta data até 3 de março de 1911 a igreja ficou sob a responsabilidade do Moderador José Batista de Carvalho, e foi substituído pelo diácono José Plácido da Costa*. Gunnar escreveu, no seu livro O Diário do Pioneiro, que os batistas esperavam que quando ele aprendesse o português se tornaria o pastor deles. Porém, em nenhuma ocasião em que lhes foi permitido falar à igreja, esconderam a chama pentecostal que Deus havia acendido em seus corações3. Vingren e Berg vieram ao Brasil pregar a mensagem pentecostal. Eles não tinham intenção de abrir nenhuma nova igreja. O Moderador José Plácido da Costa, era homem de bom nível espiritual, alheio a contendas e de boa atuação evangelística, foi um dos primeiros a aceitar a doutrina pentecostal. O secretário da igreja era Manoel Maria Rodrigues* e o tesoureiro, José Batista de Carvalho. Esses também não escondiam suas simpatias pela nova doutrina pregada por Vingren e Berg".

PR. CÉSAR MOÍSES

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Cristo é 100% Deus e 100% Homem?


Cristo: o Verbo encarnado
Acompanhei nos últimos dias o debate sobre as duas naturezas de Cristo: divina e humana. Não me manifestei antes porque não faz muito tempo participei intensamente da discussão sobre a Dake e quis evitar qualquer parecença de estar aproveitando o momento para desabafos pessoais, criando assim uma zona de atrito desnecessária. Pareceu-me de bom tom evitar fazer qualquer análise que pudesse ser tomada como beligerante, mesmo que não houvesse essa intenção.

Todavia, o tema é relevante e demanda continuar sendo aprofundado, embora por quase dois séculos tenha sido um dos pontos centrais da discussão teológica, que consolidou o pensamento cristão sobre a deidade e a humanidade de Cristo. Trata-se, portanto, de sólido alicerce que nos ajuda a produzir boa literatura contemporânea para fortalecer ainda mais as nossas convicções cristãs. É com este pensamento que deixo aqui a minha contribuição.

Para situar o leitor – se é que ainda não saiba – tudo teve início com a análise trazida pelo pastor Ciro Zibordi em seu blog sobre o chavão: Jesus Cristo é 100% Deus e 100% homem. Para não cometer o erro de torcer as palavras, eis como ele se reportou ao assunto na postagem: Coisas que a Bíblia não diz (2):

Essa assertiva teológica também precisa ser vista à luz da Bíblia. Que Jesus é o Deus-Homem não se discute (1 Tm 2.5). Ele é Deus e é Homem. Entretanto, Ele é 100% divino — nunca deixou de ser Deus, ainda que tenha aberto mão, temporariamente (Jo 17.4,5; Mt 28.18), de alguns dos atributos ao se encarnar (Fp 2.6-11; Hb 1.8) —, mas não é, biblicamente, 100% humano.

Essa mesma reflexão já constava do seu livro Erros que os Pregadores Devem Evitar, lançado pela CPAD em 2005, da seguinte forma:

Há uma expressão teológica que precisa ser entendida à luz da Palavra de Deus: "Jesus Cristo é cem por cento Homem". A Bíblia Sagrada não afirma isso, mas diz que Ele se fez "...semelhante aos homens" (Fl 2.7). Ou ainda: "...convinha que, em tudo, fosse semelhante aos irmãos..." (Hb 2.17) Leia também Romanos 8.3.

Jesus não se fez igual aos homens; antes, semelhante. Ele não deixou de ser Deus, mas uniu em seu corpo as naturezas divina e humana: "...nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade" (Cl 2.9), podendo viver uma vida completamente afastada do pecado (Hb 4.15), apesar de ter sofrido e morrido como homem (Fp 2.5-8).

Em outra postagem onde analisa o que Hank Hanegraaf escreveu sobre o tema, no livro Cristianismo em Crise, também lançado pela CPAD, o pastor Ciro Zibordi flexibilizou e assentiu como admissível o uso do bordão desde que quisesse referir-se a Cristo como semelhante e não igual ao homem. Veja:

Se eu afirmar que Jesus é 100% homem no sentido de reconhecer que Ele se encarnou e viveu como um ser humano, sujeitando-se às limitações humanas, sem deixar de ser Deus — e, nesse caso, sem perder os seus atributos divinos morais, como a santidade, a verdade, a justiça, a retidão, etc. —, estarei correto à luz da Bíblia.

Como se vê, o “chavão” que antes fora definido de maneira peremptória como uma afirmação inadequada ("[Jesus]... não é, biblicamente, 100% humano") passou a ser considerado, de uma postagem para outra, como admissível, nas condições em que o pastor Ciro Zibordi situou, que, por sua vez, conflita com tudo quanto escreveu a respeito. De qualquer modo, não deixou de ser um avanço, talvez em virtude dos comentários e postagens que se seguiram em outros blogs, discordando de sua argumentação. Ainda assim a essência do seu pensamento permaneceu inalterada. O que me causou estranheza foi a maneira irônica e até debochada com que se expressou ao referir-se àqueles que não mediam pela mesma régua da sua proposição. Foi no mínimo hostil. Mas, como no episódio Dake, discordo também da tese defendida pelo pastor Ciro Zibordi.

Creio que posso começar minha argumentação, definindo o que é um chavão. Grosso modo, trata-se de uma frase repetitiva, que, embora lhe falte originalidade, a sua frequente repetição permite que se torne de conhecimento comum das pessoas. A falta de originalidade não significa que lhe falte conteúdo. Nem sempre. Quer dizer, isto sim, que quem usa o bordão não está sendo original, não criou um novo aforismo, por assim dizer, mas apenas repete o que já faz parte do senso comum.

Os chavões geralmente são usados por pura preguiça mental, quando não se quer (ou não se sabe) conceituar mais profundamente um assunto, ou para facilitar o entendimento das pessoas. Em muitos casos é mesmo abuso retórico por falta do que dizer ou uso inadequado de frases vazias de sentido, muitas vezes fora de contexto, ou que expressam meias verdades. Em virtude de alguns desses oradores impertinentes não saberem expor um pensamento lógico, apelam para o uso dos chavões como forma de engabelar a plateia, que, por sua vez, não quer dar-se ao trabalho de pensar ou, embotada pelas emoções, não atina para o significado do que foi dito.

No caso do chavão em debate – Cristo é 100% Deus e 100% homem – creio tratar-se de válida tentativa de expressar da forma mais clara possível uma verdade escriturística. Considero impróprio desqualificar o argumento como mero “exercício matemático”, como fez o pastor Ciro Zibordi. Ele foi extremamente infeliz, quando quis estereotipá-lo. Na verdade, não há quem, vez ou outra, por melhor que seja a sua capacidade de expor uma ideia, não faça uso de um ou outro “chavão”, com a finalidade de aclarar o que está sendo exposto. Assumo que eu sou um desses. Compreendo o desejo de ajudar os nossos pregadores a melhorar o seu desempenho e a fazer uso correto dos recursos de linguagem, mas esse afã levado ao extremo pode ensejar equívocos como este que estamos acompanhando.

