terça-feira, 18 de outubro de 2011

O PASTOR CIRO ZIBORDI SÓ SABE CRITICAR





Às vezes, leio nas redes sociais e na blogosfera: “O pastor Ciro Zibordi só sabe criticar”. Lamento, mas, segundo a Palavra de Deus, cabe a mim, como servo do Senhor, julgar, provar, examinar, investigar, questionar, analisar, discernir, denunciar o erro, principalmente nesses últimos dias, em que pregadores e cantores ditos evangélicos propagam vários desvios do Evangelho (1 Co 2.15; 1 Ts 5.21, ARA).

É dever de todos os obreiros do Senhor fazer um exame perspicaz de todas as coisas. Jesus condenou o julgamento no sentido de caluniar: “Não julgueis, para que não sejais julgados” (Mt 7.1). Aqui pode ser enquadrada a fofoca. Entretanto, Ele também asseverou que temos de nos acautelar dos falsos profetas e apresentou critérios pelos quais podemos julgá-los pelos seus frutos, isto é, discernir as suas ações, prová-las, examiná-las (Mt 7.15-23; Jo 7.24).

Todas e quaisquer palavras — pregadas ou cantadas — precisam ser examinadas. E o que estiver errado deve ser denunciado. Isso não é fofoca ou crítica destrutiva. A única coisa que dispensa qualquer comentário é a Palavra de Deus, pois é perfeita (Sl 19.7), provada (Sl 18.30), refinada (2 Sm 22.31) e muito pura (Sl 119.140; Pv 30.5). Não devemos desprezar nada do que ouvimos, vemos e sentimos. Porém, cabe a nós provar, examinar se tudo provém do Senhor (At 17.11b; Hb 13.9). Afinal, não devemos confundir pregações com falações, nem hinos com canções.

Qualquer escritor que, hoje, combata o erro não tem sido visto com bons olhos pelos fãs de cantores e pregadores. No entanto, o apóstolo Paulo asseverou, inspirado por Deus, que convém imitá-lo, assim como imitava a Cristo (1 Co 11.1). Como o doutor dos gentios lidava com os enganadores que havia no meio do povo de Deus? Ele não se omitia quando via os crentes fazendo coisas erradas. Antes, reagia: “Mas, quando vi que não andavam bem e direitamente conforme a verdade do evangelho, disse a Pedro na presença de todos: Se tu, sendo judeu, vive como os gentios e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus?” (Gl 2.14).

Às vezes, Paulo se valia da ironia para levar os enganadores e enganados a uma reflexão: “Já estais fartos! Já estais ricos! Sem nós reinais! E prouvera Deus reinásseis para que também nós reinemos convosco!” (1 Co 4.8). Ele era enérgico, quando necessário, e até usava expressões que muitos hoje considerariam ofensivas. “Ó insensatos gálatas! quem vos fascinou para não obedecerdes à verdade, a vós, perante os olhos de quem Jesus Cristo foi já representado como crucificado?” (Gl 3.1).

Engana-se quem pensa que Paulo ficaria hoje “em cima do muro” e nada diria aos que propagam doutrinas falsificadas por meio de pregações atraentes e canções de sucesso, temendo ser tachado de fofoqueiro ou coisa parecida. Ele fazia duras acusações sem mencionar nomes: “Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo” (Fp 3.18), porém era possível saber de quem estava falando (Tt 1.10-12). E, quando necessário, em circunstâncias extremas, citava nomes (2 Tm 4.10,14).

Finalmente, Paulo — que, com certeza, seria chamado de crítico, se vivesse em nossos dias — também disse: “E, quanto àqueles que pareciam ser alguma coisa (quais tenham sido noutro tempo, não se me dá; Deus não aceita a aparência do homem), esses, digo, que pareciam ser alguma coisa, nada me comunicaram” (Gl 2.6). Da mesma forma, o salvo em Cristo não é obrigado a dizer “amém” para as heresias, os modismos e o estrelismo dos cantores-ídolos e super-pregadores da atualidade.

Ciro Sanches Zibordi

FONTE: BLOG CIRO

Nenhum comentário:

Postar um comentário