Por exemplo, já ouvi muitas críticas à frase: "fiquem em espírito de oração" sob o argumento que oração não tem espírito. Ora, há que se entender, aqui, a palavra espirito como metáfora, ou seja, significando o estado, a condição, a forma pela qual as pessoas que participam do mesmo ato são convidadas a estar. Para trazer mais luz, cito duas outras frases com o mesmo vocábulo para mostrar que, às vezes, queremos ser exigentes em demasia. Primeira: "Você não conhece o espírito da lei?". Segunda: "Você não pegou o espírito da coisa". Alguma dúvida? Em ambos os casos, a palavra espírito aparece com a ideia de sentido, significado. Vamos com calma!

Para ser sincero, não vejo diferença alguma, do ponto de vista semântico, entre a frase em debate e duas outras geralmente usadas para tratar do mesmo tema: Cristo é verdadeiramente Deus e verdadeiramente Homem. Ou, como prefere o pastor Ciro Zibordi: Deus-Homem. Quem faz uso da primeira quer necessariamente dizer a mesma coisa que as outras duas afirmam. Elas expressam em essência o mesmo significado: a deidade de Cristo e a sua humanidade, ou seja, Cristo é 100% Deus e 100% homem. Não vejo sequer diferenças pontuais.

Volto a repetir: não se trata de malabarismo matemático, mas de força de expressão perfeitamente válida para expressar uma verdade bíblica. Insistir na hipótese contrária é tentar partir cabelo a machado, como dizia à época o diretor do IBAD, pastor João Kolenda Lemos. Se eu quisesse estabelecer algum sofisma, diria que a última frase – Deus-Homem – pode até dar brecha para algum questionamento, por sugerir, numa leitura apressada, que Deus esteja limitado pelo homem. Poderia ser tomada para significar que se trata de um Deus homem, e não divino. Todavia, no contexto das Escrituras, sequer entro no mérito, pois entendo o que ela realmente quer dizer. E não diz nada mais, nada menos do que Cristo é verdadeiramente Deus e verdadeiramente Homem, ou: Cristo é 100% Deus e 100% homem. Ir além disso é discutir filigranas que não existem.

Para não cansar o leitor, tratarei dos desdobramentos bíblicos do tema na próxima postagem, quando também pretendo expressar minha opinião sobre o concílio assembleiano proposto pelo pastor Altair Germano em seu blog.



Pr. Geremias do Couto

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

BILLY GRAHAM "O MISSIONÁRIO"


Billy Graham e seu ministério comemoram 92 anos

O Evangelista Cristão Billy Graham, comemorou seu aniversário de 92 anos no domingo, 7. Embora já com idade avançada, o líder amado disse que está ainda à procura de maneiras de servir ao Senhor. “Fico maravilhado cada vez que penso em quantos anos o Senhor tem me dado nesta terra," disse Graham em uma declaração. "Sou grato por Sua bênção sobre o nosso ministério por mais de seis décadas, mas me pergunto se Ele tem algo mais para eu realizar."

Ao longo dos últimos anos, em sua casa na Carolina do Norte, Graham vem trabalhando no projeto do livro sobre o processo de envelhecimento. Ele continua a comparecer às reuniões do Conselho da Associação Evangelística Billy Graham, quando pode e comemora os relatórios dos eventos do ministério, tais como festivais evangelísticos conduzidos por seu filho, Franklin, e o neto, Will.

"Sob a liderança de Franklin, o ministério alcançou novas audiências de novas maneiras que eu nunca teria sonhado, incorporando muitas novas tecnologias e estratégias criativas para compartilhar a mesma mensagem do amor de Deus ao redor do mundo," observou.

No ano passado, ele também foi visitado por líderes cristãos e políticos, incluindo o evangelista Greg Laurie do sul da Califórnia, o presidente Barack Obama e a ex-governadora do Alasca Sarah Palin.

Seus temas de oração recentes incluíram a renovação na Igreja na América e ressurgimento internacional.



Acredita-se que Graham tenha falado frente a frente com mais pessoas em mais lugares do que ninguém na história. Ele tem pregado a mais de 210 milhões de pessoas em mais de 185 países. E o ministério continua a alcançar milhões.

Seu programa de rádio, "A Hora da Decisão," completou 60 anos nesta sexta-feira.

"A Hora da Decisão," o ministério de rádio semanal da Associação Evangelística Billy Graham (BGEA), foi transmitido em 581 estações de rádio nos EUA e centenas de rádios internacionais. O programa pode ser ouvido em cinco idiomas diferentes, incluindo Inglês, espanhol, francês, mandarim e persa.

O show é um dos programas de rádio que está no ar a mais tempo. Sua primeira transmissão foi ao vivo da Cruzada de Billy Graham em Atlanta, Geórgia, em 5 de novembro de 1950. Jim Kirkland, diretor da rádio na Associação Evangelística Billy Graham (BGEA), diz que o objetivo do show é e sempre foi o de "tornar Jesus Cristo conhecido."

Ele disse ao The Christian Post "Queremos apresentar Jesus Cristo àqueles que não estão andando com ele, e construir a caminhada com aqueles que estão. Queremos ter certeza de que o Evangelho de Jesus Cristo seja anunciado."

Cliff Barrows, membro da National Religious Broadcasters Hall of Fame realizou sua cobertura como o anfitrião desde 1950.

Em sua entrevista ao Christian Telegraph, Barrows destacou, "As mensagens que Billy pregou há 60 anos e ao longo dos anos são tão relevantes hoje como na época em que ele as pregou. Deus continua a usar a fidelidade de Billy para alcançar um mundo ferido com a Boa Nova de Jesus Cristo. Agradecemos a Deus pela oração e apoio de tantos fiéis que foram nossos parceiros no ministério todos estes anos."


Billy e sua esposa Ruth

Uma homenagem especial para Graham será realizada no domingo, durante "A Hora da Decisão."

Data: 8/11/2010

Fonte: Christian Post

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

493 ANOS DE REFORMA PROTESTANTE

No dia 31 de outubro de 1517,Martinho Lutero afixou na porta da Igreja de Wittermber as 95 teses. Segundo o historiador Abraão de Almeida o rompimento definitivo entre o reformador alemão e o catolicismo romano deu-se no dia 10 de dezembro de 1520, quando o reformador queimou publicamente a bula da sua excomunhão, recebido por ele no dia 15 de julho do mesmo ano.Atitude feita á 490 anos atrás.
Hoje comemoramos 493 anos de Reforma Protestante.Foi um dos maiores acontecimentos da História da Igreja que trouxe de volta á Palavra de Deus.Minha intenção nesse simples artigo é destaca a importância e a influência do protestantismo na história da Igreja atual.

A MARCA DO PROTESTANTISMO.
Em seu artigo: “ É uma honra ser protestante”, o escritor Silas Daniel destaca que: “ A Reforma Protestante é o grande marco histórico de retorno ás Sagradas Escrituras”. Segundo o escritor Silas Daniel: “ Durante mais de mil anos, a instituída Igreja Católica Apostólica Romana havia transformado meras tradições e elementos do misticismo pagão em dogmas.
Nesse período o povo foi impedido de ter acesso á Bíblia.Esse período é considerado o período de trevas da história da Igreja.
Uma marca importante que devo destaca aqui é que, o Protestantismo influenciou todas as áreas da sociedade daquela época. A escritora e missionária norte-americana no Brasil; Ruth Dorris em seu artigo: “ A atualidade da Reforma Protestante” afirma que o Protestantismo causou mundanças radicais no mundo religioso daquela época.Não só atingiu o mundo religioso mas também repercutiu na área social e política.Os padrões e ensinos religiosos da Europa e das Américas nunca mas seria a mesma depois da Reforma Protestante do século 16.

O QUE É SER PROTESTANTE ?

O termo “ protestar” hoje leva um sentido essencialmente negativo.
O escritor Silas Daniel considera que até meados do século 18 (ou seja,mas de 200 anos depois da Reforma),essa palavra denotava apenas idéias de confessar,testemunhar,professar e declarar abertamente.Outro fato curioso a respeito da nomenclatura “protestante” é que, por muitos anos, a maior parte dos descendentes da Reforma não adotaram tal designação.Preferiam ser chamados de evangélicos ou reformados, expressões que ainda continuam em pleno uso tanto no continente americano como no europeu.
Afinal o que é ser um protestante? Ser protestante é pregar e viver todos os princípios da Reforma.
OS 4 PRINCÍPIOS DA REFORMA PROSTETANTE SÃO:
 Sola gratia ( só a graça).
 Sola fide ( só a fé).
 Sola Scriptura ( somente as Escrituras).
 Sola Deo gloriae ( somente a Deus a Glória).
Pr. Silas Daniel considera que esses quatro princípios sintetizam as verdades de que a salvação é pela graça de Deus.Mediante a fé;Jesus é o único mediador entre Deus e os homens;as Sagradas Escrituras é a única regra de fé e prática;e só Deus deve receber adoração.

A REFORMA PROTESTANTE E O PENTECOSTALISMO.

O Pr.Silas Daniel nos informa que sociologicamente o protestantismo está dividido em três ramos: histórico, pentecostal, e pára-protestante.
• O PROTESTANTISMO HISTÓRICO.
É formada pelas igrejas constituídas a partir da Reforma.São elas luteranas,as reformadas, a presbiteriana,a anglicana,a batista, a congregacional e a metodista.
• PÁRA-PROTESTANTE.
São as seitas que se originaram no meio protestante.Eles são exclusivistas e vão além das Escrituras,trata-se de uma revelação divinamente especial que receberam.São eles os mórmons, os adventista e as testemunhas de Jeová.
• PROTESTANTISMO PENTECOSTAL.
Os sociólogos divide o pentecostalismo em duas classes: pentecostalismo tradicional e neopentecostalismo.

1. PENTECOSTALISMO TRADICIONAL.
Nasceu com o mover do Espírito Santo no fim do século 19,começo do século 20.Todas as denominações históricas protestantes redescobriram a experiência do batismo com Espírito Santo com evidência de falar em outras línguas.
Objetivo desse movimento não era abrir novas igrejas,mas reavivar o fulgor protestante.Fazendo com que os cristãos voltassem a algumas doutrinas esquecidas.Como as igrejas não aceitaram tais manifestações, os cristãos “ pentecostalizados”, foram expulsos de suas congregações de origem, se agruparam e formaram outras igrejas,fazendo nascer o ramo pentecostal consolidado durante os anos.O Pr. Silas Daniel afirma que foi assim que nasceu as Assembleias de Deus.
2. NEOPENTECOSTALIMO.
O neopentecostalismo surgiu na década de 70.
Suas denominações são:
 Igreja Universal do Reino de Deus.
 Igreja Internacional da Graça de Deus.
 Igreja Mundial do Poder.
 As comunidades evangélicas.
 Os centros de evangelismo e adoração.
 E tantas outras....
O jornalista da CPAD Silas Daniel assevera que o número de Igrejas neopentecostais no Brasil é incalculável.Segundo ele a cada semana nascem mas no nosso país.


A IMPORTÂNCIA DA TEOLOGIA PROTESTANTE.

Eu concordo com a afirmação do Jornalista da CPAD Silas Daniel, que apesar de ter colocado no cerne prostestante as seitas como mórmons, os adventista e os testemunhas de Jeová, esse grupo herético não tem nada a ver com o genuíno protestantismo.
Porque a Teologia Protestante está fundamentada nas Escrituras nossa única regra de fé e prática.Esses movimentos não observa as Sagradas Letras mas sim seus “ manuais espirituais”.Não consideramos protestante aqueles que não estão fundamentados na doutrina bíblica.
Os neopentecostais também vivem distanciado da Teologia Bíblica pregada pelos reformadores.Eu creio que muitas Igrejas Evangélicas em nossos dias estão pregando e praticando coisas que envergonham o Protestantismo.
O jornalista Silas Daniel assevera que a doutrina protestante está sendo destruída em muitas Igrejas Evangélicas:
“Não seria a promessa de felicidade,bênção e vitória através de uma contribuição financeira mais que generosa a volta do princípio da venda de indulgências e bênçãos?”
“ Não seria o uso de elementos como galhinho de arruda,sal grosso e copo d’água na liturgia uma volta ao misticismo medieval,tão condenado pelos reformadores?”
“ As teologias da maldição hereditária e da prosperidade não seriam um vilipêndio á doutrina da graça?”

Faço a pergunta da Missionária norte-americana Ruth Dorris Lemos em seu artigo: “ A atualidade da Reforma Protestante”:
“ O que estamos fazendo hoje com o legado de Lutero e os princípios vitais da Reforma Protestante do século 16?”
A Igreja que vivem os princípios vitais da Reforma Protestante é corajosa e firme para agir contra as heresias,falsos ensinos, e aberrações doutrinárias que existem em nossos dias.
Mas a Igreja que já deixou morrer a chama da Reforma Protestante deixa passar interpretações errôneas sobre as Escrituras, ensinos heréticos e relativismo no que diz respeito sobre o certo ou errado.
A Ruth Dorris Lemos destacou que muitas Igrejas protestante não mas protestam contra ensinos falsos sobre a Bíblia, nem condenam sistemas religiosos que são contra á Bíblia.Há Igrejas protestantes que não mais seguem os princípios bíblicos defendidos por Lutero.
Ruth Dorris destaca em seu artigo que o surgimento da Teologia Protestante deu-se quando Lutero tomou conhecimento de que a igreja estava vendendo perdão dos pecados por meio de indulgências.Nessa hora o herói da fé do século 16 preparou um documento de 95 teses declarando-se contrário as penitências e indulgências vendidas pela Igreja de Roma.Corajosamente tornou público o seu protesto, pregando o documento na porta da imponente Catedral de Wittenberg.
Lutero claramente entendeu que a igreja estava “ vendendo a salvação” e até o livramento do purgatório.

Em seu artigo: “ A atualidade da Reforma Protestante”, a Professora de Teologia Ruth Dorris destaca que Martinho Lutero foi odiado, perseguido e ameaçado de morte, mas nada deteve este “ herói da fé” do século 16.Sua consciência estava iluminada pelo cuidadoso estudo das Sagradas Escrituras.
Foi tachado de “ rebelde indisciplinado”, “ herege contumaz”, “um javali selvagem na vinha”, “ um demônio”.
A professora de Teologia Ruth Dorris Lemos frisou que a Igreja Romana dominava o Cristianismo naquela época, e foi por séculos que a decadência moral e espiritual assolava Cristianismo. A vida imoral do seu clero, o espírito ganancioso da igreja e a sede veroz pelo poder e domínio político tinham comprometido seriamente a sua credibilidade em assuntos de fé, ao ponto de ameaçar todo o seu alicerce.
Entendemos que a Reforma Protestante foi um instrumento de Deus para desfazer as trevas espirituais que imperava no mundo cristão daquela época.

“ IGREJA REFORMADA SEMPRE SE REFORMANDO”.

O jornalista da CPAD, Pr.Silas Daniel assevera que um dos lemas do reformadores era “ Eclesia reformata et semper reformanda est ( Igreja reformada sempre se reformando).
A professora Ruth Dorris Lemos afirma que a verdadeira Igreja de Cristo está sempre no processo de “ se reformar”, e assim transformar seu mundo.Isso se faz com evangelismo, visão missionária e trabalhos dentro da sociedade para alcançar todas as faixas etárias, seja qual for seu status social.Sempre haverá necessidade de mundanças de acordo com o contexto em que vivemos.
Porém, tais mudanças não podem alterar de maneira alguma,nem contradizer,princípios bíblicos.

Em seu livro “ A Sedução das Novas Teologias”, o escritor Pr.Silas Daniel explica a o real sentido da frase:
“ Igreja reformada sempre se reformando”
“ O lema não é “doutrina reformada sempre se reformando”, mas “ igreja reformada sempre se reformando”.
Quando os reformadores falavam de reformar a igreja, o que tinham em mente era a volta á Bíblia, não a reformulação das doutrinas bíblicas com o passar dos tempos.Aliás, avivamento é a ressurreição do que antes estava vivo.Avivamento espiritual é um redescobrimento,um avivamento das doutrinas bíblicas, e sempre foi assim na Bíblia(2Rs 22e23;Ne 9) e durante a História.Foi assim na Reforma Protestante do século 16.Foi assim no Avivamento Wesleyano do século 19.Foi assim com o Movimento Pentecostal no ínicio do século 20.
Conservemos a Chama da Reforma Prostestante,esse é o desafio dos 806 milhões de protestante.

Diác Janailson Sales Araújo.
Dia 31 de Outubro de 2010 Dia da Reforma Protestante.
Lago da Pedra MA.

Obras consultadas:
• A Reforma Protestante, Abraão de Almeida CPAD.
• Revista Obreiro ano 24-nº17-jan/2002.
• Jornal Mensageiro da Paz Outubro/2004.
• A Sedução das Novas Teologias, Pr.Silas Daniel CPAD.

sábado, 11 de setembro de 2010

WORLD TRADE CENTER: ATENTADO TERRORISTA OU MEGA-SACRIFÍCIO?


O atentado ao World Trade Center será muito lembrado em todo o mundo, nessa semana. Isso porque, há nove anos, na manhã de 11 de setembro de 2001, dezenove terroristas embarcaram em quatro voos domésticos na costa leste dos Estados Unidos para promoverem atentados contra edificações em Washington e Nova York.

Há alguns dias, tive o privilégio de visitar essas duas importantes cidades e conhecer o local onde estavam as Torres Gêmeas, em Nova York. Ali, onde existe também uma grande estação de metrô, estão sendo levantados outros edifícios, que serão mais imponentes que os anteriores.

As pesquisas que fiz in loco me fizeram acreditar ainda mais que, de fato, as Torres Gêmeas foram derrubadas por terroristas, ao contrário do que afirmam os conspiracionistas. Estes, adeptos da escatologia do terror, insistem em afirmar que o governo norte-americano as implodiu simplesmente para dizimar a população e satisfazer a Illuminati.

São, no mínimo, risíveis algumas argumentações que tenho ouvido a respeito da tal tragédia e fico espantado quando vejo pessoas esclarecidas acreditando nelas. Segundo uma matéria sensacionalista contida em um DVD e em canais do YouTube, a prova de que o governo norte-americano — o “grande satã” — teria derrubado as torres, promovendo um mega-sacrifício, baseia-se no fato de que vários edifícios altos já haviam pegado fogo antes e não caíram. Por que as maciças estruturas do World Trade Center desabaram tão facilmente, com o “simples” impacto de aviões cheios de combustível?

A reportagem sensacionalista não leva em conta que os dezenove terroristas estavam preparados e minuciosamente informados a respeito da estrutura daqueles edifícios; eles sabiam exatamente como derrubá-los. Por isso, os aviões atingiram pontos específicos, fazendo com que a parte superior deles descesse sobre a inferior. Esta não suportou o peso (mais de cem mil toneladas) e implodiu.

Nessa minha recente visita a Nova York, estava acompanhado do meu amigo Nilton Didini Coelho, que é engenheiro civil. E ele confirmou o que já me dissera: “aqueles edifícios foram projetados para suportarem esforços físicos naturais: força do vento, chuvas, pequenos sismos, etc. Eles não estavam preparados para resistir a abalos mecânicos imprevisíveis. Os engenheiros do World Trade Center não tinham como prever que grandes aviões, cheios de combustível, poderiam se chocar com os edifícios exatamente naqueles andares”.

Perguntei ao engenheiro Didini: Será que o “simples” impacto de uma aeronave, em um dos andares, seria suficiente para derrubar toda aquela estrutura? E ele me respondeu que as colunas foram “empilhadas” de acordo como uma excentricidade que lhes dava estabilidade em conjunto com os ligamentos de cada pavimento. Ao serem atingidos, os pilares que se deslocaram do seu eixo fizeram com que os de cima viessem abaixo em pouco tempo.

Os teólogos do terror apreciam muito as teorias de conspirações ligadas aos Estados Unidos. Eles gostam de contrariar as versões oficiais, a fim de convencer a todos de que o governo norte-americano está a serviço dos “senhores do mundo”. Quando olhamos para a Bíblia, vemos que não cabe ao cristão esse tipo de julgamento calunioso (Mt 7.1,2).

Lembra-se da pergunta que fizeram a Jesus acerca da queda de uma torre em Siloé, a qual vitimou dezoito vidas? Qual foi a sua resposta? Ele não declarou quem era o culpado daquela tragédia, mas usou-a para advertir as pessoas de que elas precisavam se arrepender e buscar a Deus (Lc 13.2-5).

ão cabe a nós acusar os Estados Unidos de terem causado a implosão das Torres Gêmeas — primeiro, porque já está mais do que comprovado que elas caíram em decorrência dos aludidos atentados terroristas —, nem especular sobre pretensas interpretações proféticas que rodeiam a tal catástrofe. A nossa prioridade é pregar o Evangelho a todo o mundo (At 1.7,8), e não apontar os pecados da “grande nação pecadora”, acusando-a de ser títere ou subserviente de sociedades secretas.

Os teólogos do terror gostam de apontar os pecados norte-americanos. Mas, o que está escrito em 1 Coríntios 5.12,13? “Porque tenho eu em julgar também os que estão de fora? Não julgais vós os que estão dentro? Mas Deus julga os que estão de fora”. No tempo da lei mosaica, os profetas denunciavam os pecados de Israel e das nações vizinhas. Hoje, esse tipo de julgamento pertence ao Senhor, pois estamos no tempo da graça. Cabe a nós o julgamento dos nossos próprios pecados, o qual deve sempre começar “pela casa de Deus” (1 Pe 4.17; 1 Co 11.31,32).

Por que essa ânsia de provar a todos que os Estados Unidos são os causadores da catástrofe no World Trade Center? Uns dizem que a Illuminati e o Anticristo estão por trás de tudo; outros, que Deus castigou a “grande nação pecadora”; e outros, que Ele permitiu que aqueles ataques terroristas acontecessem para gerar um grande despertamento. Eu prefiro esta terceira opção.

Aquela tragédia, sem dúvidas, tocou a alma de muitos estadunidenses, especialmente os nova-iorquinos. A cidade famosa pela sua aparente frieza foi atingida em cheio, e uma profunda ferida foi aberta no coração coletivo. Muitas pessoas devem ter ponderado que podiam estar no lugar daquelas que saboreavam um delicioso Starbucks Coffee em um dos andares de uma das torres...

Jim Cymbala, pastor do Brooklyn Tabernacle, em Nova York, ao se referir aos dias que seguiram os atentados, afirmou: “A igreja estava repleta de gente, e, mesmo assim, o porteiro me disse que havia filas de pessoas que saíam da igreja. [...] Mais de seiscentas pessoas naquele domingo aceitaram o convite de entregar a vida ao Senhor em um ato de pura fé. [...] Ironicamente, o mal que o ódio cego e a violência suicida dos terroristas causou, Deus pode converter em bem e realizar uma grande colheita espiritual de almas. [...] não é hora de condenar e culpar. É hora de ter compaixão e, confiantes, renovar o testemunho em Jesus Cristo. Não é momento para ter medo ou fugir para algum lugar remoto e escondido” (A Graça de Deus no 11 de Setembro, Editora Vida, pp.17-25).

Não é tempo de aterrorizar o povo de Deus com especulações infundadas e inúteis. É momento de vigiar, orar e evangelizar o mundo (Mt 24.42-44; Mc 16.15).


Ciro Sanches Zibordi

sábado, 4 de setembro de 2010

“O ARREBATAMENTO DA IGREJA

Todos os cristãos sinceros aguardam ansiosamente a segunda vinda de Cristo. Ele veio a primeira vez, há quase dois mil anos e "... se fez carne, e habitou entre nós" (Jo 1.14). Mas agora Ele "... aparecerá segunda vez... aos que o aguardam para a salvação" (Hb 9.28).

Como Se Dará o Arrebatamento da Igreja?

1. As Duas Vindas de Cristo

Os crentes dos tempos do Antigo Testamento e os judeus, de uma forma geral, não entendiam que era necessário Cristo vir a primeira vez para resgatar a homem do domínio de Satanás, entregar a Sua vida pela humanidade, ressurgir dentre os mortos, fundar a Sua Igreja, subir aos céus triunfante e depois aparecer novamente para estabelecer o Seu Reino Milenar. Eles viam os dois adventos de Cristo de forma genérica: como se fossem um só.

No ano 698 a.C., aproximadamente, Isaías profetizou acerca do ministério terreno de Cristo (Is 61.1,2). Cerca de 730 anos mais tarde Jesus leu esta profecia em uma sinagoga: "O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor." Quando chegou a esta altura do texto, Jesus fechou o livro e começou a dizer: "Hoje se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir" (Lc 4.17-21).

Por que Jesus não continuou a leitura? Porque as linhas seguintes do texto tratavam do dia da vingança de Deus, que acontecerá por ocasião da segunda vinda de Jesus.

O profeta Zacarias também falou da vinda de Cristo sob um ponto de vista genérico: "Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu Rei, justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta. Destruirei os carros de Efraim e os cavalos de Jerusalém e o arco de guerra será destruído. Ele anunciará paz às nações; o seu domínio se estenderá de mar a mar, e desde o Eufrates até as extremidades da terra" (Zc 9.9,10).

Mais tarde, o versículo 9 cumpriu-se integralmente em Mateus 21.1-11, quando da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. O versículo 10, porém, faz parte do Seu segundo advento e se dará no futuro, quando o Seu Reino se estenderá por toda a terra.

Muitas pessoas, quando lêem Mateus 11.1,2, questionam por que João Batista, um homem cheio do Espírito Santo (Lc 1.15) e que havia testificado acerca de Jesus (Jo 1.29-31), mandou perguntar a Ele era verdadeiramente o Cristo. Podemos notar que João também via a vinda de Cristo de forma genérica. Ele pensava que Cristo viria a este mundo já para estabelecer o Seu Reino.

Conhecendo a sinceridade de João, Jesus não o repreendeu. Antes, mandou dizer-lhe que "Os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho" (Mt 11.5), para que João tivesse a certeza de que Jesus era o Cristo.

2. As Duas Etapas da Segunda Vinda de Cristo

Todos os cristãos sabem perfeitamente que Cristo virá pela segunda vez. Entretanto, alguns não entendem outro aspecto igualmente importante. À semelhança dos judeus, que viam (e vêem) a primeira vinda de Cristo como uma só, alguns cristãos hodiernos vêem a Sua segunda vinda sob o mesmo ponto de vista: acreditam que o Arrebatamento e o Aparecimento de Cristo em Glória são a mesma coisa. Por causa disto, algumas confusões têm surgido.

A Bíblia, porém, deixa claro que a segunda vinda de Cristo ocorrerá em duas etapas bem distintas. Estas duas fases são divididas por um espaço de sete anos.”

Ciro Sanches Zibordi

O PRIMEIRO ARTIGO DE CIRO SANHES ZIBORDI HÁ 17 ANOS

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

OS DEZ PIORES LIVROS DO MUNDO EVANGÉLICO

Escrevo este post sobre, na minha opinião, aqueles que foram os dez piores livros que fizeram (e fazem) sucesso no cenário evangélico brasileiro. Não escrevo com o intuito de proibir a leituras dessas obras, logo porque não tenho poder para isso e nem cultivo essas pretensões autoritárias. Sou contra Index Librorum Prohibitorum (Lista de Livros Proibidos) e acho que devemos ler esses textos para ver o nível de baboseira que os evangélicos já produziram.

1.

“A Divina Revelação do Inferno”, de Mary Baxter (Danprewan Editora)

Quando as pessoas vão descobrir que a única “divina revelação do inferno” já está na Bíblia e que não precisamos de acréscimos?! O evangélicos ainda correm grandes riscos acreditando em revelações extrabíblicas.

2.

“Orixás, Caboclos e Guias”, de Edir Macedo (Editora Gráfica Universal)

É a velha ladainha de uma “teologia” criada a partir de experiências pessoais e conversas com demônios. Coisa no mínimo estranha! Será que o Edir Macedo não foi possuído por algum demônio do aborto?

3.

“Ele Veio Para Libertar os Cativos”, de Rebeca Brown (Editora Dynamus)

Um livro escrito por uma pessoa desequilibrada emocionalmente, segundo os seus próprios médicos, e que deixou muita gente de mesma forma.

4.

“Há Poder Em Suas Palavras”, de Don Gosset (Editora Vida)

É a velha tese da “confissão positiva”, sendo uma mistura das heresias da Ciência Cristã com psicologia de quinta e exegese de vigésima categoria.

5.

“O Nome de Jesus”, de Kenneth Hagin (Graça Editorial)

Esse é o clássico da confissão positiva e das baboseiras saídas da mente fértil de Hagin. Distorce a redenção de Cristo, cria uma fé na fé, usa metodologia da Ciência Cristã e baseias seus ensinos em uma suposta conversa com o próprio Jesus Cristo. Uma verdadeira tragédia.

CONTINUA...

terça-feira, 31 de agosto de 2010

AS 4 VINDAS DE DEUS

Muitas pessoas estão perturbadas com a aparente distância de Deus. Ele parece estar longe, indiferente, e ser irreal. Elas clamam como Jó :”Se tão somente eu soubesse onde encontrá-lo!” (Jó 23.3)
É essa imagem do Deus ausente que João reduz a cacos. No prólogo do seu Evangelho, ele escreve acerca das três vindas de Deus ao mundo em Cristo.
Vejamos:
Primeiramente, Ele estava vindo ao mundo. É um grande erro supor que a primeira vez que Deus veio ao mundo foi quando nasceu nele. Não, Ele fez o mundo e nunca o deixou. Ele é “a verdadeira luz, que ilumina todos os homens” (Jo 1.9). Assim, muito antes de ter vindo, Ele estava vindo, dando a todos vida e luz. Desse modo, tudo o que é belo, bom e verdadeiro no mundo atribuímos a Jesus Cristo. As pessoas podem não saber, pois Ele normalmente se preserva incógnito, mas Ele é “a luz de todos os homens” (Jo 1.4). Nenhum ser humano está mergulhado na escuridão completa.
Em segundo lugar, Ele veio ao mundo. “Veio para o que era seu” (Jo 1.11). Aquele que estava vindo para todas as pessoas agora veio para um povo particular. Aquele que havia vindo incógnito agora veio como uma pessoa, aberta e publicamente. A Palavra eterna se tornara um ser humano. A tragédia é que o mundo não o reconheceu.
Em terceiro lugar, Ele ainda vem. Ele vem agora através do Espírito. E aqueles que o recebem, aos que crêem em seu nome, ele dá o direito de se tornarem filhos de Deus, nascidos de Deus (Jo 1.12).
Embora João não mencione aqui no capítulo 1, uma quarta vinda poderia ser acrescentada. Mais adiante, ele registra a promessa de Jesus: “Voltarei e os levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver” (Jo 14.3).
Assim, eis as quatro vindas de Deus. Ele estava vindo continuamente como a luz e a vida dos seres humanos. Ele veio no primeiro Natal. Ele ainda vem, esperando que o recebamos, e virá no último dia.
Nele e para a glória Dele,

Pr Marcello Oliveira

EXTRAÍDO DO BLOG SUPREMACIA DAS ESCRITURAS

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A “Shekiná” de Deus está aqui. “Shekiná”?

É normal ouvir em nossos cultos, congressos, seminários, a palavra “Shekiná”. Desde adolescente ouço esta palavra na igreja. Pregadores a usam com freqüência. Os “ministros do louvor” têm o hábito de usá-la. Temos até um cântico muito conhecido: “Derrama a tua “shekiná” sobre nós.
Agora pergunto: De onde tiramos a palavra “shekiná”? O que significa esta palavra? Será “shekiná” uma expressão encontrada nas Escrituras?
Começando pela última pergunta, a palavra “shekiná” não é encontrada em nenhum lugar das Escrituras! Penso que você neste momento está perplexo. Esses dias atrás, pregando em uma grande igreja aqui em São Paulo, falei sobre isto no púlpito e imagine a reação que isto causou no plenário, bem como nos obreiros que ali estavam. Após o término do culto, várias pessoas me pararam e diziam: Pr Marcelo, já ouvimos vários “pregadores de renome” falar desta palavra, e agora o sr está dizendo que não existe? Será que o sr não está enganado?
Exatamente aqui reside nosso problema. Nós ouvimos os “grandes pregadores” falarem, e aceitamos tudo. Não procuramos pesquisar, averiguar, perscrutar. Tudo o que é novidade, e é falada por alguém de “peso”, nós aceitamos e logo começamos a falar. Falta em nosso meio, cristão bereanos, que analisam a cada dia as Escrituras, para verem se está correto ( At 17.11). Notemos que era Paulo que estava pregando! Homem de cultura invulgar, conhecedor de toda lei judaica, e acima de tudo, um dos maiores pregadores que o mundo conheceu. Ora, se Paulo teve que passar no crivo dos bereanos, o que dizer de nossos pregadores? Serão estes maiores que Paulo?
Mas voltando ao assunto da palavra “shekiná”, este vocábulo não aparece na Bíblia Judaica [ Tanakh] nem no N.T, sendo uma palavra derivada da raiz hebraica -ש-כ -נ(sh-k-n), cujo significado é “habitar”, “fazer morada”. Se perguntarmos a qualquer irmão, o que significa esta palavra, todos dirão: a glória de Deus, presença de Deus. Acontece que, “shekiná” não significa nada disso! O vocábulo “glória” no hebraico é “kavód” – o peso da glória de Deus. Então, quando cantamos: Derrama tua “shekiná” aqui, estamos dizendo: Derrama a tua habitação aqui. Soa estranho, não? Pedir para o Eterno derramar a habitação Dele sobre nós? Não consigo entender! Pois Ele já habita em nós, através da pessoa do Espírito Santo ( ICo 6.19)
A “shekiná”, como uma idéia concreta, aparece só na literatura rabínica, havendo somente “alusões” a esta presença divina, no meio do povo de Israel, na Torá, quando Deus disse ao seu povo “וְעָשׂוּ לִי מִקְדָּשׁ וְשָׁכַנְתִּי בְּתוֹכָם” – “e fareis um santuário para Mim, e habitarei no meio deles (dos israelitas)”[1];”וְשָׁכַנְתִּי בְּתוֹךְ בְּנֵי יִשְׂרָאֵל, וְהָיִיתִי לָהֶם לֵאלֹהִים” – “e habitarei no meio dos filhos de Israel, e serei-lhes por Deus”[2]; e “יְהֹוָה צְבָאוֹת הַשֹּׁכֵן בְּהַר צִיּוֹן” – “o Eterno dos exércitos, aquele que habita em Sião”[3].
Conclusão
Vimos por meio deste singelo estudo que a palavra “shekiná” não está nas Sagradas Escrituras. Aprendemos também que “shekiná” não significa : glória, presença de Deus. Ela vem da raiz “shakhan” que significa – habitar, fazer morada. Esta idéia de “skekiná” aparece somente na literatura rabínica, onde os judeus cabalistas [4] começaram a usá-la a partir do séc XIII. Devemos estar sempre prontos a aprender e não ir além da Escritura. Foi o que Lutero disse para Erasmo: “ A única diferença entre eu [ Lutero] e você [Erasmo] é que eu me coloco debaixo da autoridade das Escrituras, e você se coloca acima dela”.

No amor de Jesus, Pr Marcello de Oliveira

Notas:
[1] Exodo 25.8 – “Shakhan’ti” [ habitarei]
[2] Exodo 29.45 -”Shakhan’ti” [ habitarei]
[3] Isaías 8.18 – “Shakhen” [ habito]
[4] Cabala é um sistema religioso-filosófico que investiga a natureza divina. Kabbalah (QBLH) é uma palavra de origem hebraica que significa recepção. É a vertente mística do judaísmo.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Fogo estranho: bizarrices na igreja evangélica brasileira é tema da revista Cristianismo Hoje


Em tempos de aberrações teológicas, apologistas e líderes evangélicos demonstram perplexidade diante de desvios doutrinários



O crente brasileiro sabe: vez por outra, a Igreja Evangélica é agitada por uma novidade. Pode ser a chegada de um novo movimento teológico, de uma doutrina inusitada ou mesmo de uma prática heterodoxa, daquelas que causam entusiasmo em uns e estranheza em outros. Quem frequentava igrejas nos anos 1980 há de se lembrar do suposto milagre dos dentes de ouro, por exemplo. Na época, milhares de crentes começaram a testemunhar que, durante as orações, obturações douradas apareciam sobrenaturalmente em suas bocas, numa espécie de odontologia divina. Muito se disse e se fez em nome dessa alegada ação sobrenatural de Deus, que atraiu muita gente aos cultos. Embora contestados por dentistas e nunca satisfatoriamente explicados – segundo especialistas, o amarelecimento natural de obturações ao longo do tempo poderia explicar o fenômeno, e houve quem dissesse que a bênção nada mais era que o efeito de sugestão –, os dentes de ouro marcaram época e ainda aparecem em bocas por aí, numa ou noutra congregação.


Outras manifestações nada convencionais sacudiram o segmento pentecostal de tempos em tempos. Uma delas era a denominada queda no Espírito, quando o fiel, durante a oração, sofria uma espécie de arrebatamento, caindo ao solo e permanecendo como que em transe. Disseminada a partir do trabalho de pregadores americanos como Benny Hinn e Kathryn Kuhlman, a queda no poder passou a ser largamente praticada como sinal de plenitude espiritual e chegou com força ao Brasil. A coqueluche também passou, mas ainda hoje diversos ministérios e pregadores fazem do chamado cair no poder elemento importante de sua liturgia. A moda logo foi substituída por outras, ainda mais bizarras, como a “unção do riso” e a “unção dos animais”. Disseminadas pela Comunhão Cristã do Aeroporto de Toronto, no Canadá, a partir de 1993, tais práticas beiravam a histeria coletiva – a certa altura do culto, diversas pessoas caíam ao chão, rindo descontroladamente ou emitindo sons de animais como leões e águias. Tudo era atribuído ao poder do Espírito Santo.

A chamada “bênção de Toronto” logo ganhou mundo, à semelhança das mais variadas novidades. Parece que, quanto mais espetacular a manifestação, mais ela tende a se popularizar, atropelando até mesmo o bom senso. Mas o que para muita gente é ato profético ou manifestação do poder do Senhor também é visto por teólogos moderados como simples modismos ou – mais sério ainda – desvios doutrinários. Pior é quando a nova teologia é usada com fins fraudulentos, para arrancar uma oferta a mais ou exercer poder eclesiástico autoritário. “A Bíblia diz claramente que haverá a disseminação de heresias nos últimos dias, e não um grande reavivamento, como alguns estão anunciando”, alerta Araripe Gurgel, pesquisador da Agência de Informações Religiosas (Agir). Pastor da Igreja Cristã da Trindade, ele é especialista em seitas e aberrações cristãs e observa que cada vez mais a Palavra de Deus tem sido contaminada e pervertida pelo apelo místico. “Esse tipo de abordagem introduz no cristianismo heresias disfarçadas em meias-verdades, levando a uma religião de aparência, sensorial, sem a real percepção de Deus”, destaca.

“Não dá para ficar quieto diante de tanta bizarrice”, protesta o pastor e escritor Renato Vargens, da Igreja Cristã da Aliança, em Niterói (RJ). Apologista, ele tem feito de seu blog uma trincheira na luta contra aberrações teológicas como as que vê florescer, sobretudo, no neopentecostalismo. “Acredito, que, mais do que nunca, a Igreja de Cristo precisa preservar a sã doutrina, defendendo os valores inegociáveis da fé cristã. A apologética cristã é um ministério indispensável à saúde do Corpo de Cristo”. Na internet, ele disponibiliza farto material, como vídeos que mostram um pouco de tudo. Um dos mais comentados foi um em que um dos líderes do Ministério de Madureira das Assembleias de Deus, Samuel Ferreira, aparece numa espécie de arrebatamento sobre uma pilha de dinheiro, arrecadado durante um culto. “Acabo de ver no YouTube o vídeo de um falso profeta chamado reverendo João Batista, que comercializa pó sagrado, perfume da prosperidade e até um tal martelão do poder”. acrescenta Vargens. Autor do recém-lançado livro Cristianismo ao gosto do freguês, em que denuncia a redução da fé evangélica a mero instrumento de manipulação, o pastor tem sido um crítico obstinado de líderes pentecostais que fazem em seus programas de TV verdadeiras barganhas em nome de Jesus. “O denominado apóstolo Valdomiro Santiago faz apologia de sua denominação, a Igreja Mundial do Poder de Deus, desqualificando todas as outras. E tem ensinado doutrinas absolutamente antibíblicas, onde o ‘tomá-lá-dá-cá’ é a regra”. Uma delas é o trízimo, em que desafia o fiel a ofertar à instituição 30% de seus rendimentos, e não os tradicionais dez por cento. A “doutrina das sementes”, defendida por pregadores americanos como Mike Murdock e Morris Cerullo nos programas do pastor Silas Malafaia, também rendeu diversos posts. Segundo eles, o crente deve ofertar valores específicos – no caso, donativos na faixa dos mil reais – em troca de uma unção financeira capaz de levá-lo à prosperidade. “Trata-se de um evangelho espúrio, para tirar dinheiro dos irmãos”, reclama Vargens. “Deus não é bolsa de valores, nem se submete às nossas barganhas ou àqueles que pensam que podem manipular o sagrado estabelecendo regras de sucesso pessoal.”

Crise teológica
Numa confissão religiosa tão multifacetada em suas expressões e diversa em termos de organização e liderança, é natural que o segmento evangélico sofra com a perda de identidade. O próprio conceito do que é ser crente no país – tema de capa da edição nº 15 de CRISTIANISMO HOJE – é extremamente difuso. E muitas denominações, envolvidas em práticas heterodoxas, vez por outra adotam ritos estranhos à tradição protestante. Joaquim de Andrade, pastor da Igreja Missionária Evangélica Maranata, do Rio, é um pesquisador de seitas e heresias que já enfrentou até conflitos com integrantes de outras crenças, como testemunhas de Jeová e umbandistas. Destes tempos, guarda o pensamento crítico com que enxerga também a situação atual da fé evangélica: “Vivemos uma verdadeira crise teológica, de identidade e integridade. Os crentes estão dando mais valor às manifestações espirituais do que à Palavra de Deus”.

Neste caldo, qualquer liderança mais carismática logo conquista seguidores, independentemente da fidelidade de sua mensagem à Bíblia. “Manifestações atraem pessoas. O próprio Nicodemos concluiu que os sinais que Cristo operou foram além do alcance do povo, mas não temos evidência de que ele tenha mesmo se convertido”, explica o pastor Russel Shedd, doutor em teologia e um dos mais acreditados líderes evangélicos em atuação no Brasil. Ele refere-se a um personagem bíblico que teve importante discussão com Jesus, que ao final admoestou-lhe da necessidade de o homem nascer de novo pela fé. “Líderes que procuram vencer a competição entre igrejas precisam alegar que têm poder”, observa, lembrando que a oferta do sobrenatural precisa atender à imensa demanda dos dias de hoje. “Mas poder não salva nem transmite amor”, conclui.

“A busca pela expansão evangélica traz consigo essa necessidade de aculturação e, na cultura religiosa brasileira, nada mais puro do que a mistura”, acrescenta o pastor Fabrício Cunha, da Igreja Batista da Água Branca, em São Paulo. “O candomblé já fez isso, usando os símbolos do catolicismo; o espiritismo, usando a temática cristã; e agora, vêm os evangélicos neopentecostais, usando toda uma simbologia afro e um misticismo pagão”, explica. Como um dos coordenadores do Fórum Jovem de Missão Integral e membro da Fraternidade Teológica Latinoamericana, ele observa que mesmo os protestantes são fruto de uma miscigenação generalizada, o que, no campo da religião, tem em sua gênese um alto nível de sincretismo.

Acontece que, em determinadas comunidades cristãs, alguns destes elementos precisam ser compreendidos como estratégias de comunicação e atração de novos fiéis. Aí, vale tanto a distribuição de objetos com apelo mágico, como rosas ungidas ou frascos de óleo, como a oferta de manifestações tidas como milagrosas, como o já citado dente de ouro ou as estrelinhas de fogo – se o leitor ainda não conhece, saiba que trata-se de pontos luminosos que, segundo muitos crentes, costumam aparecer brilhando em reuniões de busca de poder, sobretudo vigílias durante a noite ou cultos realizados nos montes, prática comum nas periferias de grandes cidades como o Rio de Janeiro. O objetivo das tais estrelinhas? Ninguém sabe, mas costuma-se dizer que é fogo puro, assim como tantas outras manifestações do gênero.

“Alguns desses elementos são resultado de um processo de sectarização religiosa”, opina o teólogo e mestre em ciências da religião Valtair Miranda. “Ou seja, quanto mais exótica for a manifestação, mais fácil será para esse líder carismático atrair seguidores para seu grupo”. Miranda explica que, como as igrejas evangélicas, sobretudo as avivadas, são, em linhas gerais, muito parecidas, o que os grupos sectários querem é se destacar. “Eles preconizam um determinado tópico teológico ou passagem bíblica, e crescem em torno disso. Objetos como lenços ungidos, medalhas, sal ou sabonete santificados são exemplos. Quanto mais diferente, maior a probabilidade de atrair algum curioso”. A estratégia tende a dar resultado quando gira em torno de uma figura religiosa carismática. “Sem carisma, estes elementos logo provocam sarcasmo e evasão”, ressalva. O estudioso lembra o que caracteriza fundamentalmente um grupo sectário – o isolamento. “Uma seita precisa marcar bem sua diferença para segurar seu adepto. Quanto mais ele levantar seus muros, mais forte será a identidade e a adesão do fiel.”

Propósito de Deus”

Mas quem faz das manifestações do poder do Espírito Santo parte fundamental de seu ministério defende que apenas milagres não bastam. “É necessário um propósito e uma mudança de vida”, declara o bispo Salomão dos Santos, dirigente da Associação Evangélica Missionária Ministério Vida. Como ele mesmo diz, trata-se de uma igreja movida pelo poder da Palavra de Deus, “que crê que Jesus salva, cura, liberta e transforma vidas”. O próprio líder se diz um fruto desse poder. Salomão conta que já esteve gravemente doente, sofrendo de hepatite, câncer e outras complicações que a medicina não podia curar. “Cheguei a morrer, mas miraculosamente voltei à vida”, garante o bispo, dizendo que chegou a jazer oito horas no necrotério de um hospital. “Voltei pela vontade de Deus”, comemora, cheio de fé.

Consciente, Salomão diz que milagres e manifestações naturais realmente acontecem, mas “somente para a exaltação e a glória do Senhor, e não de homens ou denominações”. O bispo também observa que alguns têm feito do poder extraordinário de Jesus uma grande indústria de milagres: “O Senhor não dá sua glória para ninguém. Ele opera maravilhas através da instrumentalidade de nossas vidas”. E faz questão de reiterar a simplicidade com que Jesus viveu sua vida terrena e que, muitas vezes, realizou grandes milagres sem nenhum alarde. “O agir de Deus não é um espetáculo.”

Sangue fajuto

A novidade chama a atenção pelo seu aspecto bizarro. Num templo da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), fiéis caminham através de pórticos representando diversos aspectos da vida (“Saúde”, “Família”, “Finanças”). Até aí, nada demais – os chamados atos proféticos como este são comuns na denominação. O mais estranho acontece depois. Caracterizados como sacerdotes do Antigo Testamento, pastores da Universal recebem as pessoas e, sobre um pequeno altar estilizado, fazem um “sacrifício de sangue”. A nova prática vem ganhando espaço nos cultos da Iurd, igreja que já introduziu no neopentecostalismo uma série de elementos simbólicos. Tudo bem que o sangue não é real (trata-se de simples tinta), mas a imolação simulada vai contra tudo o que ensina o Novo Testamento, segundo o qual Jesus, o Cordeiro de Deus, entregou-se a si mesmo como supremo e definitivo sacrifício pela humanidade. Com sangue puro, e não cenográfico.



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Fonte: Cristianismo Hoje divulgado no Púlpito Cristão. Também aqui no Blog A PALAVRA DA VERDADE